Lição 04 - Depressão, Melancolia da Alma
"Aquele que habita no esconderijo do Altíssimo, à sombra do Onipotente descansará" Salmo 91.1
Texto Bíblico Básico: Salmo 42.1-11
O QUE É DEPRESSÃO
A depressão caracteriza-se como uma doença em que
ocorrem desequilíbrios químicos dos chamados neurotransmissores. Essas
substâncias são responsáveis por transportar as informações pela rede de
neurônios de nosso cérebro - incluindo as sensações de prazer, serenidade,
disposição e bem estar. "A depressão irá afetar neurotransmissores como
serotonina, dopamina, noradrenalina e melatonina, que interferem justamente
nesses sentimentos", afirma o psiquiatra Luis Gustavo Brasil, da Clínica
Maia. Esse desequilíbrio químico pode desencadear uma série de respostas e em
diversas funções do organismo, e as consequências são os sintomas que já
conhecemos: tristeza, apatia, falta de motivação, dificuldade de concentração,
pessimismo, insegurança e muitos outros.
Além dos sintomas psicológicos
tão conhecidos da depressão existe um grupo de sensações físicas que também
cursam com a doença. Se não for tratada, a depressão se agrava, causando
sintomas que nem sempre são relacionados à doença. Confira algumas sensações
físicas que podem acompanhar o quadro depressivo e quando buscar ajuda:
SINTOMAS DA DEPRESSÃO
São sintomas de
depressão:
- Humor depressivo ou irritabilidade, ansiedade e angústia
- Desânimo, cansaço fácil, necessidade de maior esforço para fazer as
coisas
- Diminuição ou incapacidade de sentir alegria e prazer em atividades
anteriormente consideradas agradáveis
- Desinteresse, falta de motivação e apatia
- Falta de vontade e indecisão
- Sentimentos de medo, insegurança, desesperança, desespero,
desamparo e vazio
- Pessimismo, ideias frequentes e desproporcionais de culpa, baixa
autoestima, sensação de falta de sentido na vida, inutilidade, ruína,
fracasso, doença ou morte.
- A pessoa pode desejar morrer, planejar uma forma de morrer ou
tentar suicídio
- Interpretação distorcida e negativa da realidade: tudo é visto sob
a ótica depressiva, um tom "cinzento" para si, os outros e o seu
mundo
- Dificuldade de concentração, raciocínio mais lento e esquecimento
- Diminuição do desempenho sexual (pode até manter atividade sexual,
mas sem a conotação prazerosa habitual) e da libido
- Perda ou aumento do apetite e do peso
- Insônia (dificuldade de conciliar o sono, múltiplos despertares ou
sensação de sono muito superficial), despertar matinal precoce (geralmente
duas horas antes do horário habitual) ou, menos frequentemente, aumento do
sono (dorme demais e mesmo assim fica com sono a maior parte do tempo)
- Dores e outros sintomas físicos não justificados por problemas
médicos, como dores de barriga, má digestão, azia, diarreia, constipação,
flatulência, tensão na nuca e nos ombros, dor de cabeça ou no corpo,
sensação de corpo pesado ou de pressão no peito, entre outros.
COMO SE DESENVOLVE A DEPRESSÃO
Na depressão como doença (transtorno depressivo),
nem sempre é possível haver clareza sobre quais acontecimentos da vida levaram
a pessoa a ficar deprimida, diferentemente das reações depressivas normais e
das reações de ajustamento depressivo, nas quais é possível localizar o evento
desencadeador.
As causas de depressão são múltiplas, de maneira
que somadas podem iniciar a doença. Deve-se a questões constitucionais da
pessoa, com fatores genéticos e neuroquímicos (neurotransmissores cerebrais)
somados a fatores ambientais, sociais e psicológicos, como:
Estresse
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Estilo de vida
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Acontecimentos
vitais, tais como crises e separações conjugais, morte na família,
climatério, crise da meia-idade, entre outros.
COMO
SE DIAGNOSTICA A DEPRESSÃO?
Na depressão a
intensidade do sofrimento é intensa, durando a maior parte do dia por pelo
menos duas semanas, nem sempre sendo possível saber porque a pessoa está
assim. O mais importante é saber como a pessoa sente-se, como ela continua
organizando a sua vida (trabalho, cuidados domésticos, cuidados pessoais com
higiene, alimentação, vestuário) e como ela está se relacionando com outras
pessoas, a fim de se diagnosticar a doença e se iniciar um tratamento médico
eficaz.
O
que sente a pessoa deprimida?
Freqüentemente o
indivíduo deprimido sente-se triste e desesperançado, desanimado, abatido ou
" na fossa ", com " baixo-astral ". Muitas pessoas com
depressão, contudo, negam a existência de tais sentimentos, que podem
aparecer de outras maneiras, como por um sentimento de raiva persistente,
ataques de ira ou tentativas constantes de culpar os outros, ou mesmo ainda
com inúmeras dores pelo corpo, sem outras causas médicas que as justifiquem.
Pode ocorrer também uma perda de interesse por atividades que antes eram
capazes de dar prazer à pessoa, como atividades recreativas, passatempos,
encontros sociais e prática de esportes. Tais eventos deixam de ser
agradáveis. Geralmente o sono e a alimentação estão também alterados, podendo
haver diminuição do apetite, ou mesmo o oposto, seu aumento, havendo perda ou
ganho de peso. Em relação ao sono pode ocorrer insônia, com a pessoa tendo
dificuldade para começar a dormir, ou acordando no meio da noite ou mesmo
mais cedo que o seu habitual, não conseguindo voltar a dormir. São comuns
ainda a sensação de diminuição de energia, cansaço e fadiga, injustificáveis
por algum outro problema físico.
Como
é o pensamento da pessoa deprimida?
Pensamentos que
freqüentemente ocorrem com as pessoas deprimidas são os de se sentirem sem
valor, culpando-se em demasia, sentindo-se fracassadas até por acontecimentos
do passado. Muitas vezes questões comuns do dia-a-dia deixam os indivíduos
com tais pensamentos. Muitas pessoas podem ter ainda dificuldade em pensar,
sentindo-se com falhas para concentrar-se ou para tomar decisões antes
corriqueiras, sentindo-se incapazes de tomá-las ou exagerando os efeitos
"catastróficos" de suas possíveis decisões erradas.
Pensamentos de
morte ou tentativas de suicídio
Freqüentemente a
pessoa pode pensar muito em morte, em outras pessoas que já morreram, ou na
sua própria morte. Muitas vezes há um desejo suicida, às vezes com tentativas
de se matar, achando ser esta a " única saída " ou para " se
livrar " do sofrimento, sentimentos estes provocados pela própria
depressão, que fazem a pessoa culpar-se, sentir-se inútil ou um peso para os
outros. Esse aspecto faz com que a depressão seja uma das principais causas
de suicídio, principalmente em pessoas deprimidas que vivem solitariamente. É
bom lembrar que a própria tendência a isolar-se é uma conseqüência da
depressão, a qual gera um ciclo vicioso depressivo que resulta na perda da
esperança em melhorar naquelas pessoas que não iniciam um tratamento médico
adequado. Sentimentos que
afetam a vida diária e os relacionamentos pessoais
Freqüentemente a
depressão pode afetar o dia-a-dia da pessoa. Muitas vezes é difícil iniciar o
dia, pelo desânimo e pela tristeza ao acordar. Assim, cuidar das tarefas
habituais pode tornar-se um peso: trabalhar, dedicar-se a uma outra pessoa,
cuidar de filhos, entre outros afazeres podem tornar-se apenas obrigações
penosas, ou mesmo impraticáveis, dependendo da gravidade dos sintomas. Dessa
forma, o relacionamento com outras pessoas pode tornar-se prejudicado:
dificuldades conjugais podem acentuar-se, inclusive com a diminuição do
desejo sexual; desinteresse por amizades e por convívio social podem fazer o
indivíduo tender a se isolar, até mesmo dificultando a busca de ajuda médica.
COMO
SE TRATA A DEPRESSÃO
A depressão é
uma doença reversível, ou seja, há cura completa se tratada adequadamente. O
tratamento médico sempre se faz necessário, sendo o tipo de tratamento
relacionado ao perfil de cada paciente. Pode haver depressões leves, com
poucos aspectos dos problemas mostrados anteriormente e com pouco prejuízo
sobre as atividades da vida diária. Nesses casos, o acompanhamento médico é
fundamental, mas o tratamento pode ser apenas psicoterápico.
Pode haver
também casos de depressões bem mais graves, com maior prejuízo sobre o
dia-a-dia do indivíduo, podendo ocorrer também sintomas psicóticos (como
delírios e alucinações) e ideação ou tentativas de suicídio. Nessa situação,
o tratamento medicamentoso se faz obrigatório, além do acompanhamento
psicoterápico.
Os medicamentos
utilizados são os antidepressivos, medicações que não causam “dependência”,
são bem toleradas e seguras se prescritas e acompanhadas pelo médico. Em
alguns casos faz-se necessário associar outras medicações, que podem variar
de acordo com os sintomas apresentados (ansiolíticos, antipsicóticos).
SAIBA
MAIS:
FONTES
DE PESQUISA
|
http://www.minhavida.com.br/saude/temas/depressao
http://www.minhavida.com.br/saude/galerias/18674-oito-sintomas-fisicos-de-depressao-alem-da-tristeza
https://www.abcdasaude.com.br/psiquiatria/depressao
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