Galera de Cristo 09 - O Senhor Perdoa Nossos Pecados

"Mas contigo está o perdão para que seja temido" - Salmo 130.4

O PECADO NA VIDA DO CRENTE

Resultado de imagem para O PERDÃO DE DEUSPodem pensar muitos que, uma vez que uma pessoa se torna crente, ela nunca mais peca. É uma verdade que aquilo que é nascido no crente não pode pecar e nunca vai pecar (I João 3:9; 5:18). Esse que é nascido é a natureza divina no crente. A natureza divina no crente não pode pecar, mas o crente pode. O pecado que o crente tem é ligado a ele por ele viver no mundo (I João 2:16) e ter o pecado ainda nos seus membros (Rom 7:23). Enquanto o crente está na carne, terá o problema do pecado (Mat. 26:41; "... o espírito está pronto, mas a carne é fraca."). Se não tivesse a possibilidade do crente ser influenciado pelo pecado, Davi não teria orado: "Expurga-me tu dos que me são ocultos." (Sal 19:12; 119:133) e nem teria dito: "O meu pecado está sempre diante de mim" (Sal 51:3). Jesus também não teria orado ao Pai que "os livres do mal" (João 17:15). Paulo tinha uma luta constante que o provocou a lamentar: "Miserável homem que eu sou! Quem me livrará do corpo desta morte?"(Rom 7:24).
É fato bíblico que o crente peca (Prov. 20:9; Ecl. 7:20) pois ele é fraco pela carne (João 3:6, "O que é nascido da carne é carne, e o que é nascido do Espírito é espírito."). Tanto a realidade da presença do pecado na vida do crente quanto a nova natureza é vista claramente na doutrina da santificação que envolve a correção de Deus (Heb 12:5-13). Se não houvesse pecado na vida do crente, nunca haveria a correção. Se alguém que se acha crente não conhece a mão pesada de Deus que corrige seus filhos, levando-os para serem "participantes da Sua santidade" (Heb 12:10), esse tal não tem razão nenhuma de se achar salvo.
Mesmo que haja a capacidade de pecar, o crente é responsável por não pecar (I Ped 1:15, "sede vós também santos em toda a vossa maneira de viver"; I João 2:1; "estas coisas vos escrevo para que não pequeis"). A possibilidade de pecar nunca é razão de desculpar a ação do pecado, mas uma forte razão de vigiar (Mat. 26:41) para que não entreis em tentação.
É verdade que quem está salvo, e quem tem essa nova natureza feita por Deus em Cristo, tem uma luta com o pecado (Gal 5:17; "e estes opõem-se um ao outro"; Rom 7:23; "que batalha contra a lei do meu entendimento"). Antes de ser Cristão, o salvo não tinha forças nenhumas para dominar o pecado (Rom 8:8). Em Cristo, o Cristão, por Cristo, tem o que é necessário para dominar o pecado (Mat. 26:41; Fil. 4:13; I João 4:4).

O QUE ACONTECE QUANTO O CRENTE PECA?

A Comunhão com Deus está Quebrada

A natureza de Deus é santidade, (I Sam 2:2; I Pedro 1:13-16; I João 1:5, "não há trevas nenhumas") e dos Seus filhos também (I Pedro 1:14-16). O propósito da salvação é tornar o que era filho da desobediência em filho de Deus (Efés. 2:2; I João 3:1,2); o que era perdido, achado e salvo,(Luc 19:10) e o que era longe, perto (Efés. 2:13). Por Cristo, a natureza do pecador que se inclinava para a morte, pela carne, é feita nova para a vida em paz pelo Espírito por causa de Jesus Cristo (Rom. 8:3-10; II Cor 5:17). Pelo pecado, o homem natural é separado de Deus (Isa 55:1,2), mas por Cristo a parede de separação que estava no meio é derrubada e uma união de paz é feita onde a ira antes reinava (Efés. 2:13-16). Nessa vida nova, a comunhão é incentivada pelo Espírito Santo (Rom. 8:15) pois, na conversão, temos a mente de Cristo (I Cor 2:16) e vida nova com Deus.
Quando o Cristão peca, a correção é imediatamente aplicada (Próv. 3:12; Heb 12:5-9) e parte dessa correção é uma quebra de comunhão com Deus (Sal 39:10,11; 51:1,10-12). A quebra de comunhão como correção não deve ser uma surpresa, mas entendida como sendo uma conseqüência normal (Amós 3:1-3). Por isso, quando os filhos de Israel praticaram o pecado, não cessaram de ser filhos, mas a vara de correção foi aplicada muitas vezes em uma comunhão quebrada, e eles clamaram ao Senhor para ter de novo essa comunhão. Essa comunhão quebrada pode existir por anos, e como podemos entender pela história de Israel, trouxe efetivamente os filhos de volta a clamar pela relação íntima que Deus desejava (Êx. 3:7,8; Juízes 3:9-11, etc.). Deus é o mesmo hoje (Mal 3:6).
A quebra de comunhão é eficaz, pois o Cristão, pela vida nova, não se associa bem com o mundo, pois o mundo aflige a sua consciência (II Pedro 2:7). Quando, pelo pecado, a comunhão com Deus é quebrada por entristecer o Espírito Santo, o Cristão está mesmo em apuros. Ele não pode recorrer ao mundo e nem tem liberdade com o Senhor Deus. Pode ser parte da razão por que Pedro chorou amargamente (Mat. 26:75). Aquele que conhece a comunhão íntima com Deus sabe como a quebra de tal é uma vara de correção eficaz.
A única solução é a confissão e o abandono do pecado (II Crôn. 7:14,15; Sal 51:1-4; Prov. 28:13; I João 1:9).


PORQUE DEUS NOS PERDOA?
Deus nos perdoa porque Ele nos ama! Não recebem o perdão porque merecemos; recebemos perdão porque Deus quer nosso bem. O perdão de Deus mostra como Ele é bom.

PORQUE DEUS NOS AMA?

Deus criou cada um de nós de maneira especial (Salmos 139:14). Ele nos conhece a fundo, como um pai conhece seus filhos. Cada um de nós é feito à imagem e semelhança de Deus, refletindo um pouco de Sua glória (Gênesis 1:27). O amor de Deus é como o amor incondicional de um bom pai. Ele nos ama porque nós somos Sua criação, que Ele fez com amor.

A NECESSIDADE DO PERDÃO

No entanto, todos nós pecamos e merecemos ser castigados por nossos erros. A Bíblia diz que o castigo do pecado é a separação de Deus e, como consequência, a morte e a destruição (Romanos 3:23Romanos 6:23). Sozinhos, não há nada que podemos fazer para evitar o castigo e merecer o perdão de Deus.
Deus é justo. (Se Ele não fosse justo, não seria bom.) Em Sua justiça, Deus não pode deixar o pecado sem castigo, mas Ele também nos ama e não quer nos fazer mal. Por isso, Deus enviou Jesus para levar o castigo em nosso lugar.
Na cruz, Jesus pagou o castigo por todos os pecados! Seu sacrifício foi perfeito. A justiça foi cumprida; agora podemos receber o perdão de Deus. Ele nos ama tanto que oferece o perdão de graça a todos!

COMO RECEBER O PERDÃO DE DEUS?

Para receber o perdão de Deus basta se arrepender de seus pecados e crer em Jesus como seu salvador (Romanos 10:9-10). Isso significa que sua vida agora será dedicada a Deus. Ele não pede mais nada. Você não precisa se endireitar primeiro; basta estar arrependido e pronto para uma vida diferente.
Seus pecados podem ser normais ou muito grandes - não faz diferença! Se você se arrepender, Deus lhe perdoa (1 João 1:9). Esse é o tamanho do amor de Deus por você. Não é porque você merece; é porque Deus é maravilhoso e quer dar o melhor para você.
COMO POSSO SABER SE DEUS REALMENTE ME PERDOOU?


Podemos saber se Deus nos perdoou observando três coisas:

1- VOCÊ SE ARREPENDEU E PEDIU PERDÃO A DEUS?

A primeira coisa a observarmos é se em nosso coração existe o arrependimento sincero do pecado que cometemos. Muitas pessoas pedem perdão apenas da boca para fora, esquecendo-se que Deus vê o coração. A Bíblia nos orienta a confessarmos o nosso erro a Deus: “Se confessarmos os nossos pecados, ele é fiel e justo para nos perdoar os pecados e nos purificar de toda injustiça.” (1 João 1.9).

2- VOCÊ CRÊ QUE DEUS PERDOA O ARREPENDIDO?

O texto bíblico citado acima mostra que “…ele é fiel e justo para nos perdoar os pecados e nos purificar de toda injustiça.” (1 João 1.9). Ou seja, Deus perdoa o arrependido, purificando-o de toda a injustiça do pecado que cometeu. Deus chama o pecador a uma mudança e garante o perdão: “O SENHOR Deus diz: “Venham cá, vamos discutir este assunto. Os seus pecados os deixaram manchados de vermelho, manchados de vermelho escuro; mas eu os lavarei, e vocês ficarão brancos como a neve, brancos como a lã.” (Isaías 1. 9). Assim, é preciso crer que Deus perdoa para que sintamos em nosso coração o perdão de Deus!

3- VOCÊ PERDOA O SEU PRÓXIMO?

Além de pedirmos perdão com sinceridade e cremos que Deus nos perdoa, Deus exige que façamos como Ele. A única barreira para Deus perdoar alguém é quando essa pessoa não perdoa seu próximo. Observe que Deus impõe uma condição para “liberar” o Seu perdão: “e perdoa-nos as nossas dívidas, assim como nós temos perdoado aos nossos devedores (…) Porque, se perdoardes aos homens as suas ofensas, também vosso Pai celeste vos perdoará; se, porém, não perdoardes aos homens [as suas ofensas], tampouco vosso Pai vos perdoará as vossas ofensas.” (Mt 6.12, 14-15).

Obedecendo a esses critérios tenho certeza que sentirá em seu coração claramente o perdão de Deus. Mas é importante observar que, a principal ação do diabo para confundir-nos com relação ao perdão de Deus, é justamente nos tentar a cultivar a culpa e a dúvida de que Deus realmente nos perdoou.
E para concluir, creio que caiba a palavra que Jesus costumava dizer àqueles a quem perdoava: “Vai e não peques mais…” (Jo 8.11).

COMO TER A VITÓRIA SOBRE O PECADO

Por vivermos em um mundo onde o astuto Satanás é o príncipe das potestades do ar (Efés. 2:2); por não temos que lutar contra a carne e o sangue (Efés. 6:12); por termos um coração enganoso mais do que podemos conhecer (Jer 17:9) e pelos efeitos destrutivos que o pecado faz na vida do crente, (nos estudos acima) devemos ser perspicazes sempre.
Devemos ser atentos. Em toda hora temos que estar cuidadosos, pois o diabo não cessa de perturbar os retos caminhos do Senhor (Atos 13:10). Ele é como um leão faminto, buscando a quem possa tragar (I Pedro 5:8) destruindo com mentiras e homicidas desde o começo (João 8:44). Quando deixamos de ser prudentes como devemos (Mat. 10:16), ou quando cessamos de olhar e vigiar em oração (Mat. 26:41; Mar 13:33; I Tess 5:8; I Pedro 5:8), deixamos de sair pelo escape que Deus dá justamente para podermos suportar as tentações e ardis de Satanás (I Cor 10:13). O Pedro deixou de ser atento em uma só ocasião e caiu na tentação de confiar na carne (João 13:37; 18:17,25-27). Esta única vez por não vigiar bem trouxe para ele um choro amargo naquela hora (Mat. 26:75) e um testemunho mau que dura até hoje. Por causa da natureza sutil, enganosa e destrutiva do pecado, não temos opção nenhuma para ter a vitória senão de sermos atentos em todo o tempo.
Devemos ser experientes também. Não devemos dar-nos o luxo de pensar que o que aconteceu uma vez não pode acontecer outra vez. Cada um de nós tem "o pecado que tão de perto nos rodeia" (Heb 12:1), ou seja, uma tentação que Satanás usa repetidas vezes em nossa vida para nos fazer presa dele. Talvez, pela graça de Deus, tenhamos a vitória em vários casos de tentação neste pecado, mas, para continuarmos a ter a vitória, devemos lembrar que Satanás não dorme, e somos aconselhados a não dormir também (Luc 21:34-36). O ato de Abraão mentir sobre a mulher várias vezes (Gên. 12:10-20 - 20:1-5,12,13) é prova que devemos ser experientes. Pedro negou não uma vez somente, mas três vezes (João 13:37; 18:17, 25-27). Cabe a nós reconhecer os sintomas e não sermos ingênuos. O que aconteceu a um outro, pode acontecer conosco também. As tentações são humanas (I Cor 10:13). O que aflige nossos irmãos cristãos, pode nos afligir também (I Pedro 5:9). O que aflige os do mundo pode nos afligir também, pois temos corações enganosos e as mesmas paixões (Atos 14:14,15). Cristo instruiu os discípulos a lembrar-se "da mulher de Ló" (Luc 17:28-32) para que eles fossem prudentes. Paulo lembrou Timóteo de Himeneu e Alexandre (I Tim 1:19,20) para que retivesse a fé e a boa consciência, querendo que ele fosse experiente. Nós temos a Bíblia em nossas mãos e ela foi escrita para nosso ensino (Rom. 15:4). Não há razão de sermos inexperientes. Podemos e devemos aprender com os problemas e com as situações anteriores que provocaram o pecado, tanto em nossas vidas quanto na vida dos outros. O escape da última vez pode ser o mesmo que precisamos em contínuo. Resistir devemos, mas não na carne. Temos que resistir firmes na fé, (I Pedro 5:6-9) sujeitando-nos melhor a Deus (Tiago 4:7,8).
Se queremos mesmo ter a vitória sobre o pecado devemos ser santos. Devemos guardar os nossos corações (Prov. 4:23-26) porque dele procedem as fontes da vida. Os que observam a Palavra de Deus para praticá-la em suas vidas diárias são os que podem resistir nas tempestades que certamente virão na vida de cada um de nós (Mat. 7:24-27). Uma vida que tem a armadura de Deus é uma vida pronta para ter a vitória sobre as ciladas do diabo, (Efés. 6:11-18). A armadura de Deus é tida somente se está convertido e é ativada pelo uso (Efés. 6:18, "orando em todo o tempo"). Somente os que manejam bem a Palavra de Deus não precisam de se envergonhar (II Tim 2:15). Apenas os que estão chegados a Deus (Tiago 4:8) vão lembrar de lançar sobre Ele toda a ansiedade na hora de aperto (I Pedro 5:7). Sendo espiritual na hora da tentação podemos desviar-nos do mal, tiramo-nos do meio do mal, sustentar-nos na aflição e moderar as nossas reações para não complicarmos mais a situação.
Há perigo no pecado para qualquer pessoa, mas especialmente para o crente. Para vos afastares do pecado, chegai a Deus. Tendo feito tudo para resistir, sede firmes.

FONTES DE PESQUISA

https://www.esbocandoideias.com/2012/04/como-saber-se-deus-realmente-perdoou-o-meu-pecado.html
http://www.monergismo.com/textos/pecado_tentacao/pecado_vida.htm

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