Lição 09 - Abram Novas Janelas
"E o que estava assentado sobre o trono disse: Eis que faço novas todas as coisas" Apocalipse 21.5a
Texto Bíblico Básico: Levítico 19.17,18; Eclesiastes 4.1-4; Provérbios 21.9,19; Provérbios 16.18,19
JANELAS QUE PRECISAM SER FECHADAS EM NOSSA VIDA
A JANELA DA MURMURAÇÃO
Em boa parte da bíblia a murmuração é tratada como sendo mais que uma justa reclamação, e sim como um protesto da rebeldia, do egoísmo, da ingratidão e da difamação. Ou seja, é tratada como pecado.
O texto de Números 14:1-3 relata um dos momentos em que os israelitas murmurarem contra Deus, sendo Ele clemente e amoroso, e contra Moisés que fora designado para conduzir Israel pelo caminho que Ele mesmo dirigiu (Nm 14:14 cf. Êx 13:21, Ne 9:12). O povo de Israel murmurou frequentemente ao longo da sua peregrinação no deserto, e toda uma geração foi destruída por causa disso (1 Co 10:10-11).
Infelizmente, muitos são murmuradores, se queixam o tempo todo e por todo motivo, no contexto da sociedade, da profissão, da família e da igreja. Nada lhes satisfazem, já não conseguem reconhecer as benesses de Deus nesses contextos e serem sinceramente gratos. Para esses, ser grato é ser passivo ou omisso, e enchem seus corações de amargura e seus lábios de injustiça.
Murmuradores são insaciáveis, porque suas expectativas são irreais e infantis. Veio João Batista, que não comia nem bebia, e disseram: “Tem demônio!”. Veio o Filho do homem, que comia e bebia, e disseram: “Eis aí um glutão e bebedor de vinho, amigo de publicanos e pecadores” (Mt 11:18-19). O tom geral dessa conduta do coração e do relacionamento, se resume no fato de, se não atender as falsas expectativas que criam, se não estiver de acordo com seus interesses infantis, murmuram. Não nos enganemos: a murmuração é pecado e, portanto, passivo da disciplina do Senhor.
A Bíblia diz: “Fazei tudo sem murmurações nem contendas, para que vos torneis irrepreensíveis e sinceros, filhos de Deus inculpáveis no meio de uma geração pervertida e corrupta, na qual resplandeceis como luzeiros no mundo...” (Fl 2:14-15).
Infelizmente, a murmuração, na qualidade de uma persistente reclamação, é um dos pecados mais comuns em nosso meio. Ninguém deveria tolerar o murmurador e suas reinvindicações porque a murmuração é pecado. Também, porque ela aborrece a paz e a tranquilidade com a rixa e o pessimismo (Pv 21:9).
Murmuradores são descontentes eufóricos. Grande parte dos nossos interesses jamais serão atendidos porque somos pecadores (Tg 4:1-3). Também, porque interpretamos mal a experiência da vida. Julgamos que o que dá prazer é sempre bom, e não admitimos que o desprazer de determinadas experiências seja eficazmente útil para tratar as nossas falsas expectativas e interesses egoístas (Hb 12:11; Tg 2:1-4). Por isso, o descontentamento gera a murmuração. Os cristãos são ensinados a se contentarem com as suas necessidades (1 Tm 6:7-8; Hb 13:5); porém o descontente, tendo suas necessidades mais fundamentais supridas, murmura, porque tudo tem de ser conforme os seus interesses ou modo de pensar. Também, o descontentamento gera o descaso com a palavra de Deus: “desprezaram a terra aprazível e não deram crédito à sua palavra; antes, murmuraram em suas tendas e não acudiram à voz do Senhor” (Sl 106:24-25). Murmuradores podem ter tudo, mas agem como se nada tivessem. Porém, os que dão crédito à palavra de Deus experimentam o contentamento por confiarem no Senhor.
A bíblica diz: “De fato, grande fonte de lucro é a piedade com o contentamento. Porque nada temos trazido para o mundo, nem coisa alguma podemos levar dele. Tendo sustento e com que nos vestir, estejamos contentes. Ora, os que querem ficar ricos caem em tentação, e cilada, e em muitas concupiscências insensatas e perniciosas, as quais afogam os homens na ruína e perdição. Porque o amor do dinheiro é raiz de todos os males; e alguns, nessa cobiça, se desviaram da fé e a si mesmos se atormentaram com muitas dores. Tu, porém, ó homem de Deus, foge destas coisas; antes, segue a justiça, a piedade, a fé, o amor, a constância, a mansidão” (1 Tm 6:6-11).
Murmuradores são caluniadores discretos. A palavra grega que traduz “murmuração” tem o sentido de murmúrio, resmungação, palavras desagradáveis ditas em voz baixa. O murmurador é aquele que, discretamente, espalha seus descontentamentos sobre determinadas pessoas e, com essa conduta, provocam dissensões. Geralmente agem assim pela firme certeza que estão mais certos do que os demais. Leia este relato:“Falaram Miriã e Arão contra Moisés,... E disseram: Porventura, tem falado o Senhor somente por Moisés? Não tem falado também por nós? O Senhor o ouviu… E a ira do Senhor contra eles se acendeu; e retirou-se” (Nm 12:1-2, 9).
As queixas dos murmuradores expressam, também, sua imensa inquietação com o crescimento dos outros. Se queixam da sua realidade e dos outros, pois são frustrados com as suas próprias experiências pessoais nos contextos da sociedade, ou da profissão, ou da família ou da igreja. São infelizes e amargurados consigo mesmos.
A bíblica ensina substituir a murmuração pela ação de graças (1 Ts 5:18), porque somente a gratidão pode vencer o descontentamento do coração. Reconhecer as virtudes mais que os defeitos, as oportunidades mais que as dificuldades, o que já tem mais do que poderia ter, o que os outros fazem pelo nosso bem mais que aquilo que deixam de fazer e etc, dá a vida pessoal maior significado e felicidade pelos efeitos da gratidão (Fl 4:11-13; 1 Tm 4:4).
Que em nossos corações haja mais gratidão que ingratidão, haja mais contentamento que a perturbadora insatisfação por confiarmos no Senhor as nossas vidas com tudo o que ela necessita.
O pessimista é aquela pessoa que tem uma forte tendência de olhar para as situações e considerar tudo como um mal. O pessimista costuma sempre focar no lado negativo das coisas ou, se aquilo não tem um lado negativo, ele inventa um lado negativo para ficar mais confortável em seus julgamentos. O pessimista geralmente tem dificuldades de reconhecer boas coisas, de elogiar pessoas, de dar o “braço a torcer” quando alguém é bem-sucedido em algo ou faz algo com qualidade. Ele sempre acha um defeito para criticar ou inventa um. De certa forma, todos nós em alguns momentos acabamos sendo um pouco (ou muito) pessimistas. Por isso, é muito importante saber as consequências de deixarmos esse comportamento dominar a nossa vida.
A JANELA DO PESSIMISMO
7 consequências de ser uma pessoa pessimista
O pessimista é aquela pessoa que tem uma forte tendência de olhar para as situações e considerar tudo como um mal. O pessimista costuma sempre focar no lado negativo das coisas ou, se aquilo não tem um lado negativo, ele inventa um lado negativo para ficar mais confortável em seus julgamentos. O pessimista geralmente tem dificuldades de reconhecer boas coisas, de elogiar pessoas, de dar o “braço a torcer” quando alguém é bem-sucedido em algo ou faz algo com qualidade. Ele sempre acha um defeito para criticar ou inventa um. De certa forma, todos nós em alguns momentos acabamos sendo um pouco (ou muito) pessimistas. Por isso, é muito importante saber as consequências de deixarmos esse comportamento dominar a nossa vida.
1-) Desespero
Moisés havia enviado doze espiões para observar a terra de Canaã, que Deus havia prometido dar ao Seu povo (Números 13). Após chegarem da tarefa, dez dos espiões trouxeram um relatório extremamente pessimista, ao passo que dois deles foram extremamente otimistas, pois criam em Deus. O que aconteceu após a leitura desse relatório foi isso: “Então, naquela noite, todo o povo gritou e chorou” (Números 14:1). Pessimistas são tragados pelo seu próprio pessimismo, pois não conseguem olhar além da “nuvem escura” que eles mesmos criam diante das situações. O povo de Israel se desesperou, sendo contaminado por um pessimismo destrutivo que não considerou a ação do Deus que os protegia até aquele momento. A consequência foi um desespero gigantesco que estourou em gritos e choro e não em racionalmente resolverem a situação que estava diante deles.
2-) Murmuração
Seguido do desespero, o resultado mais comum que aparece na vida dos pessimistas é a murmuração, que é, no contexto bíblico, uma atitude de ingratidão e falta de fé em Deus. Pessimistas adoram reclamar! Após uma noite em desespero, aquele povo poderia seguir o caminho dos otimistas, buscando a Deus e orando pela vitória contra os inimigos, porém, eles fizeram o seguinte: “Todos os filhos de Israel murmuraram contra Moisés e contra Arão” (Números 14:2). Ao invés de clamar o pessimista prefere reclamar, murmurar. Murmuração geralmente não resolve problemas. Por isso, o pessimista cria um círculo vicioso de más consequências por causa de seu comportamento.
3-) Ingratidão
O povo que agora cultiva o pessimismo em seu coração, pouco tempo atrás clamava a Deus para que Ele os libertasse da dura escravidão. Deus os libertou, fez grandiosos feitos, os alimentou no deserto, os protegeu do sol e do frio. Mas pessimistas não conseguem ver e reconhecer as coisas boas, antes, guardam no coração a ingratidão. Veja como o povo pessimista agiu: “E por que nos traz o SENHOR a esta terra, para cairmos à espada e para que nossas mulheres e nossas crianças sejam por presa? Não nos seria melhor voltarmos para o Egito?” (Números 14:3). Nada do que receberam de bênçãos das mãos de Deus valeu para eles. Pessimistas exalam ingratidão por causa do seu olhar negativo para tudo que ocorre. Eles têm memória curta, não costumam lembrar-se de benefícios recebidos, por isso, são ingratos.
4-) Apostasia
Apostasia é quando uma pessoa abandona a sua fé. Quando lemos as narrativas do livro de Êxodo vemos o povo vibrando quando Deus enviou grandiosas pragas ao Egito, quando abriu o Mar Vermelho, quando deu água e alimento a eles no meio do deserto, quando fez promessas de dar-lhes uma boa terra por herança, etc. Mas quando chegaram as primeiras provações o povo logo se esqueceu de tudo e cogitou abandonar a fé e voltar a escravidão: “E diziam uns aos outros: Levantemos um capitão e voltemos para o Egito” (Números 14:4). Os pessimistas não suportam a provação. Eles querem viver uma vida de moleza e estão prontos a buscar essa “vida” em qualquer coisa que lhes dê isso, mesmo que seja na escravidão ou em outros deuses. Voltar ao Egito significava que o povo queria romper a aliança que havia feito com Deus, queria abandoná-lo, rejeitá-lo, como se Deus não fosse nada e a aliança feita não tivesse validade.
5-) Fraqueza
A visão dos dez espiões pessimistas demonstra como o coração dos pessimistas é fraco. Apesar de verem o poder de Deus e terem ouvido e visto as promessas do Senhor com manifestações de grande poder, eles mesmos declaram: “Porém os homens que com ele tinham subido disseram: Não poderemos subir contra aquele povo, porque é mais forte do que nós” (Números 13:31). Os pessimistas enfraquecem suas próprias forças porque criam ansiedade e estresse desnecessários a si mesmos. Não estão dispostos a lutar, por isso, qualquer obstáculo parece grande demais para eles.
6-) Baixa autoestima
O pessimismo leva as pessoas ladeira abaixo. Isso porque gera sentimentos de inferioridade e fraqueza, que por sua vez, geram uma baixa autoestima extremamente prejudicial. Os dez espiões pessimistas se enxergaram como insetos perto dos habitantes da terra prometida: “e éramos, aos nossos próprios olhos, como gafanhotos e assim também o éramos aos seus olhos” (Números 13:33). O pessimista quando está em paz costuma cultivar o orgulho, mas havendo provações duras, costuma ter baixa autoestima, ainda que tente escondê-la.
7-) Visão distorcida da realidade
A baixa autoestima gerada pelo pessimismo do povo israelita foi tão forte que fez com que eles tivessem uma visão distorcida dos fatos. Além de enxergarem-se com uma visão distorcida, também inventam que o povo inimigo os via como insetos: “e assim também o éramos aos seus olhos” (Números 13:33). Quando eles se enxergam como insetos perto do outro povo, veem algo distorcido, pois mesmo sendo escravos no Egito, Deus havia ido ao socorro deles. Por que Deus os abandonaria agora? A distorção que o pessimismo causa é extremamente prejudicial.
Agora que você conhece algumas das consequências de cultivar o pessimismo, será que vale à pena cultivá-lo em sua vida? Os espiões otimistas, que viram as mesmas coisas que os pessimistas, foram os únicos que entraram na terra prometida: “não entrareis na terra a respeito da qual jurei que vos faria habitar nela, salvo Calebe, filho de Jefoné, e Josué, filho de Num” (Números 14:30). O otimismo é muito mais rentável que o pessimismo. A escolha é de cada um!
O QUE A BÍBLIA DIZ SOBRE O MEDO
A Bíblia tem muito a dizer sobre o medo. Na verdade, ela menciona dois tipos de medo. O primeiro tipo é benéfico e deve ser encorajado. O segundo tipo é um detrimento e não só deve ser desencorajado, como também superado. O primeiro tipo de medo é o temor de Deus. Esse tipo de medo não é necessariamente um medo que significa ter medo de algo. Ao invés disso, é um temor respeitoso de Deus; uma reverência pelo Seu poder e glória. Esse tipo de medo também é um respeito adequado à Sua ira. Em outras palavras, é um reconhecimento total de tudo que Deus é através de um conhecimento mais profundo dEle e dos Seus atributos.
Temor de Deus traz consigo muitas bençãos e benefícios. Salmo 111:10 diz: “O temor do Senhor é o princípio da sabedoria; têm bom entendimento todos os que cumprem os seus preceitos; o seu louvor subsiste para sempre”. Provérbios 1:7 diz: “O temor do Senhor é o princípio do conhecimento; mas os insensatos desprezam a sabedoria e a instrução”. Portanto, podemos ver como tanto a sabedoria quanto o conhecimento começam com o temor a Deus.
Além disso, Provérbios 19:23 diz: “O temor do Senhor encaminha para a vida; aquele que o tem ficará satisfeito, e mal nenhum o visitará”. Novamente em Provérbios 14:27: “O temor do Senhor é uma fonte de vida, para o homem se desviar dos laços da morte”. Provérbios 14:26 afirma: “No temor do Senhor há firme confiança; e os seus filhos terão um lugar de refúgio”. Nesses versículos podemos ver que o temor de Deus fornece vida, segurança aos filhos, proteção do maligno, confiança e satisfação.
Desses versículos podemos ver como o temor de Deus deve ser encorajado. No entanto, o segundo tipo de medo mencionado na Bíblia não é bom e deve ser desencorajado e superado. Esse é o “espírito de medo” mencionado em 2 Timóteo 1:7, onde diz: “Porque Deus não nos deu o espírito de covardia, mas de poder, de amor e de moderação”. Podemos ver desde o início que esse tipo de medo não vem de Deus.
No entanto, às vezes estamos com medo, às vezes esse “espírito de medo” vem sobre nós, e para ter vitória sobre esse sentimento, precisamos confiar e amar a Deus completamente. Primeiro João 4:18 nos diz: “No amor não há medo antes o perfeito amor lança fora o medo; porque o medo envolve castigo; e quem tem medo não está aperfeiçoado no amor”. No entanto, ninguém é perfeito, e Deus sabe disso. Por isso Ele espalhou encorajamento contra o medo por toda a Bíblia. Começando com o livro de Gênesis e continuando até o livro de Apocalipse, Deus nos diz para não temer.
Por exemplo, Isaías 41:10 nos encoraja: “não temas, porque eu sou contigo; não te assombres, porque eu sou teu Deus; eu te fortaleço, e te ajudo, e te sustento com a destra da minha justiça”. Novamente em Daniel 10:12, o anjo do Senhor encoraja a Daniel: “Então me disse: Não temas, Daniel; porque desde o primeiro dia em que aplicaste o teu coração a compreender e a humilhar-te perante o teu Deus, são ouvidas as tuas palavras, e por causa das tuas palavras eu vim”. Jesus disse no Novo Testamento: “Não temais, pois; mais valeis vós do que muitos passarinhos” (Mateus 10:31). Esses versículos se referem a muitos tipos diferentes de medo. Deus nos diz para não ter medo de ficarmos sozinhos, de sermos muito fracos, de ninguém nos escutar, e para não temer por nossas necessidades físicas. Essas admoestações estão presentes por toda a Bíblia e se referem aos vários aspectos do “espírito de medo”.
No entanto, esses “não temais” dependem da nossa habilidade de colocar nossa confiança e fé no Senhor. Em Salmo 56:11, o salmista escreve: “em Deus ponho a minha confiança, e não terei medo; que me pode fazer o homem?” Esse é um testemunho maravilhoso do poder da confiança em Deus. O que o salmista está dizendo é que independentemente do que acontecer, ele vai continuar confiando em Deus. O segredo para superar o medo, então, é confiança total e completa em Deus.
Confiar em Deus é uma recusa de se entregar ao medo. É voltar-se a Deus mesmo nos tempos de escuridão e confiar que Ele vai consertar as coisas. Essa confiança vem de conhecer a Deus e saber que Ele é um Deus bom que quer apenas dar aos Seus filhos coisas boas. Assim como Jó disse quando estava passando por alguns dos testes mais difíceis registrados na Bíblia: “Eis que ele me matará; não tenho esperança; contudo defenderei os meus caminhos diante dele” (Jó 13:15).
Quando tivermos aprendido a confiar em Deus, não mais teremos medo das coisas que temos que enfrentar. Seremos como o salmista: “Mas alegrem-se todos os que confiam em ti; exultem eternamente, porquanto tu os defendes; sim, gloriem-se em ti os que amam o teu nome” (Salmo 5:11).
A JANELA DO RANCOR
O rancor é um dos sentimentos mais lembrados quando se fala em doenças psicossomáticas. Veja uma lista de doenças que ele pode ocasionar:
- Doenças cardiovasculares: hipertensão, angina, taquicardia
- Doenças gastrointestinais: gastrite, úlcera, síndrome do intestino irritável
- Doenças respiratórias: asma, bronquite e outras
- Doenças dermatológicas: herpes, urticária, enfisema
- Doenças do sistema nervoso: enxaqueca, vertigens e outras
- Doenças endocrinológicas e metabólicas: obesidade, diabetes
- Doenças das articulações: tendinite, artrite e outras
- Dores e tensões musculares
- Doenças infecciosas
- Doenças autoimunes
- Câncer
- Também pode ocasionar transtornos mentais e comportamentais
Como podemos observar, cultivar o rancor traz inúmeros prejuízos para a saúde do corpo e da mente. Além disso, prejudica nossas relações interpessoais e nos priva de gozar plenamente da vida.Gostaria de acrescentar que guardar mágoa afeta também nossa espiritualidade. No Novo Testamento, vemos Jesus Cristo dando ênfase em deixarmos a mágoa e o orgulho de lado e buscarmos a reconciliação com aqueles que nos ofenderam: "(...) vai reconciliar-te primeiro com teu irmão, e depois vem e apresenta a tua oferta." (Mateus 5:24) Isso significa que é impossível chegarmos a Deus sem antes nos livrarmos do rancor e de outros sentimentos que afetam negativamente nosso relacionamento com o próximo.
Uma famosa frase atribuída a Shakespeare resume os efeitos do rancor: "Guardar ressentimento é como tomar veneno e esperar que a outra pessoa morra."
Uma pessoa rancorosa apresenta uma espécie de paralisia, fica praticamente impossibilitada de progredir. Assim sendo, é imperativo que ela reconheça que tem esse problema, busque meios para se livrar dele e, se necessário, concentre todos os esforços com esse fim.
A JANELA DO ORGULHO
O orgulho é perigoso. A Bíblia diz em Provérbios 16:18: “A soberba precede a destruição, e a altivez do espírito precede a queda.”
A humildade produz honra. A Bíblia diz em Provérbios 29:23: “A soberba do homem o abaterá; mas o humilde de espírito obterá honra.”
Deus é contra os orgulhosos. A Bíblia diz em 1 Pedro 5:5-6: “Semelhantemente vós, os mais moços, sede sujeitos aos mais velhos. E cingi-vos todos de humildade uns para com os outros, porque Deus resiste aos soberbos, mas dá graça aos humildes. Humilhai-vos, pois, debaixo da potente mão de Deus, para que a seu tempo vos exalte.”
O orgulho pode separar-nos de Deus e das outras pessoas. A Bíblia diz em Lucas 18:14: “Digo-vos que este desceu justificado para sua casa, e não aquele; porque todo o que a si mesmo se exaltar será humilhado; mas o que a si mesmo se humilhar será exaltado.”
Uma humildade semelhante à de uma criança é de muito valor no céu. A Bíblia diz em Mateus 18:4: “Portanto, quem se tornar humilde como esta criança, esse é o maior no reino dos céus.” Os orgulhosos serão humilhados. A Bíblia diz em Mateus 23:12: “Qualquer, pois, que a si mesmo se exaltar, será humilhado; e qualquer que a si mesmo se humilhar, será exaltado.” Os que são orgulhosos podem cair. A Bíblia diz em 1 Coríntios 10:12: “Aquele, pois, que pensa estar em pé, olhe não caia.”
A vontade de Deus para nossa vida está sintetizada no seguinte texto bíblico: “Ele te declarou, ó homem, o que é bom e que é o que o SENHOR pede de ti: que pratiques a justiça, e ames a misericórdia, e andes humildemente com o teu Deus” (Miquéias 6:8). Praticar a justiça significa ser justo com as outras pessoas, em uma dimensão ética e relacional. Amar a misericórdia é ter satisfação em ser misericordioso. Andar humildemente com Deus é ter uma atitude de humilde sabedoria em resposta ao Senhor. Os dois princípios iniciais estão ligados ao relacionamento horizontal, de ser humano com ser humano, ao passo que o último lida com a relação vertical entre ser humano e Deus
JANELAS ABERTAS A NOVOS CENÁRIOS
PERDÃO
O Que Significa Perdoar?
José tinha apenas dezessete anos quando seus irmãos, friamente, venderam-no para a escravidão. Separado de sua família e do seu país, ele atingiu a posição de supervisor da casa de Potifar, seu senhor egípcio. Mas o desastre atingiu-o novamente. Ele recusou os avanços sexuais da esposa de Potifar e ela acusou-o falsamente de assediá-la. Ele foi posto na prisão, onde, mais uma vez, o Senhor estava com ele e se tornou o supervisor dos outros prisioneiros. José permaneceu nessa prisão pelo menos durante dois anos (Gênesis 37; 39).
Faraó, rei do Egito, teve um sonho e desejava sua interpretação. José foi capaz, pelo poder de Deus, de interpretar o sonho de Faraó e foi exaltado a uma posição de poder próxima à do próprio Faraó. Este fê-lo encarregado da armazenagem e da distribuição dos cereais em toda a terra do Egito. Foi depois disto que os irmãos de José vieram ao Egito para comprar cereais. Estava dentro do poder de José tomar vingança contra aqueles que tinham pecado contra ele tantos anos atrás. Contudo, a Bíblia nos conta que José experimentou seus irmãos e, tendo visto o arrependimento deles, recebeu-os com lágrimas e afeto (Gênesis 45:1-15). Ele os tinha perdoado por seu pecado. Muitas pessoas não perdoariam, como José o fez. Não é fácil, freqüentemente, perdoar, e quanto maior a intimidade que temos com aquele que peca contra nós, mais difícil é perdoá-lo. As Escrituras nos ensinam, contudo, que a má vontade em perdoar os outros nos retira o perdão divino. Jesus ensinou: "Porque, se perdoardes aos homens as suas ofensas, também vosso Pai celeste vos perdoará; se, porém, não perdoardes aos homens as suas ofensas, tampouco vosso Pai vos perdoará as vossas ofensas" (Mateus 6:14-15). Desde que todos os indivíduos responsáveis diante de Deus necessitam de perdão, é portanto indispensável que entendamos e pratiquemos o perdão.
A palavra grega traduzida como "perdoar" significa literalmente cancelar ou remir. Significa a liberação ou cancelamento de uma obrigação e foi algumas vezes usada no sentido de perdoar um débito financeiro. Para entendermos o significado desta palavra dentro do conceito bíblico de perdão, precisamos entender que o pecador é um devedor espiritual. Até Jesus usou esta linguagem figurativa quando ensinou aos discípulos como orar: "e perdoa-nos as nossas dívidas, assim como nós temos perdoado aos nossos devedores" (Mateus 6:12). Uma pessoa se torna devedora quando transgride a lei de Deus (1 João 3:4). Cada pessoa que peca precisa suportar a culpa de sua própria transgressão (Ezequiel 18:4,20) e o justo castigo do pecado resultante (Romanos 6:23). Ele ocupa a posição de pecador aos olhos de Deus e perde sua comunhão com Deus (Isaías 59:1-2; 1 João 1:5-7). A boa nova do evangelho é que Jesus pagou o preço por nossos pecados com sua morte na cruz. Quando aceitamos o convite para a salvação através de nossa obediência aos mandamentos de Deus, ele aceita a morte de Jesus como o pagamento de nossos pecados e nos livra da culpa por nossas transgressões. Não ficamos mais na posição de infratores da lei ou devedores diante de Deus. Somos perdoados!
O perdão, então, é um ato no qual o ofendido livra o ofensor do pecado, liberta-o da culpa pelo pecado. Este é o sentido pelo qual Deus “esquece” quando perdoa (Hebreus 8:12). Não que a memória de Deus seja fraca. Por exemplo, Deus lembrou-se do pecado de Davi a respeito de Bate-Seba e Urias muito tempo depois que Davi tinha sido perdoado (2 Samuel 12:13; 1 Reis 15:5). Ele liberta a pessoa perdoada da dívida do seu pecado, isto é, cessa de imputar a culpa desse pecado à pessoa perdoada (veja Romanos 4:7-8).
É importante entender que o perdão de Deus é condicional. Deus perdoa livremente no sentido que ele não exige a morte do pecador que responde a seu convite de salvação, permitindo que a morte de Jesus pague a pena por seus pecados. Contudo, Deus exige fé, arrependimento, confissão de fé e batismo como condições para o perdão do pecador estranho (Marcos 16:16; Atos 2:37-38; 8:35-38; Romanos 10:9-10). O perdão é também condicional para o cristão que peca. O arrependimento, a mudança de pensamento, precisam ocorrer antes que o perdão divino seja estendido (Atos 8:22). Deus nos chama a perdoar assim como ele perdoa. Quando alguém peca contra mim, ele se torna um transgressor da lei de Cristo. Eu o considero um pecador. Se ele se arrepende e pede para ser perdoado, eu tenho que perdoá-lo, isto é, libertá-lo de sua culpa como transgressor. Quando eu o perdoo, não o considero mais um pecador. Posso não ser literalmente capaz de esquecer o pecado que ele cometeu mais do que Deus literalmente "esquece" nossos pecados, mas preciso deixar de atribuir a ele a culpa pelo seu pecado. Deste modo, eu o liberto de sua "dívida" ”E se o pecador não se arrepender? Tenho que perdoar aquele que peca contra mim, mas não se arrepende? Talvez esta pergunta seja melhor respondida pelas palavras de Jesus: "Acautelai-vos. Se teu irmão pecar contra ti, repreende-o; se ele se arrepender, perdoa-lhe. Se, por sete vezes no dia, pecar contra ti e, sete vezes, vier ter contigo, dizendo: Estou arrependido, perdoa-lhe" (Lucas 17:3-4). Jesus indicou que o perdão deveria ser estendido quando o pecador se arrepende e confessa seu pecado. Precisamos também lembrar que Deus sempre exige arrependimento como condição de divino perdão. Deus não exige de nós o que ele mesmo não está querendo fazer.
De fato, se libertamos o pecador de sua culpa sem arrependimento, encorajamo-lo a continuar em seus modos destruidores. O perdão não é a desculpa pelo pecado. Algumas pessoas "esquecem," isto é, ignoram os pecados cometidos contra elas porque têm medo de enfrentar o pecador. Entretanto a Bíblia é bem explícita sobre o curso da ação a ser seguida quando um irmão peca contra mim (Lucas 17:3; Mateus 18:15-17). O perdão fala de misericórdia, mas não deverá ser confundido com a tolerância e permissão do pecado. O Senhor perdoará ou punirá o pecador, dependendo da reação do pecador ao evangelho, mas ele não tolera a iniquidade.
A Bíblia ensina que o direito de vingança pertence ao Senhor (Romanos 12:17-21). O perdão, contudo, não é simplesmente uma recusa a tirar vingança. Algumas vezes a pessoa ofendida abstém-se de responder ao mal com o mal, mas não está querendo libertar o pecador de sua condição de transgressor mesmo quando o pecador se arrepende.
O perdão não é a remoção das consequências temporais de nosso pecado. O homem que assassina outro pode arrepender-se e procurar o perdão, mas ainda assim sofrerá o castigo temporal da lei humana. Mesmo se perdoado, pode ter que passar o resto de sua vida na prisão. O perdão remove as consequências eternas do pecado!
O pecado danifica as relações entre as pessoas como prejudica nossa relação com nosso Criador. A pessoa contra quem se pecou frequentemente se sente ferida, talvez irada pela injustiça do pecado cometido. O perdão é necessário para a cura espiritual da relação, mas precisamos preparar nossos corações para perdoar. Precisamos aceitar a injustiça do ferimento, a deslealdade do pecado, e ficarmos prontos para perdoar (observe os exemplos de Jesus e Estevão; Lucas 23:34; Atos 7:60). Mesmo se o pecador se recusar a se arrepender, não podemos continuar a nutrir a raiva, ou ela se tornará em ódio e amargura (veja Efésios 4:26-27,31-32). Ainda que o pecador possa manter sua posição como transgressor por causa de sua recusa a se arrepender, seu pecado não deverá dominar meu estado emocional.
E se o pecador se arrepender? Como posso aprender a perdoar? Jesus contou uma parábola sobre um servo que devia uma quantia enorme (10.000 talentos) ao seu rei (Mateus 18:23-35). Ele era incapaz de pagar a dívida e implorou ao rei por compaixão. O rei perdoou-o por sua enorme dívida, mas este servo prontamente saiu e encontrou um dos seus companheiros servos que devia a ele uma quantia relativamente pequena e exigiu pagamento, agarrando-o pelo pescoço. Ainda que o companheiro de servidão implorasse por compaixão, o credor entregou-o à prisão. Quando o rei foi informado dos atos de seu servo incompassivo, irou-se e reprovou este servo, entregando-o aos torturadores até que ele pagasse totalmente sua dívida. É claro que estamos representados na parábola pelo servo que tinha uma dívida enorme. Não há comparação entre as ofensas que temos cometido contra Deus e aquelas que têm sido cometidas contra nós. Jesus observou que, justo como no caso do servo não misericordioso, o Pai não nos perdoará por nossas infraçõe se não perdoarmos nossos companheiros (18:35; veja também Mateus 5:7).
Para nos prepararmos para perdoar, precisamos lembrar que nós mesmos somos pecadores e necessitados do perdão divino (Romanos 3:23). No caso do cristão, Deus já lhe perdoou uma imensa dívida no momento do batismo. Quando nos lembramos da grandeza da dívida que Deus quer nos perdoar, certamente podemos perdoar aqueles que nos devem muito menos em comparação (Efésios 4:32; Colossenses 3:13).
FONTES DE PESQUISA
http://bereianos.blogspot.com.br/2013/10/murmuracao-o-pecado-da-ingratidao.html
https://www.google.com.br/#q=pessimismo+e+a+b%C3%ADblia
https://www.gotquestions.org/Portugues/Biblia-medo.html
https://familia.com.br/8014/12-doencas-causadas-ou-acentuadas-pelo-rancor
http://biblia.com.br/perguntas-biblicas/ensinos-biblicos/o-que-a-biblia-diz-sobre-o-orgulho/
http://www.estudosdabiblia.net/d42.htm
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