Lição 11- Mil Anos de Paz, Justiça e Prosperidade
"E o Senhor será Rei sobra toda a terra; naquele dia, um será o Senhor; e um será o seu nome".
Zacarias 14.9
Texto Bíblico Básico: Apocalipse 20.2-6; Isaías 11.6-9
O QUE É O MILÊNIO
O termo “Milênio” não consta do texto bíblico, mas a expressão correspondente (“mil anos”), sim. Não obstante, a doutrina do Milênio é essencialmente bíblica e consistentemente teológica.
Definição. O Milênio é um período de mil anos durante o qual Cristo há de reinar plenamente sobre o mundo, de acordo com o que explicita João no Apocalipse (20.1-5).
Trata-se de um reino literal, cujo principal objetivo é a exaltação de Jesus não somente como o Messias de Israel, mas como o Desejado de todas as nações (Ag 2.7).
O Milênio e o Reino de Deus. O Milênio pode ser considerado ainda a manifestação plena do Reino de Deus na terra. E isto nada tem a ver com a doutrina de algumas seitas que, renegando as verdades bíblicas acerca do arrebatamento da Igreja, ensinam que este mundo haverá de melhorar, pouco a pouco, até transformar-se num paraíso.
OBJETIVOS DO MILÊNIO
O Milênio será implantado, tendo vários objetivos bem definidos:
Exaltar a Cristo. Todos os povos, principalmente Israel, terão de se curvar ante Jesus Cristo, cujo nome será sublime e soberanamente exaltado como o Rei dos reis e Senhor dos senhores (Fp 2.5-11; Ap 19.16). Ler também 1 Co 15.24-26.
Manifestar o Reino de Deus na sua plenitude. Na Oração Dominical, o Senhor Jesus ensinou-nos a orar: “Venha o teu reino” (Mt 6.10). Esta petição será plenamente respondida quando vier o Senhor Jesus, juntamente com a sua Igreja, inaugurar o Milênio — a exposição mais visível do Reino de Deus na terra.
Mostrar que este mundo pode ser administrado com justiça e equidade. Em consequência da corrupção e dos desmandos administrativos dos governantes, a população da terra é assolada pela fome, pela falta de habitação e por muitas outras necessidades básicas. Todavia, quando Cristo instaurar o seu governo, mostrará que todos esses problemas podem ser rápida e perfeitamente solucionados.
Deixar bem claro que os reinos deste mundo pertencem a Cristo. No deserto, Satanás tentou a Cristo, alegando serem dele todos os reinos deste mundo. Na verdade, tudo pertence a Jesus: “Os reinos do mundo vieram a ser de nosso Senhor e do seu Cristo, e ele reinará para todo o sempre” (Ap 11.15). Desta forma, cumprir-se-á a aliança que Deus estabeleceu com a casa de Davi, da qual veio, legalmente, o Senhor Jesus (Is 9.7; Dn 7.14).
COMO SERÁ O MILÊNIO
O Milênio será um reino não somente de bênçãos espirituais, como também materiais, conforme o explicitam as Sagradas Escrituras. Por conseguinte, o Milênio:
Terá início com um grande derramamento do Espírito Santo. Profetiza Zacarias que, quando os israelitas se virem cercados pelas nações da terra, para destruí-los, clamarão angustiados pelo socorro divino. Nessa ocasião crucial, Jesus haverá de se manifestar com grande poder e majestade sobre Jerusalém e, juntamente com sua Igreja glorificada, livrará Israel de certeira destruição. Israel pranteará, humilhado e arrependido, aceitando o Senhor Jesus, a quem rejeitaram na sua primeira vinda (Zc 12.9,10; 13.1; 14.2-9; Ap 1.7; Is 66.15,16). Neste exato momento, experimentarão uma grande efusão do Espírito Santo: “E sobre a casa de Davi e sobre os habitantes de Jerusalém derramarei o Espírito de graça e de súplicas; e olharão para mim, a quem traspassaram: e o prantearão como quem pranteia por um unigênito; e chorarão amargamente por ele, como se chora amargamente pelo primogênito” (Zc 12.10).
Será um período de grande conhecimento da Palavra de Deus. “E virão muitos povos e dirão: Vinde, subamos ao monte do SENHOR, à casa do Deus de Jacó, para que nos ensine o que concerne aos seus caminhos, e andemos nas suas veredas; porque de Sião sairá a lei, e de Jerusalém, a palavra do SENHOR” (Is 2.3). Diz ainda Isaías: “Não se fará mal nem dano algum em todo o monte da minha santidade, porque a terra se encherá do conhecimento do SENHOR, como as águas cobrem o mar” (Is 11.9).
Jerusalém será não somente a sede do governo messiânico como também o centro de adoração divina (Zc 14.16).
Será um tempo de paz universal. “E julgará entre muitos povos e castigará poderosas nações até mui longe; e converterão as suas espadas em enxadas e as suas lanças em foices; uma nação não levantará a espada contra outra nação, nem aprenderão mais a guerra” (Mq 4.3).
Será uma era de abundante saúde física e mental. “Confortai as mãos fracas e fortalecei os joelhos trementes. Dizei aos turbados de coração: Esforçai-vos e não temais; eis que o vosso Deus virá com vingança, com recompensa de Deus: ele virá. e vos salvará. Então, os olhos dos cegos serão abertos, e os ouvidos dos surdos se abrirão. Então, os coxos saltarão como cervos, e a língua dos mudos cantará, porque águas arrebentarão no deserto, e ribeiros, no ermo” (Is 35.3-6).
Será uma era de prosperidade, segurança e vida longa. “Não edificarão para que outros habitem, não plantarão para que outros comam, porque os dias do meu povo serão como os dias da árvore, e os meus eleitos gozarão das obras das suas mãos até à velhice” (Is 65.22).
Será um período de plena recuperação ecológica da terra. “O deserto e os lugares secos se alegrarão com isso; e o ermo exultará e florescerá como a rosa. Abundantemente florescerá e também regorgitará de alegria e exultará; a glória do Líbano se lhe deu, bem como a excelência do Carmelo e de Sarom; eles verão a glória do SENHOR, a excelência do nosso Deus” (Is 35.1,2).
Israel habitará seguro, e estará de posse de todo o território que o Senhor prometera a Abraão. O capítulo 48 de Ezequiel descreve, em detalhes, os termos que as doze tribos de Israel ocuparão no período do Milênio. Será um território muito maior e muito mais amplo em relação ao ocupado hoje pelo Estado de Israel.
Ora, se o Milênio é tão maravilhoso, o que não diremos da Nova Jerusalém? O primeiro, apesar de suas realizações, será imperfeito e temporário; o segundo não, pelo contrário, há de ser eterno e perfeitíssimo. Já pensou quando entrarmos naquela cidade, cujo arquiteto e construtor é o próprio Deus? Como descrever a formosa cidade?Senhor Jesus, ajuda-nos a cumprir nossa carreira neste mundo, para que possamos adentrar na Jerusalém Celeste. Queremos a tua companhia; desejamos ver o teu rosto. Sê conosco, meigo Salvador.
“Apocalipse 20.1-3 e vv.7-10 tratam da condenação de Satanás. Ficará preso no abismo durante mil anos. O abismo permanecerá trancado e lacrado acima dele, de modo que não terá nenhuma atividade na terra durante aquele período. Depois, será solto por um pouco de tempo, antes de seu castigo eterno no lago de fogo.Entre esses dois eventos, a Bíblia fala, em Apocalipse 20.4-6, daqueles que são sacerdotes de Deus e de Cristo, e que reinarão com Ele durante mil anos.
Apocalipse 20.4 trata de dois grupos de pessoas: O primeiro se assentará em tronos para julgar (isto é: governar). A mensagem a todas as igrejas (Ap 3.21,22) indica que são os crentes oriundos da Era da Igreja que permaneceram fiéis, sendo vencedores (Ap 2.26,27; 3.21; 1 Jo 5.4). Entre eles, conforme a promessa de Jesus, estarão os doze apóstolos julgando (governando) as doze tribos de Israel (Lc 22.30). Isso porque Israel, restaurado, purificado, com a plenitude do Espírito Santo de Deus, ocupará sem dúvida a totalidade da terra prometida a Abraão (Gn 15.18)” (HORTON, S. M.: As últimas coisas. In HORTON, S. M. (ed.) Teologia Sistemática: Uma perspectiva Pentecostal. RJ: CPAD, 1996, p.638-9).
Com a derrota do Anticristo e seus exércitos, Israel verá que Aquele a quem rejeitaram na primeira vinda, não é outro senão o seu Messias.
A conversão a Cristo da parte dos judeus. Zc 12.10 fala do espírito de súplicas que será derramado sobre a casa de Davi, e prantearão pelo que fizeram a Cristo na sua primeira vinda. Vários textos bíblicos da profecia indicam essa conversão e renovação (Zc 13.9; Ez 36.24-31; Is 25.9; Rm 11.26). Todas estas passagens mostram que os judeus sobreviventes daqueles dias serão leais a Cristo, aceitando-o como o Messias. Porém, haverá, também, muitos judeus rebeldes os quais sofrerão o juízo de Cristo (Ez 20.33-38; Ml 3.1-5).
2. A prisão de Satanás (Ap 20.1-3). Antes que o Senhor instale o seu reino milenial, Satanás será preso por mil anos com todos os seus anjos, e assim não estarão livres para tentar as criaturas nos dias do reino milenial de Cristo.
O REI JESUS
Será um período de completa manifestação da glória de Cristo no Seu domínio, governo, justiça e reino (Is 9.6; Sl 45.4; Is 11.4; Sl 72.4; Dt 18.18,19; Is 33.21,22; At 3.22).
Vários são os títulos e nomes de Cristo no Milênio. Ele é chamado: o Renovo (Is 4.2; 11.1; Jr 23.5; 33.15; Zc 3.8,9; 6.12,13); Senhor dos Exércitos (Is 24.23; 44.6); o Ancião de dias (Dn 7.13); o Altíssimo (Dn 7.22-24); o Filho de Deus (Is 9.6; Dn 3.25); o Rei (Is 33.17,22; 44.6; Dn 2.44); o Juiz (Is 11.3,4; 16.5; 33.22; 51.4,5); o Messias Príncipe (Dn 9.25,26). Muitos outros títulos destacam as atividades do Rei Jesus.
CARACTERÍSTICAS DO REINO MILENIAL
Justiça. Somente os justos serão admitidos no reino (Mt 25.37; Is 60.21; 26.2). A justiça será sinônimo do Messias (Ml 4.2; Is 46.13; 51.5).
Obediência. Foi o propósito original de Deus na criação do mundo o estabelecimento de um princípio de obediência completa e voluntária a Deus. A árvore da vida foi colocada no Éden como uma prova de obediência (Gn 2.16,17). Diz a Bíblia que Deus sujeitou todas as coisas Àquele que é o Senhor (Ef 1.22).
Conhecimento universal de Deus (Is 11.9; Jr 3134). O conhecimento estará disseminado e determinado em toda a Terra. Na verdade, todas as pessoas terão conceitos corretos sobre Deus, porque o mal estará detido naquele tempo.
Paz e prosperidade (Is 2.4; 35.1,2). A maldição do pecado estará detida, sem poder de alastramento. A paz será universal porque a sua base será a justiça do Messias.
Longevidade (Is 65.20,21,22; 33.24). Uma vez que o mal estará detido, a vida física dos habitantes da Terra naqueles dias não sofrerá tanto como hoje. E verdade que as pessoas não estarão isentas da morte. Mas viverão muito mais.
FINAL DO MILÊNIO
A soltura de Satanás e seus anjos. Vemos uma descrição na Terra que mostra o fim do período milenial (Ap 20.2,3,7-9). A razão pela qual Satanás será solto é discernida pela sua atividade no tempo de sua soltura. Ele sairá para enganar as nações e promover sua última batalha contra o povo de Deus.
Gogue e Magogue (Ap 20.8). Esses dois nomes referem-se aos inimigos de Israel. Podem representar dois tipos de inimigos: povos vindos do Norte; e, também, povos em geral. O que prevalece mais fortemente é a representação de povos vindos do norte. Na verdade, a batalha não será muito extensa, porque haverá a intervenção divina.
PÓS-MILÊNIO
Todos esses fatos conduzem ao Grande Trono Branco, que é o Juízo Final (Ap 20.11), símbolo do poder de Deus para executar a justiça. Jesus será o Juiz (At 17.31; Jo 5.22,27). Diante do Supremo Juiz, todos haveremos de comparecer. Os perdidos não escaparão ao Lago de Fogo (Ap 19.20; 20.10,14,15; 21.8). O Lago de Fogo é um lugar, e não um conceito, uma idéia ou estado mental.
Na segunda fase de Sua vinda em glória (visível em todo o mundo), Cristo vai julgar as nações (Juízo das Nações) e inaugurar o Milênio, a gloriosa era de paz a ser implantada na Terra. Seguindo-se o Grande Trono Branco, o Juízo Final, ocasião em que somente haverá dois destinos: a morte eterna ou a vida eterna. Os crentes em Jesus estarão livres de qualquer condenação e irão desfrutar da eternidade.
“O Apocalipse não oferece nenhum pormenor do Milênio, provavelmente porque as profecias anteriores já sejam suficientes. Depois dos mil anos, Satanás será solto, provavelmente para levar a uma vindicação final da justiça de Deus. Isto é: embora as pessoas tenham experienciado o governo maravilhoso de Cristo, parece que seguirão a Satanás na primeira oportunidade que se lhes ofereça. Assim fica demonstrado que, com ou sem conhecimento de como é o reino de Cristo, os inconversos se rebelam. Na Sua justiça, Deus nada mais poderá fazer senão separá-los eternamente das suas bênçãos. Satanás, o grande enganador, também engana a si mesmo, a ponto de acreditar que ainda conseguirá derrotar a Deus. Mas sua derradeira tentativa fracassará. Nunca mais haverá rebelião contra Deus e o seu amor”. (notas,Teologia Sistemática,Stanley M.Horton,2000, CPAD)
“O apóstolo Paulo tinha um grande amor pelo povo de Israel, que então rejeitara o Evangelho. Estava disposto a desistir da própria salvação eterna, se isto garantisse a salvação deles (Rm 9.1 -5). Ele sabia que isso seria impossível, mas demonstra o quanto os amava. E pergunta, em Romanos 11.1: ‘Porventura, rejeitou Deus o seu povo?’ Ele mesmo responde: ‘De modo nenhum!’ (no grego, me genoito). Deus jamais permitirá que isso aconteça. Está claro que Deus não rejeitou o seu povo! E o contexto mostra que a Bíblia está falando de um Israel literal, e que Deus não alterou suas promessas.“Lembremo-nos, ainda, que os 12 apóstolos julgarão, ou governarão, as 12 tribos de Israel (Mt 19.28; Lc 22.30). Isso requer uma restauração literal de Israel. Não há como a Igreja possa vir a ser dividida em 12 tribos.
“Assim, a visão pré-milenista é a única que permite a restauração de Israel como nação e o cumprimento literal das profecias de paz e bênção que Isaías e outros profetas previram.” (notas, ,as grandes doutrinas da bibliaF.Raimundo Oliveira,2003 CPAD) .
DÚVIDAS REFERENTES AO MILÊNIO
1. O mundo todo será evangelizado somente no Milênio? Pelo que tudo indica, o mundo todo será evangelizado somente no Milênio, pois a Palavra do Senhor assevera que o Evangelho do Reino será pregado em todo o mundo, e então virá o fim (Mt 24.14; cf. Is 54.13). Além disso, está escrito que “virão muitos povos e dirão: Vinde, subamos ao monte do SENHOR, à casa do Deus de Jacó, para que nos ensine o que concerne aos seus caminhos, e andemos nas suas veredas; porque de Sião sairá a lei, e de Jerusalém, a palavra do SENHOR” (Is 2.3). De Jerusalém sairão diretrizes religiosas, leis civis e principalmente a Lei do Senhor. Para ela afluirão todas as nações (Is 2.2). “E irão muitas nações e dirão... subamos ao monte do SENHOR e à Casa do Deus de Jacó, para que nos ensine os seus caminhos, e nós andemos pelas suas veredas” (Mq 4.2). Leia agora as profecias registradas em Habacuque 2.4, Jeremias 31.33,34 e Ezequiel 11.19,20. Estas mostram que o conhecimento no Milênio será principalmente intuitivo.
2. Como se dará a salvação no Milênio? O Milênio tem como propósito preparar a Terra para o estabelecimento do Reino Eterno (2 Sm 7.12,13; Lc 1.32,33; Sl 89). Nesse caso, os povos naturais terão a oportunidade de crer em Jesus Cristo, que sempre respeitou as decisões humanas (cf. Lc 9.23; Ap 3.20). Mesmo em seu reinado, como vimos, ninguém será obrigado a crer que Ele é o Salvador do Mundo (Jo 4.42). Vemos nisso um contraste com o Império do Anticristo, que será implantado pela força (Ap 13.16). Haverá salvação em massa (Is 33.6; 62.1; Zc 8.13). Com a difusão do conhecimento do Senhor, muitas pessoas se converterão. A evangelização será de fato uma das atividades primordiais dos seguidores de Cristo, como vaticinou o profeta Isaías: “Quão suaves são sobre os montes os pés do que anuncia as boas-novas, que faz ouvir a paz, que anuncia o bem, que faz ouvir a salvação, que diz a Sião: O teu Deus reina!” (52.7).
3. Quando serão julgados os que se rebelarem contra o Senhor? Todos esses rebeldes serão julgados no Trono Branco, posto que morrerão, quer ainda no Milênio (Is 11.4), quer logo após esse período (cf. Ap 20.7-9). Como se sabe, o Juízo Final será o julgamento de todos os mortos ímpios que não participarem da “primeira ressurreição” (cf. Ap 20.11-15). A expressão “os outros mortos”, em Apocalipse 20.5, inclui todos aqueles que morrerem em seus pecados.
4. Quando ressuscitarão os salvos que morrerem durante o Milênio? Como vimos em outro artigo, neste blog, após o Armagedom haverá pessoas que não morrerão nessa batalha (cf. Ap 19.21), as quais participarão do Julgamento das Nações. Os condenados dentre essas nações vivas irão imediatamente para o Inferno (Mt 25.41). Já os absolvidos ingressarão no Milênio com todas as possibilidades de estar com Cristo por toda a eternidade (Mt 25.34,46b), a menos que sejam enganados e se desviem da verdade (cf. Ap 20.7,8). Quem hoje crê no Senhor Jesus Cristo já tem a vida eterna (Jo 3.16,36a; At 16.31). Da mesma forma, dentre os povos naturais que ingressarem no Milênio, terão essa certeza os indivíduos que crerem no Salvador do mundo e nEle permanecerem: “irão para a vida eterna” (Mt 25.46). Mas, quanto aos que morrerem nesse período (cf. Is 65.20), em que momento ressuscitarão e terão seus corpos transformados?
Sabemos que, antes do Juízo Final, todos os mortos hão de ressuscitar. A ressurreição dos salvos que morreram durante o Milênio não deve ser entendida como uma “terceira ressurreição”. Afinal, a Palavra de Deus só apresenta a “primeira” (que abrange, de modo geral, os mortos em Cristo, por ocasião do Arrebatamento, e os mártires da Grande Tribulação), e a “segunda”, mencionada claramente como uma ressurreição para a condenação (Jo 5.29b; Ap 20.5,6). Considerando que o texto de Apocalipse 20 não menciona uma “terceira ressurreição”, é possível que os santos mortos durante o Milênio ressuscitem às vésperas do juízo do Trono Branco (vv.12,13), mas não para comparecerem diante do Justo Juiz na qualidade de réus. Afinal, nenhuma condenação há para quem recebe ao Senhor Jesus Cristo e nEle permanece (cf. Jo 5.24; Rm 8.1,38,39). Não nos esqueçamos de que, no Juízo Final, o livro da vida, no qual estão os nomes de todos os salvos, também será aberto (Ap 20.12).
5. Quando serão transformados os salvos que permanecerem vivos até ao fim do Milênio? Em Apocalipse 21, vemos a descrição de um novo Céu e uma nova Terra, onde não haverá mais espaço para carne e sangue (1 Co 15.50). A partir deste fato, podemos afirmar que, logo após o Juízo Final, todos os que estiverem com Cristo já terão sido transformados, mas não há como saber o momento exato em que isso acontecerá.
No Arrebatamento da Igreja, logo após a ressurreição dos mortos em Cristo, haverá a transformação dos santos que estiverem vivos (1 Ts 4.16,17; 1 Co 15.51,52). Seguindo-se essa mesma lógica, e considerando que os salvos mortos durante o Milênio ressuscitarão antes do Juízo Final (Ap 20.12), é provável que, nesse mesmo instante, ocorra a transformação dos fiéis que permanecerem vivos durante o Milênio. Há ainda outras questões escatológicas difíceis alusivas ao Milênio, para as quais não temos respostas precisas à luz da Bíblia. Isso ocorre porque nem tudo nos foi revelado por Deus (Rm 8.18; 1 Pe 5.1). Deixemos, pois, “as coisas encobertas” para o Senhor e fiquemos com “as reveladas” (Dt 29.29).
Maranata!
FONTES DE PESQUISA
http://www.cpadnews.com.br/blog/cirozibordi/apologetica-crista/191/o-que-a-biblia-diz-sobre-o-milenio-(ultima-parte)-.html
http://mauricioberwaldoficial.blogspot.com.br/2015/11/o-milenio-escatologia.html
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