Texto Áureo: "Bem aventurado os que trilham caminhos retos e andam na Lei do Senhor"
(Salmos 119.1)
Leitura Bíblica em Classe: Salmos 119.1-8
A AUTORIDADE DA BÍBLIA
A Bíblia trata de assuntos pertinentes a várias áreas: ciência, economia, geografia, cultura, biologia, política, astronomia, etc. Seus 66 livros reivindicam autoridade plena e total no tocante á auto revelação de Deus e todas as implicações quanto á fé e prática. A autoridade da Palavra de Deus é absoluta: são as palavras do próprio Deus a respeito Dele mesmo. A autoridade da Palavra escrita é a autoridade do próprio Deus. Foi autoridade de Deus no passado e continua sendo hoje. Mediante a Palavra escrita, o Espírito Santo continua a confrontar homens e mulheres em nossos dias. Trata-se ainda de: "Assim diz o Senhor..."
A AUTENTICIDADE DA BÍBLIA
As Escrituras expõem um padrão de ética que supera em muito o que se espera dos homens e mulheres comuns. Conclama a pessoa a uma moralidade que supera a nossa medida de justiça. Ela lida com franqueza com os fracassos humanos e com o problema do pecado. Seu sistema ético inclui todas as áreas da vida e não abrange somente o que a pessoa fez, mas quem ela é.
REVELAÇÃO DIVINA
Conceito de Revelação. A revelação não somente envolve informações a respeito de Deus, mas a revelação que Deus faz de si mesmo. A revelação a respeito de Deus é crucial para o conhecimento Deus. Através de suas palavras e ações, Deus torna conhecida a Sua Pessoa, Seus caminhos, Seus valores e Seu plano de redenção. O alvo final da revelação divina, é que as pessoas venham a conhecer a Deus de modo real e pessoal. O cristianismo é a religião baseada na revelação que Deus fez de Si mesmo.
A revelação proveniente e determinada por Deus é, portanto, uma comunicação pessoal. Tem origem num Deus pessoal, e é acolhida por uma criação pessoal. Deus é um Deus que fala, ama e se importa com sua criação. A revelação de Deus é uma expressão da graça divina.
Aspectos da Revelação de Deus. (1) Ocasião: Deus determinou as ocasiões da Sua revelação. Não se revelou de uma só vez, mas paulatinamente ao longo dos séculos. A maneira de Deus se revelar - ajudando os seres humanos a compreender a sua natureza, seus caminhos e seu relacionamento com Ele, foi também por Ele determinado. Uma voz, uma nuvem, um anjo, um sonho, uma visão... Ele sempre escolheu a maneira de se revelar. (2) Circunstância: Semelhantemente, Deus determinou o local e a circunstância da sua revelação. Fez-se conhecer no Jardim do éden, no deserto, no Monte Sinai, nos palácios, nos campos, nas prisões... ele tornou conhecida a Sua Pessoa, bem como Seus caminhos. Quando o ser humano busca a Deus, só consegue achá-lo segundo condições por Ele estabelecidas. Deus determina até quem vai receber a Sua revelação. Quer se trate de pastores ou reis, pescadores ou sacerdotes, o conteúdo da revelação é aquilo que Deus queria que fosse comunicado, nada mais, nada menos.
CATEGORIAS DA REVELAÇÃO DIVINA
Revelação Geral:
- Atinge todas as pessoas
- Usa meios diversos para a sua percepção, como a consciência humana.
Meios da revelação geral:
A criação: Sl 19.1,2. De acordo com essa passagem, a existência e o poder de Deus podem ser vistos claramente através da observação do universo. A ordem, os detalhes e as maravilhas da criação, falam da existência de um criador inteligente, poderoso e glorioso (assista o vídeo abaixo). Aos habitantes de Listra, Paulo fala de um testemunho contínuo que Deus, o criador, deixou a respeito de seu relacionamento com a criação (At 14.15-17)
A criação do homem. O homem é um ser feito á imagem e semelhança de Deus. É a criatura, que em maior grau, revela Deus.
A consciência humana. Romanos 2.11-15 confirma a validade da revelação divina através da natureza humana mesmo á parte de qualquer revelação especial. Até mesmo os que se acham alienados de Deus não estão destituídos da consciência moral e dos impulsos que regem as normas de conduta. A graciosa revelação moral de Deus no coração humano tem preservado a raça adâmica de irrefreada destruição.
Conteúdo da Revelação Geral:
- A Glória de Deus (Sl 19.1)
- Seu poder para realizar a criação (Sl 19.1)
- Sua supremacia (Rm 1.20)
- Seu controle providencial da natureza (At 14.17)
- Sua bondade (Mt 5.45)
- Sua inteligência (At 17.29)
- Sua existência (At 17.28)
Revelação Especial
Diferente da Revelação Geral, a Revelação Especial não é comunicada a todas as pessoas. Como o próprio nome define, ela é especial. É especial porque acontece de forma especial, e é especial porque é dada especialmente a algumas pessoas.
- vem de Deus (Jo 12.49)
- vem por meio de Cristo (hb 1.1,2)
- Vem pela atuação do Espírito Santo (II Pe 1.20-21)
- É confiável e permanente (Mt 5.18; Lc 21.33)
- Está disponível para todos (Jo 20.31)
- Expõe o caminho específico para a salvação (Jo 5.39; 20.31; Rm 1.16)
- Não atinge efetivamente todas as pessoas (Jo 10.24-26)
- É compreendida pela ação do Espírito Santo (Jo 16.13)
- É fundamental para a salvação dos perdidos (I Co 1.21
- É fundamental para a edificação dos santos (II Tm 3.16,17)
- É inerrante (não contém erro)
- É infalível (não induz ao erro)
É progressiva. Deus não revelou de uma só vez todas as verdades que nos queria transmitir a respeito de Si mesmo e dos seus caminhos através das Escrituras. A revelação bíblica levou alguns tempo para ser completada (Hb 1.1,2).
É Registrada. Deus se revelou a apóstolos e profetas e mediante Seu Filho. Porque Deus achou necessário manter por escrito boa parte dessa revelação?
É importante que cada ato da revelação seja registrada, visando uma compreensão mais completa da mensagem integral de Deus. Exemplo disso é Hebreus. Teremos dificuldade em entender esta epístola sem conhecermos o sistema sacrificial detalhado no Pentateuco. Logo, ao ser registrada a totalidade, as partes fazem mais sentido.
Uma revelação registrada por escrito preserva melhor a forma da mensagem de Deus. No decurso de longos períodos, a memória e a tradição humana tendem a uma fidelidade cada vez mais frágil. Os livros tem sido o melhor método de preservação.
É Transmitida. A Bíblia, é tanto o registro de Deus e dos seus caminhos, quanto a interprete dela mesma. A revelação escrita é confinada nos 66 livros. A totalidade de Sua revelação que Ele quis preservar para benefício de toda a humanidade, acha-se armazenada, na Bíblia Sagrada. Examinar as Escrituras é conhecer a Deus da maneira que Ele quer ser conhecido. A revelação divina é um desvendamento permanente. Ele nos convida a voltarmos repetidas vezes às Escrituras para aprendermos a respeito de Deus. A Bíblia não somente armazena a revelação divina, como também a torna conhecida hoje. Deus falou no passado, e continua falando hoje através dos registros das Escrituras.
A MENSAGEM E A SUPREMACIA DA BÍBLIA
Em primeiro lugar, as Escrituras são inerrantes quanto ao seu conteúdo. As Escrituras não contêm erros. A Palavra de Deus não pode falhar. Seu conteúdo foi revelado por Deus. Seus autores foram inspirados por Deus. Seu registro foi assistido pelo Espírito Santo de Deus. Portanto, há acuracidade nas descrições, precisão nos relatos e inerrância nos ensinos. A Palavra de Deus não é fruto da lucubração humana nem mesmo resultado de elucidação vacilante da mente humana. A origem da Bíblia está no céu. Seu verdadeiro autor, o Espírito Santo, foi quem inspirou homens santos para registrar tudo quanto aprouve a Deus nos legar. A Bíblia foi escrita num período de mil e cem anos. Cerca de quarenta homens usados por Deus, de culturas diferentes, escreveram em tempos diferentes, para públicos diferentes e não há sequer uma contradição. Isso, porque o próprio Deus é o seu autor. Porque Deus é verdadeiro em seu ser, sua Palavra não pode falhar.
Em segundo lugar, as Escrituras são infalíveis em suas profecias. As profecias bíblicas são específicas, exatas, e muito bem definidas. Milhares de profecias já se cumpriram e tantas outras estão se cumprindo literal e fielmente. Nenhum livro religioso da história se compara à Bíblia neste particular. Se colocássemos o cumprimento das profecias no campo da coincidência, isso daria um número semelhante a dez elevado à décima sétima potência. A probabilidade de você cobrir todo o Estado do Espírito Santo com moedas, com uma camada de um metro, e marcar uma dessas moedas, esperando que um homem cego a encontre, é a mesma das profecias bíblicas terem se cumprido por uma mera consciência. Muitos críticos, arrotando uma sapiência arrogante, tentaram desacreditar a Bíblia, mas seus argumentos insolentes caíram no pó do esquecimento e a Bíblia, sobranceira e vitoriosamente, triunfa vitoriosa. A Bíblia é a bigorna de Deus que quebra todos os martelos dos críticos.
Em terceiro lugar, as Escrituras são suficientes quanto à doutrina e vida. Não precisamos de outras revelações extra bíblicas para conhecermos tudo quanto Deus quer que saibamos para termos uma vida plena. Aliás, Deus lança uma maldição sobre aqueles que subtraem das Escrituras o que nelas estão e sobre aqueles que acrescentam a elas o que nelas não estão. A Bíblia tem uma capa ulterior. A revelação de Deus está completa e o cânon está fechado. Não existem novas revelações. Não existem mensagens novas, vindas direto de Deus, à sua igreja. As igrejas apostólicas hoje não são aquelas que nomeiam novos supostos apóstolos, trazendo novas doutrinas forâneas às Escrituras, mas aquelas que seguem a doutrina dos apóstolos. Toda doutrina que não emana das Escrituras é falsa doutrina. Toda ética que não está calçada pela verdade das Escrituras produz um comportamento reprovável. Não precisamos correr atrás das últimas novidades do mercado da fé, em busca de conhecimento e experiência que nos levem à uma vida mais profunda com Deus. Ao contrário, devemos examinar as Escrituras, pois na Palavra de Deus temos um reservatório inesgotável e uma fonte inexaurível de todo acervo que devemos crer e praticar. A Bíblia é, de fato, nossa única regra de fé e prática: inerrante, infalível e suficiente!
QUAL O TEMA CENTRAL DA BÍBLIA E A SUA AUTENTICIDADE
A Bíblia revela uma consistência e unidade espantosa levando em conta a grande diversidade havida na sua composição. Isso prova a sua autenticidade. Foi escrita:
Em 15 séculos
- Por 40 autores das mais diversas classes sociais, e em diferentes contextos sociais, épocas e lugares: palácio, deserto, prisão, guerra, exílio.
- São 66 livros
- Alguns escreveram história, outros leis, outros poesia. São diversos gêneros literários: que vão desde biografia até correspondência pessoal.
- Abrange diversas culturas e três continentes distintos (Ásia, África e Europa)
- Foi escrita em três idiomas: Hebraico, Grego e Aramaico
- Apresenta um único problema: o pecado
- Apresenta Uma única solução: Jesus
Sim, Jesus é o tema central da Bíblia. Em meio a tanta diversidade, os livros fecham em um único assunto: Jesus e o plano de redenção do homem.
A revelação que Deus fez de Si mesmo, centraliza-se em Jesus. Ele é o verbo Vivo, encarnado. A suprema revelação de Deus acha-se no Seu Filho. Jesus é a fonte e o conteúdo da revelação. Ele não é um meio de comunicar a revelação divina, Ele mesmo é o "resplendor de sua glória e a expressa imagem da Sua Pessoa" (Hb 1.3). Ele é o caminho, a verdade e a vida; conhecer a Ele é conhecer o Pai (Jo 14.6,7). Cristo é a chave que revela o significado das Escrituras (Lc 24.25,27; Jo 5.39,40; At 17.2,3; 28.23; I Tm 3.15).
"A Bíblia não é antiga nem moderna. Ela é eterna"
(Martinho Lutero)
FONTES DE PESQUISA
Arquivo Pessoal
https://hernandesdiaslopes.com.br/a-supremacia-das-escrituras/
Comentários
Postar um comentário
Deixe aqui seu comentário!