Galera de Cristo 11- O Sacrifício de Cristo no Calvário
"Acaso não haverei de beber o cálice que o Pai me deu?" - João 18.11b
O SACRIFÍCIO DE JESUS: DA CRUCIFICAÇÃO ATÉ A MORTE
A morte de Jesus na cruz é a maior demonstração do grande amor de Deus por nós e a redenção da humanidade (João 3.16). Pois da mesma forma que por um homem entrou o pecado no mundo, isto é Adão, por meio de um homem só, Jesus, uma grande multidão de transgressões foi perdoada.
Veremos em ordem cronológica e passo a passo o que aconteceu a Jesus, antes e depois da crucificação.
A ordem é a seguinte:
1.A forma brutal de tortura dos soldados romanos antes de colocar Jesus na cruz;
2.Como foi instituída a crucificação e por quê?;
3.Por que crucificaram Jesus e não Barrabás?;
4.O passo-a-passo da condenação;
5.Os sofrimentos de Jesus na cruz;
7.As sete declarações de Jesus antes de sua morte;
8.O véu do Templo e a morte de Jesus.
O Julgamento
Pilatos solta Barrabás a pedido da multidão (Mateus 27.26). Um criminoso qualificado. Assassino. Ladrão. Sedicioso. Barrabás é um resumo da humanidade pecadora.
A intenção de Pilatos ao apresentar a escolha entre um dos dois presos era extremante desproporcional. Ele achou que a multidão jamais iria preferir Barrabás à Jesus.
Mas não foi o que aconteceu. Obviamente ele foi solto porque Cristo assumiu seu lugar.
Barrabás representa cada um de nós. Pecadores. Maus. Mesquinhos. Merecíamos a morte. Uma morte horrível. Mas o Filho de Deus assumiu a condenação.
Crucificação Parte 1: Os Açoites
Era realizado no pretório. O chicote era feito de tiras de couro. Traziam na ponta pedaços de ferro, chumbo ou osso. A intenção era dilacerar o corpo do condenado. Fazê-lo agonizar de dor.
Não raramente esse espancamento causava a morte, dada a brutalidade do massacre ao qual o condenado era submetido. Jesus foi levado à casa do governador (Pretório). Era ali que residia quando não estava em Cesaréia, sua fortaleza em Israel.
Os soldados que o conduziram chamaram toda a tropa que estava ali, cerca de 500 ou 600 homens (Mateus 27.27). A intenção dos soldados era: torturar e humilhar Jesus (Mateus 27.28).
Este manto vermelho era a tradicional capa curta utilizada por soldados, oficiais, magistrados, reis e imperadores. Dessa forma eles continuaram a ferir o Senhor física e emocionalmente.
Humilhando-o com seus adereços debochados. Caracterizando ainda mais o seu desprezo pelo Filho de Deus.
A Coroa de Espinhos
A coroa de espinhos representa o diadema real (Mateus 27.29). A vara, o cetro. Ambos usados por magistrados romanos. A intenção dos soldados era fazer de Jesus uma caricatura real.
A matéria prima da coroa eram ramos de espinheiros ou acácia da Síria, comuns na região e com espinhos tão longos quanto um dedo.
A tropa (500 ou 600 soldados) formou uma espécie de fila, enquanto ajoelhavam-se diante de Jesus desejando-lhe vida longa e prosperidade.
Sorrisos debochados. Gargalhadas. Gritos. O barulho do escárnio misturado aos açoites, preenchia o ambiente. Diziam: “Salve, rei dos judeus!”, e gargalhavam.
Essa era a saudação que imperador ouvia ao voltar vitorioso da batalha. Para os soldados, Jesus não passava de um idiota fracassado. Um louco.
Diante do Rei do Céu e da Terra, os soldados romanos deram seu melhor no quesito desmoralizar.
O Cuspe
Autoridades romanas tinham o costume de se cumprimentarem beijando os lados da face, um do outro. Especialmente no retorno de batalhas.
Em lugar do beijo de cumprimento, Jesus de Nazaré recebeu cuspe (Mateus 27.30). Aprofundando ainda mais a sensação de humilhação e desprezo.
Ao mesmo tempo outro soldado, toma a vara de sua mão e sem nenhuma misericórdia, bate em sua cabeça. Os cravos ficam cada vem mais fincados no crânio. O sangue escorre por sua face e o Filho de Deus, mal consegue ficar acordado.
As pancadas e a perda de sangue o deixam tonto. Confuso. Os gritos e as gargalhadas, o barulho, só pioram.
A Zombaria
Provavelmente isso aconteceu após a tentativa de Pilatos para soltar Jesus. Pilatos saiu outra vez e disse aos judeus:“Agora eu vou trazer Jesus aqui fora para vocês, mas entendam que eu não acho nele motivo algum de acusação”. Então Jesus saiu com a coroa de espinhos e o manto de púrpura (Mateus 27.31).
Pilatos disse: “Aqui está o homem!” Ao ver Jesus, os sacerdotes principais e os guardas do templo começaram a gritar: “Crucifique! Crucifique!” (João 19.4-6).
A multidão estava cega. Queria matar a Jesus. Grita loucamente.
Visto que a decisão final era a crucificação, os soldados tiram de Jesus a capa e devolvem suas roupas. Isto provavelmente aconteceu porque os romanos não queriam que todos os judeus vissem outro judeu ser humilhado daquela forma. Podia inflamar ainda mais o sentimento político de revolta.
A essa altura Jesus estava moído. Ferido. Fisicamente esgotado. Estava se cumprindo a profecia do profeta Isaías 53.5,7,8.
Jesus é vestido e conduzido para fora da cidade.
Começa a segunda parte da crucificação.
Crucificação Parte 2: A Caminho do Gólgota
O caminho até a cruz é comumente chamado de Via Dolorosa. Aprendemos com a História, que a crucificação teve início no período das guerras entre Roma e Cartago (Guerras Púnicas), cerca de 200 a.C.
Os romanos passaram a empregá-la como condenação aos prisioneiros da época. Lembrando que a violência extrema era marca do império romano. A crucificação era morte por tortura. A intenção não era apenas aniquilar, mas fazer sofrer.
Por isso o condenado era açoitado antes, para que sofresse ainda mais no momento de carregar o pathibulum, o poste vertical da cruz.
Contudo, Jesus já está muito desgastado e não suporta carregar a cruz.
Os soldados romanos jamais se rebaixariam a carregá-la, então chamaram Simão, o cireneu para ajudá-lo (Mateus 27.32). Enquanto Simão Pedro abandou o Mestre, seu Pai providenciou outro para ajudá-lo.
Provavelmente este Simão, veio a tornar-se cristão. E seus filhos são citados: Alexandre e Rufo.
A ajuda de Simão deixa clara a humanidade de Cristo. Mostra que Ele não se utilizou de nenhum artificio sobrenatural para suportar mais dor.
A impossibilidade de carregar a cruz devido à debilidade do seu corpo mostra isso, assim como sua agonia no Getsêmani.
O Gólgota
A palavra Gólgota é originária do latim, para traduzir o aramaico Gulgatha, no hebraico Gulgoleth, que significa crânio. Alguns acreditam que recebeu esse nome pelo fato de ali ser um lugar de execuções, onde ossos dos cadáveres jaziam (Mateus 27.33).
A crença mais difundida, no entanto, é a de que o nome é uma referência a formação rochosa do monte, que parece sim, uma caveira.
A segunda tese ganha ainda maior força quando pensamos que José de Arimateia e Nicodemos, dois judeus ricos, não comprariam seus sepulcros em um lugar onde os ossos ficavam espalhados ao chão, já que era algo contrário as leis judaicas.
Para Aliviar a Dor…
Durante a crucificação, vendo a agonia de Jesus, os soldados lhe ofereceram vinho(Mateus 27.34). Essa era a bebida normalmente usada pelos romanos para amenizar a dor causada pelos ferimentos de batalha. Soldados mais piedosos ofereciam ao réu, na cruz, a fim de aliviar um pouco o sofrimento.
Jesus não! Ele recusou completamente. Não aceitou qualquer tipo de entorpecimento. Estava pronto a beber o cálice que o Pai havia lhe dado.
Crucificação – Parte 3: Jesus na Cruz
Havia três tipos de cruz:
1. X – A cruz de Santo André, com formato de X.
2. T – A cruz de Sato Antônio, com formato de T.
3. † – A cruz latina, com formato mais popular no mundo.
No Gólgota a crucificação se dava da seguinte forma:
- As roupas do prisioneiro eram tiradas;
- Mãos: pulso ou metacarpo eram cravados, primeiro a direita, em seguida a esquerda com o corpo do condenado no chão;
- O corpo: apoiado ou amarrado ao pathibulum;
- Pés fixados no poste, juntos ou separados, um palmo acima do chão de forma que os joelhos permanecessem inclinados.
O Sofrimento de Jesus Cristo Na Cruz
- Sede;
- Exposição aos elementos do tempo como: sol e calor causticante;
- Paralisação da circulação sanguínea;
- Dores intensas;
- Artérias da cabeça e estômago cheias de sangue;
- Febre traumática;
- Tétano;
- Perda contínua de sangue;
- Morte lenta e dolorosa com duração de 36 horas a 9 dias.
Para apressar a morte dos prisioneiros os soldados romanos despedaçavam suas pernas com um porrete pesado ou martelo. A cruz era um símbolo de maldição. Vergonha.
Não é a toa que o apóstolo Paulo diz que Cristo se fez maldito, por nós (Gálatas 3:13). Era o tipo de morte reservado para os piores infratores da época. E só foi abolida por Constatino, em 300 d.C.
A Inscrição
O texto da acusação varia nos evangelhos:
- Mateus – “Este é Jesus, o Rei dos Judeus” (Mateus 27.38)
- Marcos – O Rei dos Judeus (Marcos 15.26)
- Lucas – Este é o Rei dos Judeus (Lucas 23.38)
- João – Jesus Nazareno, o Rei dos Judeus (João 19.19)
Devemos lembrar que a acusação foi escrita em três idiomas: hebraico, latim e grego conforme diz João 19.19,20. É possível que essa seja a causa da variação, já que os idiomas têm sintaxes diferentes.
Oficialmente Jesus foi crucificado por traição a Roma. Os romanos jamais o teriam crucificado por motivo de blasfêmia religiosa. A acusação contra Jesus foi alta traição.
O objetivo era dar as autoridades judaicas uma advertência: “Isto é o que os romanos farão a qualquer que se levante como rei dos judeus”.
Sabemos, porém, que Jesus era inocente em relação à acusação. Em nenhum momento Ele se levantou contra o governo de Roma, algo que muitos imaginavam que Ele fizesse. Jesus Cristo deixa isso muito claro no episódio da moeda com a inscrição de César em Lucas 20.25, onde ele mostra que o pertence ao Império, deve ser dado e o que pertence a Deus, também.
Noutra parte Ele diz, que o Seu Reino não é deste mundo, ou seja, não era seu objetivo guerrear com os homens por território e poder (João 18:36).
Crucificação – Parte 4: Jesus na Cruz Entre Ladrões
Os dois criminosos que estavam ao lado de Jesus, mereciam estar ali (Mateus 27.38), ele não. Cometeram crimes reais. Sua condenação era legítima de acordo com as leis da época. Um deles reconhece isso (Lucas 23.39-41).
Provavelmente eram terroristas, insurgentes. Alguns acreditam até que foram presos com Barrabás. Esse fato – Jesus crucificado entre dois criminosos – cumpriu a profecia de Isaías 53.12, onde o profeta diz que o Messias seria visto entre os transgressores.
O Pior do Três
O fato de ter ficado no meio dos três caracterizava Jesus como o pior dos três criminosos. Não em vão, o povo lhe dirigia ofensas e zombava dele (Mateus 27.39).
O sumo sacerdote zombou de Jesus antes de ser condenado. Os soldados zombaram de Jesus após a condenação. Agora a multidão zomba do Senhor, enquanto Ele agoniza na cruz.
A cruz ficava próxima a uma estrada. As pessoas que iam e vinham olhavam com desprezo para os condenados, balançavam a cabeça em sinal de desaprovação ao que fizeram e dirigiam insultos, xingamentos aos presos.
A palavra grega usada para blasfêmia, indica difamação ou insultos abusivos. É a mesma palavra usada em Apocalipse 2.9; Judas 9; Mateus 26.65,66.
O fato de Jesus ter suportado toda essa zombaria em silêncio prova que nele não havia treva alguma 1 João 1.5
Umas das principais acusações feitas a Jesus na cruz, é a de que ele era um traidor. É o fato de ter dito que destruiria o templo e o reedificaria em três dias. Isso parecia provar que Ele desejava promover uma revolução.
Essa declaração se espalhou de forma viral. Alguns a consideravam ridícula, outros esperavam ansiosamente, para ver como faria isso. A verdade é que as pessoas não entenderam que ele falava sobre o seu próprio corpo. De que Ele edificaria um Templo muito superior aquele (João 2.19-22).
De qualquer forma os acusadores estavam de “alma lavada”, e lançaram isso em rosto (Mateus 27.41- 44). Eles achavam que Jesus era um fracassado.
Nesse ponto a zombaria era generalizada. Todos escarneciam.
Reconhecem que Jesus salvou os outros. As curas, libertações, ressurreições, enfim, tinham em mente os milagres que Jesus operou. Com isso, eles o desafiam a descer da cruz. Se o fizesse creriam nele, diziam.
É algo parecido com a insinuação do Diabo na tentação, desafiando-o a fazer coisas que não agradavam a Deus.
Mas Jesus não cedeu. Ele não podia descer. Havia conversado com o Pai sobre isso no Getsêmani. Poder não lhe faltava.
Jesus na cruz, sabia que em pouco tempo ressuscitaria. Descer da cruz a essa altura seria um desperdício, já que havia suportado coisas horríveis.
Crucificação – Parte 5: O Pôr do Sol
A natureza manifesta sua tristeza. O mundo escureceu. A luz do mundo estava prestes a ser apagada e seu servo, o sol, recolhe também a sua luz. Não podia brilhar enquanto seu mestre padecia (Mateus 27.45,46). Jesus é o Príncipe da Criação,(Colossenses 1.16,17) e quando Ele expirou, ela sentiu.
E assim como quando Jesus nasceu uma grande luz brilhou (Lucas 2.9), agora quando Ele está desfalecendo a natureza desfalece, em reverência a seu maestro.
Ao final das três horas de trevas, Jesus clama em aramaico: “Meu Deus, meu Deus, por que o Senhor me abandonou?”
Essa declaração é o resumo do sofrimento de Jesus.
Aquele que era um com o Pai. O Unigênito. Procura e não encontra. Jesus estava separado de Deus por causa do pecado da humanidade que agora estava sobre Ele. Estar longe de seu Pai foi sua maior dor.
Delírio?
Ao ouvir as palavras do Messias clamando por Seu Pai, não o compreendem. Acham que Ele estava delirando (Mateus 27.47-49). Algo não incomum devido a sede, a perda de sangue, a dor, a febre, era normal que o réu começasse a dizer coisas sem sentido.
Por achar que era esse o caso, alguém ensopou uma esponja com vinho azedo e mais uma vez tentou dar a Jesus, o condenado.
Crucificação – Parte 6: A Morte de Jesus Na Cruz
É espantoso o fato de Jesus ter morrido tão rápido (Mateus 27.50). Ele permaneceu apenas seis horas na cruz. Das nove da manhã, até as três da tarde. Isso nos leva a pensar que a causa foi a terrível tortura aplicada pelos soldados.
A morte de Jesus na cruz foi real. Sua morte comprova sua humanidade. Ele se identificou perfeitamente conosco. É provável que causa da morte tenha sido ruptura do coração, o que explicaria seu grito agonizante de dor.
A descrição de João, dizendo que o soldado romano perfurou seu lado com a lança, de onde saiu água, nos leva a pensar assim (João 19.32-34).
A lança chegou até perto de seu coração. Quando o coração se rompe, o sangue fica concentrado no pericárdio, o ligamento em torno da parede do coração, dividindo-se numa espécie de coágulo de sangue e soro aquoso.
Essa evidência é contundente na afirmação de que Jesus realmente morreu na cruz, não foi tirado vivo para depois ser reanimado e forjar a ressurreição.
Ou seja, o registro de João se reveste de maravilhoso valor, embora ele não tivesse conhecimento científico do caso.
As Sete Palavras de Jesus Na Cruz
A sequência listada abaixo não representa necessariamente a ordem original das sete palavras de Jesus na cruz, pelo fato de ser extraída de todos os evangelhos, que não apresentam sequência específica para tal.
1. A oração de Jesus pedindo perdão para seus inimigos. Proferida provavelmente quando a crucificação estava no começo. (Lucas 23.34);
2.A promessa ao assaltante arrependido (Lucas 23.42);
3.Confia sua mãe aos cuidados de João (João 19.26,27);
As declarações iniciais foram feitas antes que as trevas cobrissem o local. Outro ponto a ser destacado é que nessas sete palavras de Jesus na Cruz, percebe-se a preocupação dele por outros, algo que demonstra a grandeza do seu Amor.
4.Pouco antes de sua morte, ouve-se o clamor à procura do Pai (Marcos 15.34; Mateus 27.46);
5.O grito de angústia física (João 19.28);
6.O grito de vitória (João 19.30);
7.O grito de resignação (Lucas 23.46);
As quatro últimas declarações dizem respeito a Ele mesmo. A sua separação de Deus, sua dor, seu triunfo. Sua entrega.
O Véu Do Templo e a Morte de Jesus Na Cruz
O véu do Templo era extremamente resistente. Tinha a largura de uma mão de espessura. Era tecido com setenta e duas dobras torcidas, cada dobra feita com vinte e dois fios. Sua altura era de dezoito metros com nove de largura.
Somente uma força extraordinária para rasgá-lo de alto a baixo, e isso aconteceu de forma sobrenatural após a morte de Jesus (Mateus 27.51).
O véu dividia o Lugar Santo do Santo dos Santos, onde o sumo sacerdote se apresentava no dia da expiação (Levítico 16.1-30).
A presença de Deus estava diretamente ligada ao Santo dos Santos, sendo assim era um lugar de maior acesso a Deus. A morte de Jesus na cruz deu fim a essa separação.
O sacrifício de Jesus foi perfeito e definitivo. O sangue de Jesus na cruz é superior ao dos animais sacrificados na Antiga Aliança (Hebreus 9.11-15).
O véu rasgado simboliza o fim da adoração judaica (ritos, costumes, dias, sacrifícios, etc.) como caminho da alma à procura de Deus.
Após a morte de Cristo na cruz os judeus viram que o véu do Templo estava rasgado, foi então que eles souberam que haviam cometido um grande erro. Algo que ficou ainda mais evidente na madrugada do terceiro dia, quando Jesus Ressuscitou!
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