Lição 02 - O Arrebatamento dos Salvos

"E, se eu for e vos preparar lugar, virei outra vez e vos levarei para mim mesmo, para que, onde eu estiver, estejais vós também" - João 14.3

Texto Bíblico Básico: I Tessalonicenses 4.13-17; I Coríntios 15.52-55


MILAGRES NO ARREBATAMENTO

Imagem relacionadaNa lição de hoje, estudaremos a respeito de um dos acontecimentos mais gloriosos e esperados desde que o Senhor Jesus foi assunto aos céus — o arrebatamento da Igreja. Esta lição é de máxima importância para os nossos dias, já que ultimamente se ensina tão pouco a respeito da volta de Jesus.



TODOS OS SALVOS SERÃO ARREBATADOS
Na primeira fase de sua vinda, no arrebatamento da Igreja, Jesus não tocará na Terra. Ele estará “nos ares” ou “nas nuvens” (1Ts 4.17).
  1. A reunião dos salvos no encontro com Cristo. A palavra arrebatamento no grego é harpazo. Este vocábulo dá a ideia de rapto, ou de remoção repentina, de modo súbito. O arrebatamento da Igreja reunirá os que morreram em Cristo, isto é, confessaram a Jesus como seu Salvador e permaneceram fiéis até a morte (Ap 2.10; 1Ts 5.23), e os que estiverem vivos, aguardando o glorioso evento (1Ts 4.13).
  2. Quem será arrebatado? Todos os salvos que foram transformados mediante o novo nascimento. Só chegarão aos céus aqueles que lavaram suas vestes no sangue do Cordeiro. A vida cristã não é fácil, exige renúncia. O caminho que conduz ao céu é estreito. Todo crente, em sua jornada aqui na terra, enfrenta montes e vales, alegrias e tristezas. Infelizmente, muitos não perseveram e acabam voltando atrás, se desviam e acabam vencidos pela carne, o mundo e Satanás. Seja fiel, meu irmão e minha irmã, pois há uma recompensa para os que são fiéis e igualmente para todos os infiéis. A Palavra de Deus alerta que no grande dia do Senhor os ímpios “ficarão de fora” (Ap 22.15), mas os que permaneceram no Senhor serão transformados e subirão para se encontrar com Deus. A promessa do arrebatamento e do céu é para quem vencer (Ap 3.12). Não desista!
O ARREBATAMENTO E A RESSSURREIÇÃO DOS MORTOS
  1. A ignorância acerca dos mortos (1Ts 4.13). Ao fazermos uma leitura atenta das primeiras Epistolas aos Tessalonicenses e Coríntios, vemos que os crentes tinham muitas dúvidas acerca dos mortos em Cristo (1Co 15.12-23,35-54). Erroneamente, acreditavam que na volta de Jesus, os que já haviam morrido não tinham mais esperança de ressuscitar. Atualmente, muitos também têm dúvidas quando o assunto é acerca dos que já dormem. Porém, a Palavra de Deus assegura-nos que os mortos hão de ressuscitar: “Porque, se cremos que Jesus morreu e ressuscitou, assim também aos que em Jesus dormem Deus os tornará a trazer com ele” (1Ts 4.14). Em outra ocasião, tratando desse mesmo assunto, Paulo ainda afirma: “Mas, agora, Cristo ressuscitou dos mortos e foi feito as primícias dos que dormem. Porque, assim como a morte veio por um homem, também a ressurreição dos mortos veio por um homem. Porque, assim como todos morrem em Adão, assim também todos serão vivificados em Cristo. Mas cada um por sua ordem: Cristo, as primícias; depois, os que são de Cristo, na sua vinda” (1Co 15.20-23). Não precisamos nos preocupar com aqueles que já dormem com o Senhor, pois quando chegarmos aos céus os encontraremos.
  2. A primeira e a segunda ressurreição. É a ressurreição dos salvos, daqueles que esperam a volta de Jesus. O primeiro a dar início à primeira ressurreição foi Jesus. Ninguém reviveu, vencendo a morte física, definitivamente ou para sempre, antes dEle. Cristo é “as primícias dos que dormem”, conforme disse Paulo (1Co 15.20). Contudo, na primeira ressurreição, farão também parte desse evento glorioso: “as duas testemunhas” (Ap 11.1-12); o grupo dos “mártires”, aqueles que aceitarão a Cristo na “grande tribulação” (Ap 7.9-17). A segunda ressurreição será para os ímpios, após o milênio (Ap 20.5,6).
  3. A transformação dos crentes que estiverem vivos quando Jesus voltar. Os salvos que estiverem vivos na volta de Jesus serão arrebatados e transformados (1Ts 4.17). A transformação dos vivos é um mistério: “Eis aqui vos digo um mistério: [...] nós seremos transformados. Porque convém que isto que é corruptível se revista da incorruptibilidade, e isto que é mortal se revista da imortalidade” (1Co 15.51-53). Pela transformação, o corpo se tornará espiritual e glorificado.
    Diz a Bíblia “que carne e sangue não podem herdar o Reino de Deus, nem a corrupção herdar a incorrrupção” (1Co 15.50). Com corpos glorificados, semelhantes ao de Jesus (Fp 3.21), os salvos poderão ir “ao encontro do Senhor nos ares”.
ANTES DO ARREBATAMENTO E DEPOIS DELE
  1. Antes, é preciso vigilância. Como já é do seu conhecimento, todo crente deve estar preparado a cada dia, a cada instante para o arrebatamento. Ao deitar e ao levantar, o crente precisa estar preparado espiritualmente, pois, quando “a trombeta de Deus” tocar, anunciando a volta de Cristo, não haverá mais tempo, um segundo sequer, para alguém se preparar. Os pais não poderão avisar aos filhos; os esposos não poderão avisar às esposas e vice-versa. Todos esses alertas devem ser dados agora, no dia que se chama hoje. Porque, no arrebatamento, os eventos finais serão de uma rapidez surpreendente, “num abrir e fechar de olhos” (1Co 15.52).
  2. Depois, viveremos felizes para sempre. Jesus, a expressão máxima do amor de Deus, voltará para buscar a sua amada Igreja (Jo 14.3). A Igreja, a “Noiva do Cordeiro”, há de se encontrar com seu “Noivo”, nas nuvens, e viverão felizes por toda a eternidade. Desde o seu início, a Igreja tem sofrido todo tipo de perseguição e infortúnio. Mas em todos os embates, ela saiu vitoriosa. Porque Jesus, o Noivo, afirmou: “[...] edificarei a minha igreja, e as portas do inferno não prevalecerão contra ela” (Mt 16.18). Atualmente a Igreja e os crentes são perseguidos em muitos países, mas a Noiva do Senhor subirá ao encontro dEle, para encontrá-lo “nas nuvens” (1Ts 4.17). João viu o final da história dos cristãos e alegrou-se muito: “Regozijemo-nos, e alegremo-nos, e demos-lhe glória, porque vindas são as bodas do Cordeiro, e já a sua esposa se aprontou” (Ap 19.7).
No grande evento (o arrebatamento da Igreja), esperado pelos salvos, dar-se-á a reunião de todos os filhos de Deus, que nEle creem, desde a fundação do mundo. Os mortos serão ressuscitados e os vivos serão arrebatados. Por isso, se você crê no arrebatamento da Igreja, tenha esperança e procure purificar-se a cada dia mais, pois em breve a Igreja do Senhor não estará mais neste mundo tenebroso (1Jo 3.3).
A GLORIFICAÇÃO

A glorificação final deve aguardar a manifestação da glória do nosso grande Deus e Salvador Jesus Cristo (Tito 2:13; 1 Timóteo 6:14). Até que Ele volte, estamos sobrecarregados com o pecado, e a nossa visão espiritual é distorcida por causa da maldição. "Porque, agora, vemos como em espelho, obscuramente; então, veremos face a face. Agora, conheço em parte; então, conhecerei como também sou conhecido" (1 Coríntios 13:12). Todos os dias, devemos ser diligentes pelo Espírito de colocar à morte o que é "segundo a carne" (pecaminoso) em nós (Romanos 8:13). Como e quando é que vamos finalmente ser glorificados? Na última trombeta, quando Jesus vier, os santos serão submetidos a uma transformação instantânea fundamental ("transformados seremos todos, num momento, num abrir e fechar de olhos" - 1 Coríntios 15:51); em seguida, o "corruptível" se revestirá da "incorruptibilidade" (1 Coríntios 15:53). No entanto, 2 Coríntios 3:18 indica claramente que, em um sentido misterioso, "todos nós", no presente, "com o rosto desvendado" estamos "contemplando a glória do Senhor" e estamos sendo transformados à Sua imagem "de glória em glória" (2 Coríntios 3:18). Para que ninguém fique pensando que esta contemplação e transformação (como parte da santificação) sejam o trabalho de pessoas especialmente santas, a Escritura acrescenta a seguinte informação: "como pelo Senhor, o Espírito." Em outras palavras, é uma bênção concedida a cada crente. Isto não se refere a nossa glorificação final, mas a um aspecto da santificação através do qual o Espírito está nos transfigurando agora. A Ele seja a glória pelo Seu trabalho em nos santificar em Espírito e em verdade (Judas 24-25; João 17:17; 4:23). Devemos entender o que a Escritura ensina sobre a natureza da glória - tanto a glória insuperável de Deus quanto a nossa participação nela durante a Sua vinda. A glória de Deus refere-se não apenas à luz inacessível que o Senhor habita (1 Timóteo 6:15-16), mas também a Sua honra (Lucas 2:13) e santidade. O "Tu" ao qual se refere o Salmo 104:2 é o mesmo Deus referenciado em 1 Timóteo 6:15-16; Ele está “sobrevestido de glória e majestade”, coberto “de luz como de um manto” (Salmo 104:2; cf. 93:1; Jó 37:22; 40:10). Quando o Senhor Jesus voltar em Sua grande glória para julgar (Mateus 24:29-31; 25:31-35), Ele vai fazê-lo como o único Soberano, o único que tem poder eterno (1 Timóteo 6:14-16) 

Os seres criados não se atrevem a contemplar a incrível glória de Deus; como Ezequiel (Ezequiel 1:4-29) e Simão Pedro (Lucas 5:8), Isaías ficou devastado por auto-aversão na presença do Deus todo-santo. Após os serafins proclamarem: "Santo, santo, santo é o SENHOR dos Exércitos; toda a terra está cheia da sua glória", Isaías disse: "ai de mim! Estou perdido! Porque sou homem de lábios impuros, habito no meio de um povo de impuros lábios, e os meus olhos viram o Rei, o SENHOR dos Exércitos!" (Isaías 6:4). Até os serafins mostraram ser indignos de contemplar a glória divina quando cobriram o rosto com as suas asas.

Pode-se dizer que a glória de Deus é "pesada" ou "carregada"; a palavra hebraica kabod significa literalmente "pesado ou carregado". Na maioria das vezes, o uso bíblico de kabod é figurativo (por exemplo, "pesado com o pecado"), do qual temos a ideia do "grande peso" de uma pessoa que é honrosa, impressionante ou digna de respeito.

Quando o Senhor Jesus se encarnou, Ele revelou tanto a santidade "pesada" de Deus quanto a plenitude de Sua graça e verdade ("E o Verbo se fez carne e habitou entre nós, cheio de graça e de verdade, e vimos a sua glória, glória como do unigênito do Pai" [João 1:14; cf. 17:1-5]). A glória revelada pelo Cristo encarnado acompanha o ministério do Espírito (2 Coríntios 3:7); é imutável e permanente (Isaías 4:6-7; cf. Jó 14: 2; Salmo 102:11; 103:15; James 1:10). As manifestações anteriores da glória de Deus eram temporárias, como a efluência da glória de Deus que desapareceu do rosto de Moisés. Moisés velou o seu rosto para que os israelitas de corações duros não pudessem ver que a glória estava desaparecendo (1 Coríntios 3:12), mas no nosso caso, o véu foi removido por meio de Cristo, e refletimos a glória do Senhor e buscamos, por meio do Espírito, ser como Ele.

Em Sua oração sacerdotal, o Senhor Jesus pediu que Deus nos santificasse por Sua verdade (ou seja, nos tornasse santos; João 17:17); a santificação é necessária se quisermos ver a glória de Jesus e estar com Ele na comunhão eterna (João 17: 21-24). “Pai, a minha vontade é que onde eu estou, estejam também comigo os que me deste, para que vejam a minha glória que me conferiste, porque me amaste antes da fundação do mundo” (João 17:24). Se a glorificação dos santos seguir o padrão revelado nas Escrituras, ela deve envolver a nossa participação na glória (isto é, na santidade) de Deus.

De acordo com Filipenses 3:20-21, a nossa pátria está nos céus, e quando o nosso Salvador retornar, Ele vai transformar os nossos corpos de humilhação para "ser igual ao corpo da sua glória." Embora ainda não sido revelado o que havemos de ser, sabemos que, quando Ele retornar em grande glória, seremos semelhantes a Ele, porque O veremos como Ele é (1 João 3:2). Vamos ser perfeitamente transformados à imagem de nosso Senhor Jesus e seremos como Ele porque a nossa humanidade estará livre do pecado e de suas consequências. A nossa esperança abençoada deve nos encorajar a viver em santidade, com o Espírito nos ajudando. "E a si mesmo se purifica todo o que nele tem esta esperança, assim como ele é puro" (1 João 3:3).
A RESSURREIÇÃO

       As Escrituras falam de forma clara com respeito a uma ressurreição do corpo, quer seja do crente, quer seja do incrédulo. Cerca ocasião, os saduceus (que negavam haver ressurreição), questionaram o Senhor Jesus Cristo a respeito do fato da ressurreição. Ele simplesmente os acusou e os repreendeu por serem ignorantes com respeito a sua falta de conhecimento sobre o que nos diz as Escrituras e o poder de Deus (“E Jesus, respondendo, disse-lhes: Porventura, não errais vós em razão de não saberdes as Escrituras nem o poder de Deus?” Marcos 12.24). Feito isso, Jesus passou a fazer a sua defesa da ressurreição citando os escritos do Velho Testamento (“E, acerca dos mortos que houverem de ressuscitar, não tendes lido no livro de Moisés como Deus lhe falou na sarça, dizendo: Eu sou o Deus de Abraão, e o Deus de Isaque, e o Deus de Jacó? Ora, Deus não é de mortos, mas sim é Deus de vivos. Por isso, vós errais muito” Marcos 12.26,27). Semelhantemente, os mesmos saduceus faziam suas objeções quanto a pregação dos apóstolos, pois estes estavam proclamando que a ressurreição dos mortos deu-se por meio do Senhor Jesus Cristo (“doendo-se muito de que ensinassem o povo e anunciassem em Jesus a ressurreição dos mortos” Atos 4.2). “Isto significava que o domínio da morte já fora invadido e que em Jesus os homens poderiam comprovar a doutrina da ressurreição”.[3]

Na ressurreição recebemos um novo corpo, eterno e glorificado (“Porque sabemos que, se a nossa casa terrestre deste tabernáculo se desfizer, temos de Deus um edifício, uma casa não feita por mãos, eterna, nos céus” 2Coríntios 5.1). Este corpo “glorificado” ou ressurrecto somente será dado ao crente quando ocorrer o arrebatamento da Igreja (“num momento, num abrir e fechar de olhos, ante a última trombeta; porque a trombeta soará, e os mortos ressuscitarão incorruptíveis, e nós seremos transformados” 1Coríntios 15.52; “Porque o mesmo Senhor descerá do céu com alarido, e com voz de arcanjo, e com a trombeta de Deus; e os que morreram em Cristo ressuscitarão primeiro” 1Tessalonicenses 4.16). A universalidade da ressurreição é visto em 1 Coríntios 15.21,22 (“Eis aqui vos digo um mistério: Na verdade, nem todos dormiremos, mas todos seremos transformados, num momento, num abrir e fechar de olhos, ante a última trombeta; porque a trombeta soará, e os mortos ressuscitarão incorruptíveis, e nós seremos transformados”).

O corpo mortal está relacionado com o corpo da ressurreição (“E, quando semeias, não semeias o corpo que há de nascer, mas o simples grão, como de trigo ou doutra qualquer semente. Mas Deus dá-lhe o corpo como quer e a cada semente, o seu próprio corpo” 1Co 15.37,38); é dito que este corpo será incorruptível, glorioso, poderoso e espiritual (“Mas Deus dá-lhe o corpo como quer e a cada semente, o seu próprio corpo. Nem toda carne é uma mesma carne; mas uma é a carne dos homens, e outra, a carne dos animais, e outra, a dos peixes, e outra, a das aves. E há corpos celestes e corpos terrestres, mas uma é a glória dos celestes, e outra, a dos terrestres. Uma é a glória do sol, e outra, a glória da lua, e outra, a glória das estrelas; porque uma estrela difere em glória de outra estrela. Assim também a ressurreição dos mortos. Semeia-se o corpo em corrupção, ressuscitará em incorrupção. Semeia-se em ignomínia, ressuscitará em glória. Semeia-se em fraqueza, ressuscitará com vigor. Semeia-se corpo animal, ressuscitará corpo espiritual. Se há corpo animal, há também corpo espiritual Assim está também escrito: O primeiro homem, Adão, foi feito em alma vivente; o último Adão, em espírito vivificante. Mas não é primeiro o espiritual, senão o animal; depois, o espiritual. O primeiro homem, da terra, é terreno; o segundo homem, o Senhor, é do céu. Qual o terreno, tais são também os terrenos; e, qual o celestial, tais também os celestiais. E, assim como trouxemos a imagem do terreno, assim traremos também a imagem do celestial.” 1Coríntios 15.38-49).

Os corpos dos crentes vivos serão instantaneamente transformados (“E, agora, digo isto, irmãos: que carne e sangue não podem herdar o Reino de Deus, nem a corrupção herda a incorrupção. Eis aqui vos digo um mistério: Na verdade, nem todos dormiremos, mas todos seremos transformados, num momento, num abrir e fechar de olhos, ante a última trombeta; porque a trombeta soará, e os mortos ressuscitarão incorruptíveis, e nós seremos transformados. Porque convém que isto que é corruptível se revista da incorruptibilidade e que isto que é mortal se revista da imortalidade” 1Coríntios 15.50-53; “Mas a nossa cidade está nos céus, donde também esperamos o Salvador, o Senhor Jesus Cristo, que transformará o nosso corpo abatido, para ser conforme o seu corpo glorioso, segundo o seu eficaz poder de sujeitar também a si todas as coisas” Filipenses 3.20,21). 

O apóstolo Paulo nos ensina que esta mudança dos vivos e a ressurreição dos mortos em Cristo,  chamam-se de “redenção do nosso corpo” (“E não só ela, mas nós mesmos, que temos as primícias do Espírito, também gememos em nós mesmos, esperando a adoção, a saber, a redenção do nosso corpo” Romanos 8.23; “em quem também vós estais, depois que ouvistes a palavra da verdade, o evangelho da vossa salvação; e, tendo nele também crido, fostes selados com o Espírito Santo da promessa; o qual é o penhor da nossa herança, para redenção da possessão de Deus, para louvor da sua glória” Efésios 1.13,14).

As Escrituras ficam totalmente em silêncio no sentido de falar da ressurreição do corpo do incrédulo. Não se sabe o propósito de ignorar os ímpios nesse sentido. Até mesmo na história do rico e Lázaro, o ímpio, no caso, o rico, seu nome não é mencionado, por quê será que acontece isso?



A ressurreição para a vida é chamada de Primeira Ressurreição. A ressurreição que é para a morte, é chamada de Segunda Ressurreição (“E muitos dos que dormem no pó da terra ressuscitarão, uns para a vida eterna e outros para vergonha e desprezo eterno” Daniel 12.2; “Não vos maravilheis disso, porque vem a hora em que todos os que estão nos sepulcros ouvirão a sua voz. E os que fizeram o bem sairão para a ressurreição da vida; e os que fizeram o mal, para a ressurreição da condenação” João 5.28-29).

Portanto, duas ressurreições estão no futuro: a primeira para a vida e a segunda para o juízo (“Não vos maravilheis disso, porque vem a hora em que todos os que estão nos sepulcros ouvirão a sua voz. E os que fizeram o bem sairão para a ressurreição da vida; e os que fizeram o mal, para a ressurreição da condenação” João 5.28,29; “Porque, assim como todos morrem em Adão, assim também todos serão vivificados em Cristo. Mas cada um por sua ordem: Cristo, as primícias; depois, os que são de Cristo, na sua vinda” 1Coríntios 15.22,23; “Porque, se cremos que Jesus morreu e ressuscitou, assim também aos que em Jesus dormem Deus os tornará a trazer com ele. Dizemo-vos, pois, isto pela palavra do Senhor: que nós, os que ficarmos vivos para a vinda do Senhor, não precederemos os que dormem. Porque o mesmo Senhor descerá do céu com alarido, e com voz de arcanjo, e com a trombeta de Deus; e os que morreram em Cristo ressuscitarão primeiro; depois, nós, os que ficarmos vivos, seremos arrebatados juntamente com eles nas nuvens, a encontrar o Senhor nos ares, e assim estaremos sempre com o Senhor” 1Tessalonicenses 4.14-17; “E vi tronos; e assentaram-se sobre eles aqueles a quem foi dado o poder de julgar. E vi as almas daqueles que foram degolados pelo testemunho de Jesus e pela palavra de Deus, e que não adoraram a besta nem a sua imagem, e não receberam o sinal na testa nem na mão; e viveram e reinaram com Cristo durante mil anos. Mas os outros mortos não reviveram, até que os mil anos se acabaram. Esta é a primeira ressurreição. Bem-aventurado e santo aquele que tem parte na primeira ressurreição; sobre estes não tem poder a segunda morte, mas serão sacerdotes de Deus e de Cristo e reinarão com ele mil anos” Apocalipse 20.4-6; “E vi um grande trono branco e o que estava assentado sobre ele, de cuja presença fugiu a terra e o céu, e não se achou lugar para eles. E vi os mortos, grandes e pequenos, que estavam diante do trono, e abriram-se os livros. E abriu-se outro livro, que é o da vida. E os mortos foram julgados pelas coisas que estavam escritas nos livros, segundo as suas obras. E deu o mar os mortos que nele havia; e a morte e o inferno [Gr. Hades] deram os mortos que neles havia; e foram julgados cada um segundo as suas obras” Apocalipse 20.11-13) e estas estão separadas por um período de mil anos.

A primeira ressurreição, para a vida, deverá acontecer na Segunda Vinda de Cristo, no arrebatamento (“Mas cada um por sua ordem: Cristo, as primícias; depois, os que são de Cristo, na sua vinda” 1Coríntios 15.23; “Porque o mesmo Senhor descerá do céu com alarido, e com voz de arcanjo, e com a trombeta de Deus; e os que morreram em Cristo ressuscitarão primeiro; depois, nós, os que ficarmos vivos, seremos arrebatados juntamente com eles nas nuvens, a encontrar o Senhor nos ares, e assim estaremos sempre com o Senhor” 1Tessalonicenses 4.16,17), sendo que os mártires da tribulação deverão ser ressuscitados no final da tribulação quando Cristo retornar a esta terra para inaugurar o milênio, o Seu Reino. Juntamente com eles, os santos do Velho Testamento deverão ser ressuscitados aqui.

Depois de mil anos haverá a ressurreição para o julgamento, o que nas Escrituras é comumente chamada de Segunda Ressurreição (“E os que fizeram o bem sairão para a ressurreição da vida; e os que fizeram o mal, para a ressurreição da condenação” João 5.29).


OS TIPOS DE RESSURREIÇÃO


Temos nas Escrituras a menção de dois tipos de ressurreição: a ressurreição para a vida, que também é chamada de primeira ressurreição (os salvos em Cristo) e a ressurreição para o juízo, também chamada de segunda ressurreição (os incrédulos).



Várias passagens nos são dadas para comprovar a ressurreição para a vida, ou a chamada primeira ressurreição:
“Mas, quando fizeres convite, chama os pobres, aleijados, mancos e cegos e serás bem-aventurado; porque eles não têm com que to recompensar; mas recompensado serás na ressurreição dos justos” (Lucas 14.13,14);
“Para conhecê-lo, e a virtude da sua ressurreição, e a comunicação de suas aflições, sendo feito conforme a sua morte; para ver se, de alguma maneira, eu possa chegar à ressurreição dos mortos. Não que já a tenha alcançado ou que seja perfeito; mas prossigo para alcançar aquilo para o que fui também preso {ou alcançado} por Cristo Jesus. Irmãos, quanto a mim, não julgo que o haja alcançado; mas uma coisa faço, e é que, esquecendo-me das coisas que atrás ficam e avançando para as que estão diante de mim, prossigo para o alvo, pelo prêmio da soberana vocação de Deus em Cristo Jesus” (Filipenses 3.10-14);
“As mulheres receberam, pela ressurreição, os seus mortos; uns foram torturados, não aceitando o seu livramento, para alcançarem uma melhor ressurreição” (Hebreus 11.35);
“Não vos maravilheis disso, porque vem a hora em que todos os que estão nos sepulcros ouvirão a sua voz. E os que fizeram o bem sairão para a ressurreição da vida; e os que fizeram o mal, para a ressurreição da condenação” (João 5.28,29);
“Bem-aventurado e santo aquele que tem parte na primeira ressurreição; sobre estes não tem poder a segunda morte, mas serão sacerdotes de Deus e de Cristo e reinarão com ele mil anos” (Apocalipse 20.6).

Para podermos entender um pouco melhor do que vem a ser a primeira ressurreição ou a ressurreição para a vida (“E os que fizeram o bem sairão para a ressurreição da vida; e os que fizeram o mal, para a ressurreição da condenação” João 5.29), precisamos ter em mente que ela é um processo, pois não acontecerá que todos aqueles que são destinados a esta ressurreição, ressuscitem no mesmo instante. Há um pequeno período de tempo entre o processo como um todo. Vejamos: 

Quando da volta de Jesus Cristo, os mortos em Cristo ressuscitarão primeiro, isso dar-se-á antes que ocorra o arrebatamento da Igreja (“Dizemo-vos, pois, isto pela palavra do Senhor: que nós, os que ficarmos vivos para a vinda do Senhor, não precederemos os que dormem. Porque o mesmo Senhor descerá do céu com alarido, e com voz de arcanjo, e com a trombeta de Deus; e os que morreram em Cristo ressuscitarão primeiro” 1Tessalonicenses 4.15,16). Os santos da tribulação deverão ser ressuscitados no final da mesma (“E lançou-o no abismo, e ali o encerrou, e pôs selo sobre ele, para que mais não engane as nações, até que os mil anos se acabem. E depois importa que seja solto por um pouco de tempo. E vi tronos; e assentaram-se sobre eles aqueles a quem foi dado o poder de julgar. E vi as almas daqueles que foram degolados pelo testemunho de Jesus e pela palavra de Deus, e que não adoraram a besta nem a sua imagem, e não receberam o sinal na testa nem na mão; e viveram e reinaram com Cristo durante mil anos. Mas os outros mortos não reviveram, até que os mil anos se acabaram. Esta é a primeira ressurreição” Apocalipse 20.3-5).
Os santos do Velho Testamento também deverão ser ressuscitados no final da tribulação (“E muitos dos que dormem no pó da terra ressuscitarão, uns para a vida eterna e outros para vergonha e desprezo eterno” Daniel 12.2; “Os teus mortos viverão, os teus mortos ressuscitarão; despertai e exultai, vós que habitais no pó, porque o teu orvalho, ó Deus, será como o orvalho das ervas, e a terra lançará de si os mortos” Isaías 26.19). Portanto, os santos da tribulação e do Velho Testamento somente deverão ser ressuscitados depois da Segunda Vinda de Cristo a esta terra.

Cada um destes estágios descrito acima faz parte da primeira ressurreição, a ressurreição para a vida, pois todos os envolvidos recebem a vida eterna. Isso significa que não importa a ocasião, ou o tempo que estes venham a participar da ressurreição, todos são partes do processo e todos recebem a bem-aventurança eterna.

Alguns esclarecimentos maiores sobre os santos do Velho Testamento: João Batista nos ajuda em muito neste caso, vejamos: “Aquele que tem a esposa é o esposo; mas o amigo {Gr. filho} do esposo, que lhe assiste e o ouve, alegra-se muito com a voz do esposo. Assim, pois, já essa minha alegria está cumprida.” (João 3.29). A noiva é a Igreja, o noivo é Jesus Cristo e o amigo do noivo são os santos do Velho Testamento (todos aqueles que morreram desde Adão até o Pentecostes). Dois dos principais versículos do Velho Testamento sobre ressurreição ensinam que fica mais harmonioso eles ressuscitarem no final da tribulação, juntamente com os mártires da tribulação (“SENHOR, no aperto, te visitaram; vindo sobre eles a tua correção, derramaram a sua oração secreta. Como a mulher grávida, quando está próxima a sua hora, tem dores de parto e dá gritos nas suas dores, assim fomos nós por causa da tua face, ó SENHOR! Bem concebemos nós e tivemos dores de parto, mas isso não foi senão vento; livramento não trouxemos à terra, nem caíram os moradores do mundo. Os teus mortos viverão, os teus mortos ressuscitarão; despertai e exultai, vós que habitais no pó, porque o teu orvalho, ó Deus, será como o orvalho das ervas, e a terra lançará de si os mortos. Vai, pois, povo meu, entra nos teus quartos e fecha as tuas portas sobre ti; esconde-te só por um momento, até que passe a ira. Porque eis que o SENHOR sairá do seu lugar para castigar os moradores da terra, por causa da sua iniqüidade; e a terra descobrirá o seu sangue e não encobrirá mais aqueles que foram mortos” Is 26.16-21; “E, naquele tempo, se levantará Miguel, o grande príncipe, que se levanta pelos filhos do teu povo, e haverá um tempo de angústia, qual nunca houve, desde que houve nação até àquele tempo; mas, naquele tempo, livrar-se-á o teu povo, todo aquele que se achar escrito no livro. E muitos dos que dormem no pó da terra ressuscitarão, uns para a vida eterna e outros para vergonha e desprezo eterno. Os sábios, pois, resplandecerão como o resplendor do firmamento; e os que a muitos ensinam a justiça refulgirão como as estrelas, sempre e eternamente” Daniel 12.1-3).



Esta é a chamada segunda ressurreição, a parte da ressurreição que trata de incrédulos (“E os que fizeram o bem sairão para a ressurreição da vida; e os que fizeram o mal, para a ressurreição da condenação” João 5.29; “Mas os outros mortos não reviveram, até que os mil anos se acabaram. Esta é a primeira ressurreição... E vi um grande trono branco e o que estava assentado sobre ele, de cuja presença fugiu a terra e o céu, e não se achou lugar para eles. E vi os mortos, grandes e pequenos, que estavam diante do trono, e abriram-se os livros. E abriu-se outro livro, que é o da vida. E os mortos foram julgados pelas coisas que estavam escritas nos livros, segundo as suas obras. E deu o mar os mortos que nele havia; e a morte e o inferno [Gr. Hades] deram os mortos que neles havia; e foram julgados cada um segundo as suas obras” Apocalipse 20.5,11-13).

A ocasião desta ressurreição dar-se-á mil anos após ter sido completada a primeira ressurreição, ou logo após o chamado Reino Milenar de Cristo nesta terra. Concluímos isso da declaração feita por João de que “mas os outros mortos não reviveram, até que os mil anos se acabaram” (Apocalipse 20.5).

Ainda temos mais esclarecimentos em Apocalipse 20.11,12, onde percebemos que os “mortos” são aqueles que são mortos espiritualmente, aqueles que não aceitaram a o Senhor Jesus Cristo como Único e suficiente Senhor e Salvador pessoal de suas vidas. Estes são todos os mortos ímpios, os incrédulos desde o começo da história da humanidade até o fim dos tempos. São aqueles que foram deixados, aqueles que não participaram da primeira ressurreição, nem um sequer irá escapar.

Estes são aqueles que irão receber a ressurreição do juízo ou a condenação eterna, “banidos da face do Senhor” (2Tessalonicenses 1.9). São vivificados para participar do julgamento eterno. “Não é a cronologia que determina quem participa da segunda ressurreição, mas sim o destino do ressurrecto”.[4]

A cena descrita em Apocalipse é celestial. Um trono é estabelecido no céu. Jesus Cristo é o Juiz (“E também o Pai a ninguém julga, mas deu ao Filho todo o juízo “ João 5.22). Todos os mortos de todos os tempos comparecem perante o Juiz, não importa sua raça, sua idade, seu status social, pois entendemos que Deus não faz acepção de pessoas e isso principalmente em duas áreas: salvação e condenação. Estes receberão graus de castigo (“E o servo que soube a vontade do seu senhor e não se aprontou, nem fez conforme a sua vontade, será castigado com muitos açoites. Mas o que a não soube e fez coisas dignas de açoites com poucos açoites será castigado. E a qualquer que muito for dado, muito se lhe pedirá, e ao que muito se lhe confiou, muito mais se lhe pedirá” Lucas 12.47,48) e todos serão julgados conforme as suas obras.

É chamada de segunda morte, porque já passaram pela morte física e agora estarão passando para a segunda morte, a eterna separação de Cristo.

Esta segunda morte não é o aniquilamento das almas dessas pessoas de forma alguma. Como provamos isso? Muito fácil. Note que mesmo depois de mil anos, o anticristo e o falso profeta ainda estão lá no lago de fogo para onde serão mandados todos os incrédulos e a existência deles é dita de forma pessoal. Portanto, não existe o tal de aniquilamento (Apocalipse 20.10), pois a Palavra de Deus é enfática: “e de dia e de noite serão atormentados para todo o sempre”.
FONTES DE PESQUISA
http://escoladominical.assembleia.org.br/licao-5-o-arrebatamento-da-igreja/https://www.gotquestions.org/Portugues/glorificacao.html
http://solascriptura-tt.org/EscatologiaEDispensacoes/RessurreicaoEsperancaGloriosa-CleversonFaria.htm

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