Lição 05 - Roboão, o Primeiro Monarca do Reino do Sul
"E teve o rei Roboão conselho com os anciãos que estavam na presença de Salomão, seu pai, quando este ainda vivia, dizendo: como aconselhai vós que responda a este povo?" - I Reis 12.6
Texto Bíblico Básico I Reis 12.1-5; II Crônicas 11.1-4
ROBOÃO, POUCO PREPARO E MUITA CONFUSÃO
Vários povos pelo mundo afora têm sofrido até hoje a ação despótica de governos autoritários que dispensam ao povo um tratamento indigno, onde as suas necessidades e interesses são completamente ignorados. Mesmo nos chamados governos democráticos, muitas vezes algum tipo de opressão ainda existe, como por exemplo a opressão econômica.
Muitos governos se preocupam apenas em satisfazer os seus caprichos, pouco se importando com a situação do povo. Ignoram os seus compromissos e responsabilidades e, mesmo assim, costumam se perpetuar no poder. O povo – para alguns apenas um detalhe -, muitas vezes é colocado às margens do processo, como elemento passivo.
No estudo de hoje será analisada a história de um rei que tentou implantar uma política autoritária e opressora, mas que foi surpreendido com uma revolução, cujas conseqüências desestabilizaram profundamente o seu reinado. Este rei é Roboão. Um governante despreparado, que causou muita confusão.
Roboão era filho e sucessor de Salomão. Ao assumir o trono, após a morte do pai, as tribos do norte aproveitaram a nova fase de governo que começava, para pedir ao novo rei uma urgente reforma tributária, pois no reinado anterior, os impostos cobrados estavam muito elevados. Esta delegação de insatisfeitos foi chefiada por um ex-oficial do exército de Salomão chamado Jeroboão, a quem o profeta Aías anunciou que mais tarde viria a reinar sobre dez tribos (11.26-35). Em face à reivindicação, a decisão foi suipreendente, pois Roboão falou duramente ao povo, dizendo: “Meu pai colocou sobre vocês um fardo pesado. Pois bem! Eu aumentarei sobre vocês este fardo! Meu pai castigou vocês com chicotes e eu castigarei vocês com ferrões” (v. 14, EP).
Diante desta postura insensata, o inevitável aconteceu: o reino foi dividido. Duas tribos – Judá e Benjamim – permaneceram com Roboão, formando o chamado Reino do Sul (Judá) com capital em Jerusalém. E as outras dez tribos formaram o chamado Reino do Norte (Israel) com capital em Siquém – posteriormente em Samaria -, e constituíram a Jeroboão seu rei.
A insensatez de Roboão quase o levou a cometer um segundo erro grave, pois ele se preparou para uma guerra civil contra as dez tribos, a fim de reunificar o reino pela força. Mas Deus impediu o derramamento de sangue (12.21-24).
Roboão começou a reinar aos 41 anos de idade e reinou durante 17 anos. Ele revelou despreparo para a função e o seu reinado foi marcado por fracasso religioso, político, econômico e militar (14.21-31).
Como aconteceu nos dias de Roboão, hoje também a carga tributária tem sido pesada ao povo e os benefícios sociais são pequenos. Todos devem lutar pela busca de uma solução mais justa.
Apesar de seus desacertos, a história de Roboão nos deixa lições que, certamente, nos ajudarão a acertar mais na vida.
Os anciãos consultados por Roboão eram homens detentores de grande experiência, homens preparados, que estavam no govemo desde os dias de Salomão e que conheciam muito bem os problemas do reino e os anseios do povo. O conselho dos anciãos foi sábio e prudente: “Se hoje te tomares servo deste povo, e o servires, e, atendendo, falares boas palavras, eles se farão teus servos para sempre” (w.6-7). Nesse conselho percebe-se um princípio básico da democracia, ou seja, um govemo onde o povo é o elemento mais importante. O governante tem o dever de servir ao povo, sendo sensível às suas necessidades e estando atento às suas reivindicações. Mas Roboão rejeitou a experiência e o conselho prudente dos anciãos. Resolveu seguir a orientação de seus colegas de juventude e tentou se impor pela força e valentia, agindo com mão de ferro contra o povo. O resultado desta política autoritária foi desastroso, como veremos mais adiante.
Em todos os aspectos da vida, a repetição de muitos erros poderia ser evitada se a opinião e a experiência dos mais velhos fossem mais valorizadas. As novas gerações precisam reconhecer que as gerações anteriores possuem um saber acumulado, o qual pode e deve ser processado e reaproveitado. Essa ponte entre a antiga e a nova geração era grandemente valorizada no contexto do Antigo Testamento (Dt 32.7; SI 22.30-31; 145.4). Por desvalorizar isto, Roboão começou mal o seu governo.
Se existe uma característica que deve prevalecer naqueles que exercem funções de proeminência, esta característica é a justiça. Um dos atributos de Deus é a justiça.
O governante deve ser cuidadoso, tomando sempre decisões justas. Roboão falhou nesta questão. Mostrou-se insensível ante à opressão econômica exercida sobre o povo e decidiu intensificar o jugo, agindo injustamente.
O rei pagou caro por esta política injusta, pois uma revolução foi iniciada. “Diante de uma autoridade que não o escuta, cedo ou tarde o povo acaba se revoltando e declarando: ‘Não temos nada com você’ . E Javé, de que lado está? Ele vê a exploração e a opressão, e ouve o clamor de seu povo (Ex 3.7). O versículo 24 deixa bem claro que Javé aprova a revolta do povo contra uma autoridade injusta” (Bíblia Sagrada, EP).
As decisões justas evitam o descontentamento, bem como conseqüências tão desagradáveis, conforme as apresentadas no texto. Segundo Provérbios 29.14, “o rei que julga os pobres com equidade, firmará o seu trono para sempre”.
Um governo bem sucedido não pode abrir mão da fidelidade ao Senhor (SI 144.15). Entretanto, não é apenas na esfera administrativa que a fidelidade ao Senhor é importante. Cada indivíduo precisa valorizar pessoalmente o compromisso com Deus e ser-lhe fiel, porque “o Senhor preserva os fiéis” (SI 31.23). Mas Roboão não deu importância a isto e tornou-se um rei infiel, fazendo o que era mau, provocando o Senhor com toda sorte de abominações dos povos que não serviam ao Senhor (14.22-24).
Com muita tristeza constatamos em nosso país, não apenas entre o povo, mas inclusive entre as autoridades, o envolvimento com a astrologia, o espiritismo, as superstições, o misticismo, enfim, práticas religiosas as mais variadas e abomináveis ao Senhor. Há muita religiosidade, mas pouca fidelidade a Deus.
Nesse contexto a Igreja tem uma desafiante missão que é ser fiel e proclamar a importância da fidelidade ao Senhor. Todo esforço humano toma-se vão quando não há fidelidade ao Senhor (SI 127.1).
As consequências da infidelidade de Roboão foram desastrosas: o reino foi dividido e se enfraqueceu. Apesar das precauções militares (II Cr 11.5-12) o Egito invadiu Jerusalém e levou todos os tesouros, e não houve paz entre os reinos do Sul e do Norte (I Rs 14.25-30).
O que se pode perceber facilmente nos diversos atos de Roboão é a evidência da falta de preparo para a pesada missão. Afirma o teólogo Pierre Gibert que “a imperícia de Roboão, por um lado, e a ambição de Jeroboão, por outro lado”, se somaram para que acontecesse a divisão do reino, o grande fracasso político de Roboão.
A partir dos desacertos desse rei, mais evidente fica a necessidade e a importância do preparo para o exercício de uma função, seja ela qual for. Tomando por base o que faltou a Roboão, pode-se dizer que esse preparo inclui:
• Dependência do Senhor - Em vez de depender de Deus para fazer um bom governo, Roboão preferiu importar o culto pagão de outros povos, provocando assim o Senhor com tantas práticas abomináveis (14.22-24). Para que sejamos bem sucedidos precisamos depender em tudo do Senhor e aprender com o rei Davi o que Roboão não aprendeu: “O Senhor é o meu ajudador, o Senhor é quem me sustenta a vida” (SI 54.4).
• Conhecimento de causa - Parece que Roboão não tinha noção da grandeza daquele cargo a dos desafios a ele inerentes. Revelou desconhecer os reais problemas do reino, bem como as conseqüências de decisões mal tomadas. A fim de evitar problemas maiores é importante que cada um se auto-avalie antes de ocupar qualquer função. É importante também (inclusive na igreja), que as indicações e eleições recaiam sobre pessoas habilitadas, pessoas que conheçam as exigências e as implicações do trabalho a ser feito.
• Habilidade - Numa linguagem mais popular, “jogo de cintura”. Especialmente nas questões políticas, Roboãofoi deficiente no que diz respeito a habilidade. Quando falta habilidade, muitos problemas são criados. Infelizmente, isto ocorre com frequência em muitas igrejas. A habilidade que, naturalmente inclui bom senso, é fundamental para o exercício de qualquer função. Quando a insensatez prevalece, as conseqüências são sempre desagradáveis e prejudiciais.
Muitos governos se preocupam apenas em satisfazer os seus caprichos, pouco se importando com a situação do povo. Ignoram os seus compromissos e responsabilidades e, mesmo assim, costumam se perpetuar no poder. O povo – para alguns apenas um detalhe -, muitas vezes é colocado às margens do processo, como elemento passivo.
No estudo de hoje será analisada a história de um rei que tentou implantar uma política autoritária e opressora, mas que foi surpreendido com uma revolução, cujas conseqüências desestabilizaram profundamente o seu reinado. Este rei é Roboão. Um governante despreparado, que causou muita confusão.
AMBIENTE HISTÓRICO
Diante desta postura insensata, o inevitável aconteceu: o reino foi dividido. Duas tribos – Judá e Benjamim – permaneceram com Roboão, formando o chamado Reino do Sul (Judá) com capital em Jerusalém. E as outras dez tribos formaram o chamado Reino do Norte (Israel) com capital em Siquém – posteriormente em Samaria -, e constituíram a Jeroboão seu rei.
A insensatez de Roboão quase o levou a cometer um segundo erro grave, pois ele se preparou para uma guerra civil contra as dez tribos, a fim de reunificar o reino pela força. Mas Deus impediu o derramamento de sangue (12.21-24).
Roboão começou a reinar aos 41 anos de idade e reinou durante 17 anos. Ele revelou despreparo para a função e o seu reinado foi marcado por fracasso religioso, político, econômico e militar (14.21-31).
Como aconteceu nos dias de Roboão, hoje também a carga tributária tem sido pesada ao povo e os benefícios sociais são pequenos. Todos devem lutar pela busca de uma solução mais justa.
Apesar de seus desacertos, a história de Roboão nos deixa lições que, certamente, nos ajudarão a acertar mais na vida.
A IMPORTÂNCIA DA EXPERIÊNCIA DOS MAIS VELHOS
Em todos os aspectos da vida, a repetição de muitos erros poderia ser evitada se a opinião e a experiência dos mais velhos fossem mais valorizadas. As novas gerações precisam reconhecer que as gerações anteriores possuem um saber acumulado, o qual pode e deve ser processado e reaproveitado. Essa ponte entre a antiga e a nova geração era grandemente valorizada no contexto do Antigo Testamento (Dt 32.7; SI 22.30-31; 145.4). Por desvalorizar isto, Roboão começou mal o seu governo.
A IMPORTÂNCIA DAS DECISÕES JUSTAS
O governante deve ser cuidadoso, tomando sempre decisões justas. Roboão falhou nesta questão. Mostrou-se insensível ante à opressão econômica exercida sobre o povo e decidiu intensificar o jugo, agindo injustamente.
O rei pagou caro por esta política injusta, pois uma revolução foi iniciada. “Diante de uma autoridade que não o escuta, cedo ou tarde o povo acaba se revoltando e declarando: ‘Não temos nada com você’ . E Javé, de que lado está? Ele vê a exploração e a opressão, e ouve o clamor de seu povo (Ex 3.7). O versículo 24 deixa bem claro que Javé aprova a revolta do povo contra uma autoridade injusta” (Bíblia Sagrada, EP).
As decisões justas evitam o descontentamento, bem como conseqüências tão desagradáveis, conforme as apresentadas no texto. Segundo Provérbios 29.14, “o rei que julga os pobres com equidade, firmará o seu trono para sempre”.
A IMPORTANCIA DA FIDELIDADE AO SENHOR
Com muita tristeza constatamos em nosso país, não apenas entre o povo, mas inclusive entre as autoridades, o envolvimento com a astrologia, o espiritismo, as superstições, o misticismo, enfim, práticas religiosas as mais variadas e abomináveis ao Senhor. Há muita religiosidade, mas pouca fidelidade a Deus.
Nesse contexto a Igreja tem uma desafiante missão que é ser fiel e proclamar a importância da fidelidade ao Senhor. Todo esforço humano toma-se vão quando não há fidelidade ao Senhor (SI 127.1).
As consequências da infidelidade de Roboão foram desastrosas: o reino foi dividido e se enfraqueceu. Apesar das precauções militares (II Cr 11.5-12) o Egito invadiu Jerusalém e levou todos os tesouros, e não houve paz entre os reinos do Sul e do Norte (I Rs 14.25-30).
A IMPORTÂNCIA DO PREPARO PARA O EXERCÍCIO DA FUNÇÃO
A partir dos desacertos desse rei, mais evidente fica a necessidade e a importância do preparo para o exercício de uma função, seja ela qual for. Tomando por base o que faltou a Roboão, pode-se dizer que esse preparo inclui:
• Dependência do Senhor - Em vez de depender de Deus para fazer um bom governo, Roboão preferiu importar o culto pagão de outros povos, provocando assim o Senhor com tantas práticas abomináveis (14.22-24). Para que sejamos bem sucedidos precisamos depender em tudo do Senhor e aprender com o rei Davi o que Roboão não aprendeu: “O Senhor é o meu ajudador, o Senhor é quem me sustenta a vida” (SI 54.4).
• Conhecimento de causa - Parece que Roboão não tinha noção da grandeza daquele cargo a dos desafios a ele inerentes. Revelou desconhecer os reais problemas do reino, bem como as conseqüências de decisões mal tomadas. A fim de evitar problemas maiores é importante que cada um se auto-avalie antes de ocupar qualquer função. É importante também (inclusive na igreja), que as indicações e eleições recaiam sobre pessoas habilitadas, pessoas que conheçam as exigências e as implicações do trabalho a ser feito.
• Habilidade - Numa linguagem mais popular, “jogo de cintura”. Especialmente nas questões políticas, Roboãofoi deficiente no que diz respeito a habilidade. Quando falta habilidade, muitos problemas são criados. Infelizmente, isto ocorre com frequência em muitas igrejas. A habilidade que, naturalmente inclui bom senso, é fundamental para o exercício de qualquer função. Quando a insensatez prevalece, as conseqüências são sempre desagradáveis e prejudiciais.
A DIVISÃO DO REINO
Salomão foi um rei de obras grandiosas, gerando também grandes despesas. Para pagamento destas despesas o povo teve de arcar com mais impostos. Após morte do rei o povo se dirigiu ao sucessor, Roboão, pedindo a redução dos pesados encargos colocados sobre eles. Roboão seguindo o conselho de seus amigos jovens disse que em seu reino o jugo seria mais pesado que o de seu pai. Após essa decisão de Roboão o povo se negou a continuar sendo governado por ele. Levantaram como rei de Israel Jeroboão, ficando sob as ordens de Roboão apenas as tribos de Judá e Benjamim (1 Re 12). Sendo assim o reino de Israel ficou dividido, formando Judá e Benjamim o reino do Sul e o restante das dez tribos o reino do Norte.
Com a divisão, a geografia cooperou para o desenvolvimento independente de cada tribo. A tribo de Judá não se comunicava com as tribos do Norte em razão da largura e profundidade do vale do Soreque, na região central de Israel. A oeste estavam os filisteus; ao sul, o perigoso deserto do Neguebe e também as populações nômades da região, sempre hostis a estrangeiros; a leste havia o mar Morto. Assim Judá era a tribo mais isolada de Israel, portanto a mais sujeita ao sentimento de liberdade.
O sucessor de Salomão, seu filho Roboão, reinou por dezessete anos (931-913 a.C.). O perfil geral de Roboão é descrito da seguinte maneira: “Fez ele o que era mal, porquanto não dispôs o coração para buscar ao Senhor” (2 Cr 12.14). As Escrituras Sagradas indicam que Roboão e seus compatriotas atingiram o mais baixo nível de comportamento idólatra. Estabeleceram lugares altos e postes-ídolos de Aserá, além de se envolverem em rituais de prostituição sodomita.
O povo das dez tribos aclamou Jeroboão como monarca do recém-formado reino. O rei imediatamente estabeleceu sua capital em Siquém, uma localidade considerada santa por todos os habitantes de Israel. O novo rei estabelecido havia recebido a promessa de uma dinastia eterna caso permanecesse fiel ao Senhor (1 Rs 11.38). Entretanto, se a situação religiosa de Judá era má, a de Israel tornou-se pior. Jeroboão mandou estabelecer santuários em Betel e Dã, tornando essas cidades centros de adoração pagã. Assim seu reino se tornou o modelo de iniquidades para sempre, com o qual os futuros reis malignos de Israel seriam comparados (1 Rs 16.2, 3.19). Jeroboão violou os mandamentos de Deus e a aliança com Yahweh, seguindo outros deuses e rejeitando o Deus de Israel. Portanto, Yahweh findaria a dinastia de Jeroboão rapidamente e transportaria Israel para além do rio Eufrates, em consequência de seus pecados.
Em várias ocasiões os dois reinos lutaram entre si competindo pelo controle da região. Porém, os laços da tradição antepassada eram muitos fortes, fato que os manteve unidos, muitas vezes em ocasiões de perigo (1 Rs 14.30). Uma diferença marcante entre ambos os reinos foi a perpetuação no Sul de uma dinastia única, a davídica, enquanto no Norte se levantaram cinco diferentes dinastias no curto período de 210 anos.
Esse fenômeno se deu por causa do papel religioso desempenhado pelos reis da dinastia davídica, o que levou a uma associação entre o javismo, religião dos israelitas antes do exílio na Babilônia, cuja consequência posterior foi a esperança messiânica do período pós-exílico.
REINO DO NORTE
O Reino do Norte (Israel) era menos estável politicamente que o Reino do Sul (Judá), Sua duração mais curta como nação independente (209 anos) e a violência ligada à sucessão ao trono comprovam esse fato. O historiador de Reis considerou “maus” todos os dezenove governantes de Israel, porque perpetuaram o culto ao “bezerro de ouro” de Jeroboão. A medida de duração do reinado de um monarca israelita era de apenas dez anos, e nove famílias diferentes reivindicaram o trono. Para chegar ao trono, o carisma era tão útil quanto a ascendência, mas não era garantia de preservação; sete reis foram assassinados, um cometeu suicídio, um foi ferido por Deus e outro foi deposto e levado para Assíria.
A palavra final do destino de Israel é encontrada no capítulo 17 versículos 22 a 23 de 2 Reis “Assim andaram os filhos de Israel em todos os pecados que Jeroboão tinha feito; nunca se apartaram deles; Até que o SENHOR tirou a Israel de diante da sua presença, como falara pelo ministério de todos os seus servos, os profetas; assim foi Israel transportado da sua terra para a Assíria, onde permanece até o dia de hoje. E o rei da Assíria trouxe gente de Babilônia, de Cuta, de Ava, de Hamate e Sefarvaim, e a fez habitar nas cidades de Samaria, em lugar dos filhos de Israel; e eles tomaram a Samaria em herança, e habitaram nas suas cidades”.
REIS DE ISRAEL APÓS A DIVISÃO
Para esta época, a maioria dos historiadores segue as seguintes cronologias : As data são A.C :
JEROBOÃO - 931-910
NADABE - 910-909 - foi assassinado
BAASA - 909-886
ELÁ - 886-885 – foi assassinado
ZINRI - 885 - suicidou-se
ONRI - 885-874
ACABE - 874-853
ACAZIAS - 853-852
JORÃO - 852-841 – foi assassinado
JEÚ - 841-814
JEOACAZ - 814-798
JEOÁS - 798-782
JEROBOÃO II - 782-753
ZACARIAS - 753 - foi assassinado
SALUM - 752 - foi assassinado
MENAÉM - 752-742
PECAÍAS - 742-740 – foi assassinado
PECA - 740-732 – foi assassinado
OSÉIAS - 732-722 – foi deposto pelo rei da Assíria, Salmaneser.
Oséias foi o último rei de Israel.
Oséias foi o último rei de Israel.
REINO DO SUL
O Reino do Sul persistiu por mais de um século e meio que o Reino do Norte (cerca de 345 anos). Ao contrário de Israel, os reinados dos dezenove reis e uma rainha em Judá, tiveram duração média de mais de dezessete anos. A dinastia de Davi foi a única a reivindicar o trono do Sul, realçando a estabilidade política. O reinado terrível da rainha Atália foi a única interrupção da sucessão davídica. No entanto em Judá também ocorreram intrigas políticas, pois cinco reis foram assassinados, dois foram feridos por Deus e três foram exilados. O historiador de Reis relatou que oito monarcas de Judá foram “bons” porque seguiram o exemplo de Davi e obedeceram a Javé. Foram eles: Asa, Josafá, Joás, Amazias, Uzias, Jotão, Ezequias e Josias.
Os reis Ezequias e Josias são idealizados como personagens semelhantes a Davi e Salomão porque purificaram a templo e restauraram a adoração adequada em Jerusalém.
O Reino do Sul também foi levado cativo, por não obedecerem aos mandamentos do Senhor: “E queimaram a casa de Deus, e derrubaram os muros de Jerusalém, e todos os seus palácios queimaram a fogo, destruindo também todos os seus preciosos vasos. E os que escaparam da espada levou para Babilônia; e fizeram-se servos dele e de seus filhos, até ao tempo do reino da Pérsia. Para que se cumprisse a palavra do SENHOR, pela boca de Jeremias, até que a terra se agradasse dos seus sábados; todos os dias da assolação repousou, até que os setenta anos se cumpriram” (2 Cr 36.19-21).
Com um desfecho melhor que Israel, o povo de Judá voltou para sua terra, cumprindo-se assim a promessa do Senhor de que da raiz de Davi nasceria o redentor. Por isso Ciro rei da Pérsia permitiu aos judeus retornarem a Jerusalém, conforme narrado pelo escritor do livro das Crônicas: “Porém, no primeiro ano de Ciro, rei da Pérsia (para que se cumprisse a palavra do SENHOR pela boca de Jeremias), despertou o SENHOR o espírito de Ciro, rei da Pérsia, o qual fez passar pregão por todo o seu reino, como também por escrito, dizendo: Assim diz Ciro, rei da Pérsia: O SENHOR Deus dos céus me deu todos os reinos da terra, e me encarregou de lhe edificar uma casa em Jerusalém, que está em Judá. Quem há entre vós, de todo o seu povo, o SENHOR seu Deus seja com ele, e suba” (2 Cr 36.22-23).
REIS DE JUDÁ APÓS A DIVISÃO
Para esta época, a maioria dos historiadores segue as cronologias a seguir : As data são A.C :
ROBOÃO - 931-913
ABIAS - 913-911
ASA - 911-870
JOSAFÁ - 870-848
JEORÃO - 848-841 – foi assassinado
ACAZIAS - 841-841 – morto por Jeú rei de Israel
ATÁLIA - 841-835 – foi assassinada
JOÁS - 835-796 – foi assassinado
AMAZIAS - 796-767 – foi assassinado
UZIAS (AZARIAS) - 767-740
JOTÃO - 740-732
ACAZ - 732-716
EZEQUIAS - 716-687
MANASSÉS - 687-643
AMOM - 643-641 – foi assassinado
JOSIAS - 641-609 – morreu em batalha
JEOACAZ - 609 – deposto pelo Faraó Neco
JEOAQUIM - 609-598
JOAQUIM - 598 – deposto pelos babilônios
ZEDEQUIAS - 598-586 – deposto pelos babilônios
Zedequias foi o último rei de Judá, foi levado preso para a Babilônia.
Até no cativeiro Judá foi privilegiado porque o método de cativeiro dos babilônios permitiam certa liberdade religiosa. Foi lá na Babilônia que surgiram as sinagogas e com isso a bênção de salmodiar as saudades do templo em Jerusalém. Saudade poetizada pelos filhos de Coré (Sl. 42 cf 84).
Os assírios tinham um método sutil, mas muito pior de misturar o povo ao seu próprio e com isso exterminar aquela raça. Talvez por isso não encontramos narrativas claras do retorno do exílio dos israelitas, mas os judeus tem um registro em árvore genealógica, na reconstrução dos muros e do templo com Esdras e Neemias.
Somente em 1948 a ONU reconhece Israel oficialmente como um Estado democrático de direito e com total independência. Em outras palavras se tornou um país e para nós - na história teológica dos judeus - voltou a ser um Reino Unido de fato.
O livro de 2 Reis registra três séculos tristes na história dos reinos de Israel e Judá. Continuando a história contada em 1 Reis, este livro relata os reinados paralelos dos reis de Israel e Judá do nono século a.C. até a queda destes reinos. Israel caiu à Assíria em 721 a.C., e Judá caiu À Babilônia em 586 a.C. O final do livro acrescenta mais informações sobre o cativeiro, com a última anotação sobre a libertação de Joaquim em 561 a.C. Estes três séculos foram especialmente tristes, não somente pela queda destes dois reinos, mas pelos motivos que levaram o Senhor a determinar tal sofrimento para seu povo. Depois da divisão do reino, todos os reis do norte (Israel) foram rebeldes contra Deus. Alguns eram piores que outros, mas nenhum dos reis de Israel se mostrou fiel ao Senhor. Pouco mais de 200 anos depois da divisão dos reinos, Israel caiu. Vale a pena ler a explicação dos motivos deste castigo severo, registrada em 2 Reis 17. Judá não foi muito melhor, mas teve alguns reis bons no meio de muitos ruins. Os esforços de Ezequias e alguns outros bons reis foram motivos para Deus adiar o castigo do reino do sul, mas 135 anos depois da queda de Israel, seu vizinho ao sul caiu aos babilônicos por causa dos mesmos erros. Além de registrar os acontecimentos principais nos reinados dos líderes de Israel e Judá, este livro inclui relatos do trabalho de dois profetas importantes: Elias (introduzido em 1 Reis) e Eliseu, seu sucessor, e referências a outros profetas importantes, Isaías e Jonas. Consideremos o conteúdo dos capítulos de 2 Reis:
Capítulos 1 e 2 enfatizam a transição de Elias a Eliseu, profetas influentes que procuraram alertar o povo e seus líderes sobre os perigos da sua rebeldia contra Deus.
Capítulos 3 a 13 continuam a ênfase no trabalho de Eliseu, mostrando sua interação com diversos reis. Nesta parte do livro, que abrange aproximadamente 50 anos de história, encontramos o cumprimento de profecias feitas em 1 Reis por meio de Elias sobre o fim da casa de Acabe, um dos piores dos reis de Israel.
Capítulos 14 a 17 apresentam informações sobre os acontecimentos principais em ambos os reinos durante as últimas oito décadas antes da queda de Israel (também conhecido como Samaria), o reino do norte. Samaria foi destruída em 721 a.C.
Capítulos 18 a 24 continuam o relato, seguindo somente a história de Judá. Nestes capítulos, são registrados os fatos mais importantes dos últimos 135 anos antes da queda de Jerusalém em 586 a.C. Observamos destaque especial em dois bons reis: Ezequias e seu bisneto, Josias.
Capítulos 24 e 25 descrevem em poucas palavras o sofrimento do povo de Judá na sua derrota diante dos babilônicos. O império mais poderoso do mundo foi usado por Deus para castigar seu povo desobediente. Eles cercaram Jerusalém, a cidade principal de Judá, por sete meses angustiantes antes de queimar o templo e todos os outros edifícios importantes da cidade. Levaram muitos dos judeus ao cativeiro na Babilônia.
Na leitura de 2 Reis, observamos constantemente o contraste entre homens de fé que respeitaram a vontade de Deus e os rebeldes que agiram contra as orientações divinas. Em um episódio após outro, percebemos a gravidade do pecado e de suas consequências. Deus desejava um povo santo, mas Israel se rebelou contra seu Senhor.
Os livros de 1 e 2 Reis, junto com os relatos complementares de 1 e 2 Crônicas, são de grande importância para entender as mensagens dos profetas do Antigo Testamento e a história do povo de Israel.
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