Galera de Cristo 04 - Vão e preguem!


"Mas receberão poder quando o Espírito Santo descer sobre vocês, e serão minhas testemunhas em Jerusalém, em toda Judeia e Samaria e até os confins da terra" - Atos 1.8
5 desculpas comuns no evangelismo | Conhecendo a Bíblia
A RESPONSABILIDADE DO EVANGELISMO
Muita gente tem vontade de anunciar o Evangelho, porém esbarram na dúvida acerca de como evangelizar. Na verdade esse é um ponto crucial para que a tarefa do evangelismo seja realizada da maneira correta.
Infelizmente muita gente acaba evangelizando de modo completamente equivocado. Consequentemente, os resultados do evangelismo tornam-se diretamente opostos ao esperado. Há casos também em que outros objetivos são priorizados. Em situações assim, o evangelismo passa a ser apenas um tipo de “desculpa” para se conquistar tais objetivos.
Neste texto nós veremos alguns aspectos fundamentais sobre como evangelizar corretamente. Vamos entender quais são as diretrizes da Palavra de Deus para uma evangelização eficiente.

O que é evangelismo, evangelização, evangelista e Evangelho?

Primeiramente, precisamos entender alguns conceitos introdutórios que compõe esse assunto. Para sabermos como evangelizar da maneira correta, precisamos compreender o que é o evangelho, a evangelização e, por fim, o que é ser um evangelista.
A palavra Evangelho tem origem grega, e significa “boas-novas” ou “boas notícias”. Na aplicação cristã, “Evangelho” refere-se às boas noticias de salvação, de modo que o próprio Cristo é o Evangelho. 
Já o evangelismo ou a evangelização, nada mais é do que “levar as boas-novas” ou “levar as boas-notícias”. Algumas tentativas já foram feitas para tentar diferenciar os dois termos, porém, além dos sufixos, não há qualquer diferença entre eles.
Já o evangelista é aquele que traz as boas-novas, ou seja, aquele que anuncia o Evangelho de Cristo. Resumidamente, o evangelista proclama o Evangelho através da evangelização. Entenda melhor o que é um evangelista.
O que é Evangelizar?
Vimos que a evangelização é simplesmente “levar as boas-novas”.O apóstolo Paulo resume em poucas palavras, e de forma bem pratica, o que de fato é evangelizar:
Porque primeiramente vos entreguei o que também recebi: que Cristo morreu por nossos pecados, segundo as Escrituras. (1 Coríntios 15:3)
Evangelizar é entregar o que também recebemos. É proclamar que Cristo morreu por nossos pecados. Aqui também percebemos que existe um pré-requisito muito importante na tarefa da evangelização: somente poderá evangelizar verdadeiramente aquele que recebeu o Evangelho.
Vemos por aí muita gente querendo evangelizar, mas suas vidas demonstram que nunca receberam o Evangelho de verdade. Essas pessoas nunca foram feitas novas criaturas. Nesses casos, elas anunciam uma falsa verdade, pois não possuem nada verdadeiro para que possam anunciar.

Por que Evangelizar?

Antes de nos dispormos a executar a tarefa do evangelismo, precisamos saber primeiramente o porquê de estarmos evangelizando. Não há como responder qualquer pergunta sobre como evangelizar sem que antes entendamos essa questão. Isso servirá para manter claro o nosso objetivo, e não deixar nossas ações vazias e sem propósito.
Poderíamos citar muitos motivos que respondem o porquê da evangelização. Mas há dois deles que são os principais e fundamentam todos os outros.
Em primeiro lugar, devemos evangelizar porque amamos a Deus. Isso já é o bastante para nos motivar a fazer com que Ele, como Criador, seja adorado da maneira que deve ser. Quer outro motivo melhor do que este? Certamente não há! Por amarmos a Deus naturalmente devemos desejar que sua Palavra seja proclamada e seu nome exaltado.
A principal motivação para a evangelização é fazer com que Deus seja glorificado entre os homens. O apóstolo Paulo, em sua Carta aos Romanos, deixa bem claro esse princípio. Ele diz que os homens tiveram conhecimento de Deus, mas não o glorificaram como Deus (Romanos 1:16-3:20).
Entretanto, se amamos a Deus, obrigatoriamente obedeceremos aos seus mandamentos (João 15:15). Essa verdade nos leva ao segundo motivo principal: devemos evangelizar porque Deus nos ordenou. Na Bíblia não faltam referências sobre essa tarefa que nos foi delegada (Mateus 28:19,20; Marcos 16:15; Lucas 24:46,47; Atos 1:8). Se amamos a Deus e Ele ordena que sejamos suas testemunhas, não nos resta outra opção a não ser obedecê-lo evangelizando.
Agora que conhecemos os dois principais motivos que fundamentam todos os demais, podemos citar mais alguns deles:
  • A evangelização é a vocação universal dos seguidores de Cristo: o apóstolo Pedro nos explica perfeitamente essa verdade. Ele nos alerta que somos “a geração eleita, o sacerdócio real, a nação santa, o povo adquirido”. Percebeu o alto investimento que, pela Graça de Deus, foi feito em nós? Amamos a Deus por que Ele nos adquiriu, e sua graça nos capacitou a obedecê-lo. Por isto sua ordem para evangelizarmos está de acordo com a nossa vocação que é anunciar as virtudes daquele que nos chamou das trevas para a sua maravilhosa luz (1 Pedro 2:9).
  • Devemos evangelizar por amor ao próximo: como seguidores de Cristo, devemos amar o próximo como amamos a nós mesmos. A questão é que muitas pessoas se esquecem de que os perdidos também estão enquadrados nesse grupo. Alguém, mesmo não regenerado, morto em pecados e delitos, ainda assim é o nosso próximo. Logo, se devemos amá-lo como a nós mesmos, automaticamente iremos desejar que essa pessoa tenha o conhecimento das Boas-Novas de Cristo, assim como nós. O próprio Jesus nos ensinou que devemos ter compaixão dos perdidos, porque são como “ovelhas que não têm pastor” (Mateus 9:36). Quem já viu o comportamento de uma ovelha desgarrada de seu rebanho, perdida pelo campo longe dos olhares atentos de seu pastor, entende o quão profundo foi o ensinamento de Jesus nessa simples frase. O desejo de anunciar Cristo aos perdidos deve ser algo natural para todos aqueles que já nasceram de novo.
  • Devemos evangelizar porque a evangelização é um privilégio: essa é uma verdade maravilhosa. Nem todos fazem ideia do privilégio que há na tarefa da evangelização. Sabemos que não há qualquer cooperação humana na salvação, pois essa é uma obra inteiramente realizada por Deus. Entretanto, ele nos concede o enorme privilégio de sermos o meio pela qual o Evangelho da Graça é anunciado, para que o coração do perdido seja alcançado (Romanos 10:13-15).
Finalmente, podemos citar o que escreveu o Apóstolo Paulo, ao falar sobre sua tarefa como evangelista:
Porque, se anuncio o evangelho, não tenho de que me gloriar, pois me é imposta essa obrigação; e ai de mim, se não anunciar o evangelho! (1 Coríntios 9:16)

Quem deve evangelizar?

Obviamente nesse ponto creio que já esteja mais do que claro que todos os cristãos verdadeiros devem evangelizar. É claro que aqui também devemos respeitar as habilidades particulares de cada pessoa. Não devemos esperar o mesmo desempenho de todos na evangelização. Sabemos que existem pessoas que são extremamente talentosas na evangelização. Essas pessoas são chamadas e capacitadas pelo Espírito Santo especialmente para essa tarefa.
Porém, da mesma forma como alguns dedicam suas vidas a obra evangelística, deixando suas casas, cidades, estados e países para pregar ao Evangelho, há também os que permanecem em suas próprias cidades e desempenham um trabalho importante como testemunhas de Cristo. Jesus disse aos seus seguidores para serem suas testemunhas “tanto em Jerusalém como em toda Judeia e Samaria, e até os confins da terra” (Atos 1:8). Uns percorreram o mundo, enquanto outros permaneceram em Jerusalém, porém todos cumpriram a tarefa delegada.
É comum as pessoas pensarem que o evangelismo é uma obrigação do pastor, do missionário ou dos membros mais extrovertidos da congregação. Porém, todos nós devemos nos comprometer de alguma forma com a evangelização. Essa é uma atitude natural de todo àquele que teve um encontro real com Cristo. A evangelização não deve ser encarado como um peso, mas como algo a ser feito de bom grado. Devemos seguir o exemplo de André e Filipe, que ao encontrarem o Messias, correram para contar a Simão e a Natanael. (João 1:40-45).

Os requisitos necessários para evangelizar

Resumidamente, vamos citar os principais requisitos que alguém deve ter para poder evangelizar corretamente:
  • É preciso ter experimentado o poder transformador do Evangelho.
  • É preciso ter o conhecimento e a clara compreensão do Evangelho.
  • É preciso crer firmemente na veracidade e inerrância do Evangelho.
  • É preciso ter a plena consciência da importância do Evangelho, como uma questão de vida ou morte eterna.

Como não evangelizar?

Antes de falarmos sobre como evangelizar, também precisamos falar sobre como não evangelizar. Como já foi dito, é comum ver pessoas cometendo muitos erros cruciais nessa área. Esses erros acabam comprometendo o próprio evangelismo conforme os moldes bíblicos. Vejamos os três problemas mais frequentes na evangelização:
  1. Evangelismo pragmático: coloquei o pragmatismo como o primeiro erro, pois acredito ser o mais grave. O evangelismo pragmático é tão nocivo justamente por fazer com que a evangelização seja estabelecida sob as bases erradas. Na verdade, ele tira o foco da verdadeira motivação para o evangelismo bíblico, e coloca sobre os resultados. Logo, a pergunta sempre será: “O que dá mais resultado na evangelização?”. Esse tipo de pensamento é muito perigoso, pois aceita-se pagar qualquer preço pelo melhor resultado. Isso faz com que a verdadeira mensagem do Evangelho seja superada pela técnica de maior sucesso. Vemos, infelizmente, muitas pessoas preocupadas em desenvolver “atrações” para chamar a atenção dos perdidos, e o resultado é um evangelismo deformado, com muitas pessoas convertidas ao modelo “vendido”, não a Cristo. O pragmatismo pode lotar uma igreja de “chamados”, mas nunca de “escolhidos”. Quando as pessoas adotam tais técnicas para atrair a atenção dos pecadores, como isca no anzol em uma pescaria, esquecem que, a menos que o Espírito Santo ressuscite o pecador em seu estado morto e caído, o Evangelho de Cristo será pedra de tropeço e rocha de escândalo para ele (1 Pedro 2:8). Sempre devemos nos preocupar com a integridade da mensagem, ao invés dos resultados esperados. Nossa tarefa é anunciar, confiando que Deus acrescentará à sua Igreja aqueles que foram destinados a vida eterna (Atos 2:47; 13:48).
  2. Ações sociais: é claro que devemos participar e nos mobilizar, como seguidores de Cristo, em prol da resolução de problemas sociais, promovendo ações nesse sentido. Entretanto, não devemos confundir tais ações com evangelização. O evangelismo correto só se caracteriza quando a mensagem sobre a cruz, o pecado, o arrependimento e a necessidade da fé em Cristo, é comunicada com prioridade.
  3. Mensagem errada: é comum ver pessoas tentando evangelizar outras pessoas com a mensagem errada. Às vezes muita gente dá ênfase a testemunhos pessoais, ou qualquer outro assunto, acreditando estar evangelizando. Podemos até mencionar algum testemunho, desde que o foco sob a cruz de Cristo não se perca. Também vemos pessoas trazendo temas de interesse popular para incorporá-los no evangelismo, mas, como dissemos acima, a obra redentora de Cristo deve ser a única mensagem a ser priorizada.
  4. Comportamento errado: já saí muitas vezes com grupos de evangelismo em que as pessoas achavam que evangelizar se resumia apenas em convidar alguém a comparecer no culto de domingo. Outros, nem mesmo falavam nada, apenas esticavam as mãos e entregavam folhetos. Por último, alguns nem convidavam e nem entregavam os folhetos, apenas acompanhavam o grupo vestindo uma camisa com a frase “Jesus Te Ama”. Se não houver a mensagem direta sobre Cristo ao pecador, então o que estamos fazendo não é evangelismo.

Como evangelizar?

Já vimos que evangelizar corretamente está longe de ser o que muita gente costumeiramente pensa. Entretanto, a evangelização conforme os padrões bíblicos é, em sua essência, algo bem simples.
Como já citei neste texto, não há exatamente uma “lista pronta” para a evangelização, até porque isso culminaria no pragmatismo que já foi discutido. Porém, podemos dizer que há alguns princípios fundamentais que norteiam a verdadeira maneira de como evangelizar:
  1. Devemos evangelizar com simplicidade: evangelizar é simplesmente anunciar as Boas-Novas da Salvação. Não precisamos complicar algo que é tão simples. Se tivermos em mente este princípio, todo o resto fluirá naturalmente.
  2. Devemos evangelizar com a mensagem certa: esse ponto está parecendo até muito repetitivo, e, sinceramente, essa é justamente a intenção. Mais uma vez repito que a evangelização precisa estar centrada na verdade sobre o pecado, na necessidade do arrependimento, e na fé no Cristo ressuscitado. Como já foi dito, na evangelização não há espaço para qualquer outro assunto a não ser o Evangelho da graça.
  3. Devemos evangelizar com uma mensagem clara: esse ponto complementa o anterior. Não adianta nada sabermos a mensagem correta que deve ser usada se não a transmitimos com clareza. Algumas pessoas dão uma volta tão grande no assunto, que acabam confundindo completamente seu ouvinte. Para chegarem em Jesus, passam primeiro por toda sua genealogia. Devemos nos lembrar de que muitas pessoas que estão ouvindo a nossa mensagem não possuem qualquer conhecimento bíblico, e se a mensagem que transmitimos não for clara e precisa, certamente tais pessoas não a entenderão. O exemplo do Evangelista Filipe, no livro de Atos dos Apóstolos, nos ajuda a entender esse princípio. O eunuco etíope estava lendo Isaías 53, uma profecia acerca da vinda do Messias. Filipe, de forma simples e clara, começou por essa passagem da Escritura e lhe anunciou Jesus. Ele não se atentou aos detalhes biográficos do profeta Isaías, nem ao contexto histórico ou a qualquer outra característica do texto. Embora tudo isto seja importante, creio que no momento da evangelização não é algo necessário. Já presenciei algumas pessoas evangelizando como se estivessem dando uma aula de seminário à uma pessoa na calçada de uma rua. Devemos ir com calma, pois a evangelização é o primeiro contato. Se Deus chamar o pecador, então haverá muitas oportunidades na Escola Bíblica Dominical e nos estudos bíblicos para discipulá-lo nas doutrinas bíblicas. No momento oportuno ele será introduzido aos assuntos fundamentais da teologia.
  4. Leia a Bíblia, pois devemos conhecer a Escritura para podermos evangelizar: se a verdadeira evangelização depende de transmitirmos a mensagem certa de forma clara e objetiva, logicamente precisamos possuir o conhecimento da mensagem que será anunciada. Isso que significa que o conhecimento profundo da própria Palavra de Deus é essencial na tarefa da evangelização. Vemos por aí pessoas querendo evangelizar sem ao menos conhecer as Escrituras. Isto fatalmente resultará em um evangelismo errado. Aqui vale mais uma vez a verdade ensinada por Paulo: só podemos transmitir o que também recebemos.
  5. Devemos crer na mensagem que anunciamos: este ponto parece até brincadeira, mas não é. Se não crermos fielmente na mensagem que estamos pregando, aponto de, se necessário, arriscarmos nossas vidas por ela, não estaremos prontos para evangelizar.
  6. Devemos evangelizar com perseverança: podemos evangelizar milhares de vezes sem ao menos ver uma pessoa convertida. Diante de uma situação como essa, logo surge a pergunta: “Tem algo errado?”. A resposta correta certamente é: “Depende!”. Digo isso, pois, se nossa evangelização está correta perante os moldes bíblicos, com a mensagem do Evangelho genuíno sendo anunciada, então não há nada de errado, mesmo que não haja nenhum convertido. Precisamos estar atentos a essa possibilidade real, agindo com perseverança, para que não fiquemos frustrados. Noé, por exemplo, é chamado de “pregoeiro da justiça”, mas com exceção de sua casa, sua pregação não resultou em convertidos (2 Pedro 2:5). Mesmo o apóstolo Paulo, grande evangelizador com incontáveis conversões em seu ministério, passou por muitos momentos em que o a Palavra de Deus foi rejeitada por seus ouvintes (Atos 13:44-46).
  7. Devemos evangelizar com conduta irrepreensível: como poderemos evangelizar se nossa conduta não condiz com o Evangelho? Nosso exemplo é muito importante na tarefa da evangelização. Já presenciei um caso em que uma pessoa, que morava vizinha de sua congregação, saía para evangelizar no domingo com os demais irmãos. Mas durante o restante da semana, ela dava mau testemunho perante seus vizinhos. O que será que esses vizinhos pensaram quando viam tal pessoa evangelizando no domingo? Será que isso prejudicou a imagem do grupo de evangelização? Devemos nos lembrar das palavras de Jesus: “Assim resplandeça a vossa luz diante dos homens, para que vejam as vossas boas obras e glorifiquem a vosso Pai, que está nos céus” (Mateus 5:16).
  8. Devemos evangelizar com cuidado ao grupo de evangelismo: esse ponto refere-se às situações em que montamos grupos de evangelismo, como citado no exemplo acima. Essa é uma prática comum em muitas igrejas, porém é necessário que haja cuidado. Em alguns casos, a escolha errada dos integrantes do grupo poderá comprometer toda a seriedade do trabalho. É necessário que todos os integrantes estejam comprometidos com essa tarefa. Essa atenção deve ser redobrada quando estamos tratando de projetos evangelísticos de longo prazo, para que não ocorra o mesmo descrito em Atos dos Apóstolos, quando João Marcos simplesmente abandonou a missão (Atos 13:13).
  9. Devemos evangelizar com urgência: às vezes ficamos esperando pelo melhor momento para evangelizarmos alguém. A evangelização deve ser urgente, pois a realidade do pecado não espera pelo melhor momento para assolar os perdidos.
  10. Devemos evangelizar com convicção: não devemos evangelizar com insegurança ou transmitindo despreparo. Devemos estar convictos da importância do que estamos fazendo, e da necessidade de tal ação.
  11. Ao evangelizar, seja envolvente e esteja pronto a ouvir: é comum alguém abordar uma pessoa para evangelizá-la e começar a falar, e falar e falar, sem parar de falar. Isso além de ser extremamente chato, não é a maneira correta de evangelizar. É preciso também ouvir a pessoa que está do outro lado. Conduza a evangelização como uma conversa, onde as duas partes estejam envolvidas. Deixe a pessoa falar e participar do assunto. Faça perguntas pontuais, para estimular o envolvimento da pessoa, mas tenha cuidado para que o foco não seja desviado.
  12. Ao evangelizar, mostre interesse na pessoa: nunca evangelize de maneira fria e superficial. Se agir assim, a pessoa que está sendo evangelizada certamente terá a plena convicção de que ela é só mais uma em sua “lista de metas”. Ela pensará que se não fosse ela quem estivesse ouvindo você, então seria qualquer outra pessoa. É preciso mostrar à pessoa que a mensagem que você está transmitindo é especialmente para ela, e que não é por acaso que, justamente ela, esteja sendo evangelizada naquele momento.
  13. Devemos evangelizar conscientes de nossa responsabilidade: muitas pessoas não possuem a real percepção da responsabilidade que envolve a evangelização. Poderíamos falar muito sobre isso, mas penso que o entendimento de que somos embaixadores de Cristo enviados ao mundo para representá-lo, testemunhando sobre Ele diante dos homens, já explica toda essa responsabilidade.
  14. Devemos orar em prol da evangelização: por mais bem preparado que alguém esteja, sem oração, tal preparo estará incompleto. Na oração é que rogamos a Deus que nos capacite cada vez mais para essa tarefa. É através da oração que pedimos que o Senhor trabalhe no coração dos perdidos (Romanos 10:1). Algumas pessoas se acham tão autossuficientes no trabalho de evangelismo que se esquecem de orar. Essas pessoas falham em lembrar que somente Deus é quem pode, de fato, converter o pecador.
  15. Devemos evangelizar conscientes da soberania de Deus: esse ponto é uma extensão lógica do ponto anterior. Se oramos para que Deus converta os incrédulos, necessariamente estamos se referindo à sua soberania. Apesar de nos prepararmos corretamente e transmitirmos a mensagem certa e com clareza, nada disso será suficiente para regenerar o pecador. Nossas palavras poderão até emocioná-lo, nossas técnicas poderão até persuadi-lo, mas somente Deus é quem pode, verdadeiramente, convencer o homem de seu pecado. Compreender este princípio é fundamental para qualquer evangelista, pois é a garantia de que nossos esforços não são vãos. Cabe a nós anunciar o Evangelho, confiantes de que a salvação pertence somente ao Senhor. Nenhum evangelista pode dar a fé salvadora a uma única pessoa se quer. Apenas o Espírito Santo pode produzir no coração do homem essa fé. A Bíblia diz que “ninguém pode dizer que Jesus é o Senhor, senão pelo Espírito Santo” (1 Coríntios 12:3).
  16. Finalmente, ao evangelizar, convide a pessoa a visitar a igreja: já falamos que evangelizar não é simplesmente convidar alguém para ir à igreja. Como vimos, evangelizar é muito mais do que isso. Entretanto, ao final do evangelismo, você deve estender o convite para que a pessoa visite uma igreja, pode ser a igreja que você é membro, ou qualquer outra que tenha compromisso com a pregação do Evangelho genuíno. Aliás, sempre é importante ter o “desprendimento” para indicar, se necessário, outra igreja que não seja a que você congrega, e isso pode ocorrer com frequência por muitos motivos. Talvez a distância seja o principal deles. Infelizmente, às vezes algumas pessoas não evangelizam alguém por saberem que seria inviável para o evangelizado comparecer à comunidade a qual elas fazem parte da membresia. Devemos lembrar que estamos evangelizando em prol do reino de Deus, e não apenas de nossa comunidade local. Vale ressaltar também que essa etapa é muito importante, pois é uma oportunidade de integrar a pessoa evangelizada à rede de relacionamentos de uma comunidade cristã.

Dicas de textos bíblicos para evangelização

Existem muitos versículos bíblicos para serem utilizados durante a evangelização. Porém, quero citar apenas algumas referências para auxiliá-lo em sua preparação. Vou dividi-los em cinco pilares essenciais para a mensagem evangelística:
  • A verdade sobre o pecado:
Pois todos pecaram e estão destituídos da glória de Deus. (Romanos 3:23)
  • A expiação de Cristo na cruz:
Isto é o meu sangue da aliança, que é derramado em favor de muitos, para perdão de pecados. (Mateus 26:28-28)
  • A necessidade do arrependimento e da fé em Jesus Cristo:
Porque Deus tanto amou o mundo que deu o seu Filho Unigênito, para que todo o que nele crer não pereça, mas tenha a vida eterna. (João 3:16)
  • A verdade sobre a salvação:
Pois vocês são salvos pela graça, por meio da fé, e isto não vem de vocês, é dom de Deus; não por obras, para que ninguém se glorie. (Efésios 2:8,9)
  • A benção da salvação:
Contudo, aos que o receberam, aos que creram em seu nome, deu-lhes o direito de se tornarem filhos de Deus. (João 1:12-12)

FONTE DE PESQUISA

https://estiloadoracao.com/como-evangelizar/ 

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