Lição 12 - Fé Cristã e Responsabilidade Social
"Quem pois, tiver bens do mundo, e vendo o seu irmão necessitado, lhe cerrar o seu coração, como estará nele o amor de Deus? - I João 3.17
Texto Bíblico Básico: Tiago 2.14-18
RESPONSABILIDADE SOCIAL - O QUE A BÍBLIA DIZ
Êxodo 22:21-24: “Não prejudiquem as viúvas nem os órfãos; porque se o fizerem, e eles clamarem a mim, eu certamente atenderei ao seu clamor. Com grande ira matarei vocês à espada; suas mulheres ficarão viúvas e seus filhos, órfãos. Como sabemos a bíblia nos ensina que a fé sem obras ela é morta. Assim como o corpo sem espírito está morto, também a fé sem obras está morta. Tiago 2:26. Por outro lado devemos tomar um certo tipo de cuidado em relação a fazer a obra, que tem que existir um equilíbrio em fazer a obra individualmente e ou coletivamente, pra que não aja exageros e nem má fé. Desde sempre somos solicitados a sermos solidários com os pobres, e sempre estarmos prontos a ajudar sem ver a quem, a causa dos pobres nas escrituras sempre foi um dos principais focos a serem praticados, tanto no antigo como no novo testamento. Podemos observar em Êxodo 22:21-24 que o Senhor Deus diz de maneira bem clara e objetiva a seguinte frase “e eles clamarem a mim, eu certamente atenderei ao seu clamor”, tamanha é a preocupação de Deus com os menos favorecidos. Antes de começar a falar sobre a nossa responsabilidade social eu colocarei abaixo o fato que outros seguimentos da sociedade também tem se preocupado com o Social mesmo que essas ajudas tenham um interesse socioeconômico.
Responsabilidade Social No Antigo testamento
É descrito no antigo testamento algumas leis especificas para que o povo de Deus observasse sobre essa responsabilidade social em estar ajudando os pobres, vejamos alguns versículos que nos ensina sobre esse assunto: “Não perverta o direito dos pobres em seus processos. Êxodo 23:6 Os ricos não contribuirão com mais, nem os pobres darão menos que seis gramas, quando apresentarem a oferta ao Senhor como propiciação por suas vidas.Êxodo 30:15. “Não cometam injustiça num julgamento; não favoreçam os pobres, nem procurem agradar os grandes, mas julguem o seu próximo com justiça.Levítico 19:15 Pois nunca deixará de haver pobre na terra; pelo que te ordeno, dizendo: Livremente abrirás a tua mão para o teu irmão, para o teu necessitado, e para o teu pobre na tua terra.Deuteronômio 15:11 Assim, não deverá haver pobre algum no meio de vocês, pois na terra que o Senhor, o seu Deus, lhes está dando como herança para que dela tomem posse, ele os abençoará ricamente, Deuteronômio 15:4
Alimento para o pobre
Na lei da colheita a ordem era que se deixasse de colher o que se havia caído nos cantos das plantações e nem que se passassem uma segunda limpeza no terreno para que os pobres pudessem catar o que se havia caído. Um exemplo claro da aplicação dessa lei foi o que aconteceu na historia descrita no livro de Rute.
A causa dos órfãos e das viúvas.
Nesse tópico eu destaco a frase em que diz “eles clamaram a mim” mostra que em certos momentos de escassez e miséria Deus se mostra preocupado com a causa dos pobres e se mostra solicito em atender o clamor deles, vejamos:
“Não maltratem nem oprimam o estrangeiro, pois vocês foram estrangeiros no Egito. “Não prejudiquem as viúvas nem os órfãos; porque se o fizerem, e eles clamarem a mim, eu certamente atenderei ao seu clamor. Com grande ira matarei vocês à espada; suas mulheres ficarão viúvas e seus filhos, órfãos. Êxodo 22:21-24
No Novo Testamento: Jesus
Jesus retomou e aprofundou essas preocupações. Numa época em que a religiosidade judaica havia se cristalizado em torno de três práticas formais – esmolas, oração e jejum – o Senhor corrigiu algumas distorções vigentes, ensinando que a prática da caridade deveria ser humilde, desinteressada e motivada pelo amor (Mt 5.7; 6.1-4; 7.12). Ao anunciar o evangelho do reino, Ele apontou como uma de suas características a sensibilidade diante da dor alheia e a prontidão em assistir os desafortunados. Ele mostrou isso de modo magistral por meio de alguns de seus ensinos mais apreciados, como a parábola do Bom Samaritano (Lc 10.30-37) e a inquietante história do Grande Julgamento (Mt 25.31-46).
Na mente das primeiras gerações de cristãos ficou a imagem de Jesus como alguém que passou pelo mundo fazendo o bem (At 10.38). O ensino apostólico colocou a beneficência no centro da vida cristã – a misericórdia ou benignidade é um dos dons espirituais e um fruto do Espírito (Rm 12.8; Gl 5.22); deve-se fazer o bem a todos, a começar dos irmãos (Gl 6.9-10); a solidariedade deve ir além das meras palavras, para manifestar-se em ações concretas (Tg 2.15,16; 1 Jo 3.17,18). A própria instituição do diaconato testifica sobre a importância desse aspecto da vida cristã.
Na mente das primeiras gerações de cristãos ficou a imagem de Jesus como alguém que passou pelo mundo fazendo o bem (At 10.38). O ensino apostólico colocou a beneficência no centro da vida cristã – a misericórdia ou benignidade é um dos dons espirituais e um fruto do Espírito (Rm 12.8; Gl 5.22); deve-se fazer o bem a todos, a começar dos irmãos (Gl 6.9-10); a solidariedade deve ir além das meras palavras, para manifestar-se em ações concretas (Tg 2.15,16; 1 Jo 3.17,18). A própria instituição do diaconato testifica sobre a importância desse aspecto da vida cristã.
Jesus Confronta os Ricos
Uma certa vez um moço rico veio até o Mestre e perguntar o que ele deveria fazer pra conquista a vida eterna, Jesus logo lhe respondeu: Você conhece os mandamentos: ‘Não adulterarás, não matarás, não furtarás, não darás falso testemunho, honra teu pai e tua mãe’”.”A tudo isso tenho obedecido desde a adolescência”, disse ele.Ao ouvir isso, disse-lhe Jesus: “Falta-lhe ainda uma coisa. Venda tudo o que você possui e dê o dinheiro aos pobres, e você terá um tesouro nos céus. Depois venha e siga-me”.Ouvindo isso, ele ficou triste, porque era muito rico.Vendo-o entristecido, Jesus disse: “Como é difícil aos ricos entrar no Reino de Deus! Lucas 18:20-24
Responsabilidade Social da Igreja Primitiva
Os primeiros cristãos atribuíam grande valor à prática da misericórdia. A hospitalidade e as ofertas para fins caritativos eram generalizadas entre os fiéis. Um documento da época afirma: “O jejum é melhor que a oração, mas as esmolas melhores que ambos” (2 Clemente 16). A epístola conhecida como 1 Clemente fala de cristãos que se vendiam como escravos para poderem socorrer os necessitados (55.2). Quando surgiam epidemias, os fiéis não deixavam de dar assistência aos enfermos e de sepultar os mortos. As viúvas, os órfãos, os enfermos e as crianças recebiam especial cuidado.
Em períodos de grave conturbação social, como nos estágios finais do Império Romano, a igreja era a única instituição que estava preparada para ajudar as populações afligidas. Um desdobramento preocupante ocorreu ainda no período antigo e se aprofundou na Idade Média – o entendimento de que a pobreza e a caridade tinham um valor meritório diante de Deus. Isso acabou desvirtuando as motivações que levavam muitas pessoas a se desfazerem dos seus bens e a socorrerem os necessitados. Além disso, uma atitude fatalista em relação à pobreza involuntária impedia que os pobres superassem a condição em que viviam. Apesar dessas mazelas, a história desse longo período atesta o profundo envolvimento dos cristãos com a assistência aos seus semelhantes.
Os reformadores protestantes questionaram o aspecto meritório da beneficência medieval, mas mantiveram a antiga ênfase na caridade cristã. Eles escreveram e pregaram amplamente sobre o assunto, bem como tomaram importantes iniciativas nessa área. Isso pode ser ilustrado pelas ações de João Calvino, o reformador de Genebra. Em sua vasta produção literária, ele abordou amplamente a temática social. Mais que isso, Calvino incentivou o retorno do diaconato cristão às suas funções originais e destacou que a igreja tem o papel profético de denunciar os males sociais e exortar os governantes a promoverem o bem-comum. Ele apoiou pessoalmente duas importantes instituições caritativas de Genebra: o Hospital Geral e o Fundo Francês para estrangeiros carentes.
Um aspecto interessante da história posterior do protestantismo é que os períodos de revitalização espiritual foram marcados por intensa preocupação social. Isso se deu com o pietismo alemão, com o puritanismo inglês e com os grandes despertamentos norte-americanos. Todos esses poderosos movimentos se voltaram intensamente para questões práticas como educação, missões e beneficência. Esse consenso dos evangélicos em torno da compatibilidade entre a vida espiritual, a evangelização e o serviço cristão viria a ser questionado ao longo do século 20.
Os primeiros cristãos atribuíam grande valor à prática da misericórdia. A hospitalidade e as ofertas para fins caritativos eram generalizadas entre os fiéis. Um documento da época afirma: “O jejum é melhor que a oração, mas as esmolas melhores que ambos” (2 Clemente 16). A epístola conhecida como 1 Clemente fala de cristãos que se vendiam como escravos para poderem socorrer os necessitados (55.2). Quando surgiam epidemias, os fiéis não deixavam de dar assistência aos enfermos e de sepultar os mortos. As viúvas, os órfãos, os enfermos e as crianças recebiam especial cuidado.
Em períodos de grave conturbação social, como nos estágios finais do Império Romano, a igreja era a única instituição que estava preparada para ajudar as populações afligidas. Um desdobramento preocupante ocorreu ainda no período antigo e se aprofundou na Idade Média – o entendimento de que a pobreza e a caridade tinham um valor meritório diante de Deus. Isso acabou desvirtuando as motivações que levavam muitas pessoas a se desfazerem dos seus bens e a socorrerem os necessitados. Além disso, uma atitude fatalista em relação à pobreza involuntária impedia que os pobres superassem a condição em que viviam. Apesar dessas mazelas, a história desse longo período atesta o profundo envolvimento dos cristãos com a assistência aos seus semelhantes.
Os reformadores protestantes questionaram o aspecto meritório da beneficência medieval, mas mantiveram a antiga ênfase na caridade cristã. Eles escreveram e pregaram amplamente sobre o assunto, bem como tomaram importantes iniciativas nessa área. Isso pode ser ilustrado pelas ações de João Calvino, o reformador de Genebra. Em sua vasta produção literária, ele abordou amplamente a temática social. Mais que isso, Calvino incentivou o retorno do diaconato cristão às suas funções originais e destacou que a igreja tem o papel profético de denunciar os males sociais e exortar os governantes a promoverem o bem-comum. Ele apoiou pessoalmente duas importantes instituições caritativas de Genebra: o Hospital Geral e o Fundo Francês para estrangeiros carentes.
Um aspecto interessante da história posterior do protestantismo é que os períodos de revitalização espiritual foram marcados por intensa preocupação social. Isso se deu com o pietismo alemão, com o puritanismo inglês e com os grandes despertamentos norte-americanos. Todos esses poderosos movimentos se voltaram intensamente para questões práticas como educação, missões e beneficência. Esse consenso dos evangélicos em torno da compatibilidade entre a vida espiritual, a evangelização e o serviço cristão viria a ser questionado ao longo do século 20.
Hospitalidade – Como já foi comentado que era de costume dos Judeus hospedarem o forasteiro que necessitava de abrigo e assim era oferecido um prato de comida uma lavagem nos pés.
Ajuda – Havia uma preocupação em ser pronto a ajudar sem demora os irmão em necessidades, Paulo percorre por algumas igrejas em Macedônia e Acaia, a fim de levantar ofertas para ajuda-los, vejam:
Naqueles dias alguns profetas desceram de Jerusalém para Antioquia. Um deles, Ágabo, levantou-se e pelo Espírito predisse que uma grande fome sobreviria a todo o mundo romano, o que aconteceu durante o reinado de Cláudio. Os discípulos, cada um segundo as suas possibilidades, decidiram providenciar ajuda para os irmãos que viviam na Judeia. E o fizeram, enviando suas ofertas aos presbíteros pelas mãos de Barnabé e Saulo. Atos 11:27-30.
Pois a Macedônia e a Acaia tiveram a alegria de contribuir para os pobres dentre os santos de Jerusalém.Eles tiveram prazer nisso, e de fato são devedores a eles. Pois se os gentios participaram das bênçãos espirituais dos judeus, devem também servir aos judeus com seus bens materiais.Assim, depois de completar essa tarefa e de ter a certeza de que eles receberam esse fruto, irei à Espanha e visitarei vocês de passagem. Romanos 15:26-28
Agora, irmãos, queremos que vocês tomem conhecimento da graça que Deus concedeu às igrejas da Macedônia.No meio da mais severa tribulação, a grande alegria e a extrema pobreza deles transbordaram em rica generosidade.Pois dou testemunho de que eles deram tudo quanto podiam, e até além do que podiam. Por iniciativa própria eles nos suplicaram insistentemente o privilégio de participar da assistência aos santos. 2 Coríntios 8:1-4
O Diaconato
Esse ministério nasceu da necessidade de a igreja de Jerusalém cuidar da mesa das viúvas (At6.1) João Calvino apresenta em suas teses sobre o Protestantismo um aprofundamento ainda maior sobre as Responsabilidades Sociais da Igreja e direciona em seus textos uma das principais funções dos diáconos na igreja, vejamos um pouquinho de historia:
O órgão encarregado do ministério social da Igreja, diz Calvino, é o diaconato . Foi Calvino quem primeiro resgatou esta função bíblica do ofício diaconal. Ele ensinou que os diáconos eram ministros eclesiásticos, encarregados de toda a assistência social da Igreja (Atos 6.1-7), e como tal, deveriam ser eleitos conforme as regras estabelecidas por Paulo em 1 Timóteo 3.8-13. Até hoje em algumas igrejas Reformadas a administração financeira da Igreja e o uso dos recursos para a assistência aos pobres e necessitados é atribuição da junta diaconal. O diaconato, como braço do ministério social da Igreja, se desenvolve em três ações básicas, segundo Calvino:
1) Administração dos bens destinados à comunidade . A igreja recebia recursos para a assistência social de duas fontes: a generosidade dos fiéis nas coletas levantadas para este fim aos domingos, e o tesouro do Estado, através do Conselho de Genebra, que votava verbas para este fim. Estes recursos eram recebidos e administrados pelos diáconos.
2) Distribuição de forma justa e igual entre os necessitados . Os diáconos cuidavam que todos os genuinamente carentes tivessem participação igual nos bens destinados aos pobres. Num ambiente marcado pela opressão social e pelas desigualdades, os diáconos certamente tinham muito trabalho a ser feito, e necessitavam de muita sabedoria para faze-lo.
3) Visitação e cuidado dos doentes . As guerras, a falta de saneamento público, as epidemias, a falta de assistência médica do Estado, e a pobreza, deixavam um saldo enorme de pessoas doentes. O ministério dos diáconos incluía o cuidado para com estas pessoas, utilizando-se quando necessário dos recursos da Igreja. É necessário observar que no pensamento de Calvino o ministério social da Igreja era de apoio ao Estado. Cabia ao governo civil cuidar dos pobres, doentes e necessitados. Mas, como se tratava de uma tarefa de enormes proporções, a Igreja vinha como apoio e auxílio, dando ela mesma assistência social onde necessário.
É digno de nota que havia uma vigilância da parte de Calvino e demais pastores de Genebra contra a má administração pública. Houve inclusive o caso de um funcionário corrupto que foi despedido por influência de Calvino.
Disposição para o cumprimento do Dever.
Hoje em dia podemos ver que não só a igreja tem se envolvido em Obras Sociais como diversos setores tanto governamental quanto empresarial, nesse tópico vou colocar algumas observações que fiz em relação a esse assunto dentro e fora da Igreja.
A responsabilidade Social da Igreja teve seu marco nos tempos de hoje apos a reunião que aconteceu em 1974 na cidade de Lausanne na Suíça o Congresso Internacional de Evangelização Mundial que deu origem ao chamado PACTO DE LAUSANNE contendo 15 pontos que reafirmam a fé cristã. Um dos pontos desse documento trata especificamente sobre a Responsabilidade Social da Igreja, leiam:
A Responsabilidade Social Cristã
Afirmamos que Deus é o Criador e o Juiz de todos os homens. Portanto, devemos partilhar o seu interesse pela justiça e pela conciliação em toda a sociedade humana, e pela libertação dos homens de todo tipo de opressão. Porque a humanidade foi feita à imagem de Deus, toda pessoa, sem distinção de raça, religião, cor, cultura, classe social, sexo ou idade possui uma dignidade intrínseca em razão da qual deve ser respeitada e servida, e não explorada. Aqui também nos arrependemos de nossa negligência e de termos algumas vezes considerado a evangelização e a atividade social mutuamente exclusivas.
Embora a reconciliação com o homem não seja reconciliação com Deus, nem a ação social evangelização, nem a libertação política salvação, afirmamos que a evangelização e o envolvimento sócio-político são ambos parte do nosso dever cristão. Pois ambos são necessárias expressões de nossas doutrinas acerca de Deus e do homem, de nosso amor por nosso próximo e de nossa obediência a Jesus Cristo. A mensagem da salvação implica também uma mensagem de juízo sobre toda forma de alienação, de opressão e de discriminação, e não devemos ter medo de denunciar o mal e a injustiça onde quer que existam. Quando as pessoas recebem Cristo, nascem de novo em seu reino e devem procurar não só evidenciar mas também divulgar a retidão do reino em meio a um mundo injusto.
A salvação que alegamos possuir deve estar nos transformando na totalidade de nossas responsabilidades pessoais e sociais. A fé sem obras é morta. Fonte: http://www.lausanne.org/pt
Responsabilidade Social Corporativa
Existe também a responsabilidade social corporativa, que é o conjunto de ações que beneficiam a sociedade e as corporações que são tomadas pelas empresas, levando em consideração a economia, educação, meio-ambiente, saúde, transporte, moradia, atividade locais e governo. Geralmente, as organizações criam programas sociais, o que acaba gerando benefícios mútuos entre a empresa e a comunidade, melhorando a qualidade de vida dos funcionários, e da própria população.
FONTE DE PESQUISA
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