Galera de Cristo 13 - A Plenitude do Espírito
"Não se embriaguem com vinho, que leva à libertinagem, mas deixem-se encher pelo Espírito (Efésios 5.18)
PAPO SÉRIO
O ENCHIMENTO
Quando nos enchemos da plenitude do Espírito Santo não há espaço para as obras da carne.
"E não vos embriagueis com vinho, em que há contenda, mas enchei-vos do Espírito" (Ef 5.18). A vida cheia do Espírito é uma vida de restrição moral, destituída das concupiscências carnais. Encher-se do Espírito é ser habitado por Ele em plenitude. Porém, também, demanda um processo contínuo e crescente de enchimento. É necessário possuí-Lo presente em nós de tal maneira que seja impossível encontrar qualquer espaço para as obras da carne. Portanto, estar cheio do Espírito Santo significa que todo o ser do crente está sob sua direção, inspirado por Ele.
O apelo de Paulo a que sejamos imitadores de Deus é o pensamento central do texto em estudo. A motivação para imitarmos a Deus vem do fato de que somos seus filhos. E a tendência natural é que os filhos imitem os pais. Então, em que devemos imitá-Lo? Certamente em tudo. Porém, o texto nos direciona a duas áreas especiais: o amor e a pureza. Cristo nos amou e se entregou a si mesmo em sacrifício por nós. Essa é a modalidade de amor que devemos imitar: amar uns aos outros com amor sacrificial. Quanto à pureza, Paulo conclui que a conservação da pureza moral é um dever do cristão. O crente que ama a Jesus foge das paixões carnais. E nosso dever como "filhos amados" imitar a Deus em sua natureza moral, isto é, em sua santidade, que deve influir em nossas atitudes para com Deus, para com os nossos semelhantes e para com nós mesmos. Se desejamos a plenitude do Espírito, devemos compartilhar do amor de Deus e de sua natureza santa.
A plenitude do Espírito na vida do crente o torna criativo, porque a presença do Espírito nele produz o que está no v.19"falando entre vós em salmos, e hinos, e cânticos espirituais, cantando e salmodiando ao Senhor no vosso coração". "O versículo 19 fala de três tipos de louvor e adoração que resultam duma vida cheia do Espírito Santo. O primeiro tipo fala de salmos, referindo-se aos salmos de Davi, Asafe, Moisés, que contêm expressões proféticas acerca do Messias, etc. A palavra salmos aparece no grego com o sentido de cânticos acompanhados por harpa ou outro instrumento musical. O segundo tipo fala de hinos que eram cânticos de louvor a Deus, mas entoados espontaneamente, vindos do coração. O terceiro tipo de louvor era com "cânticos espirituais". Esse tipo tem sido interpretado de duas maneiras. Alguns acham que são aqueles cânticos poéticos regulares, previamente preparados para o louvor. Outros interpretam como sendo os cânticos produzidos no interior do espírito do crente cheio do Espírito Santo. (...) Esses 'cânticos espirituais' são os cânticos do nosso espírito interior louvando espontaneamente ao Senhor, sem a interferência da inteligência, mas estritamente produzidos pelo Espírito Santo e ensinados ao espírito interior do crente."Percebe-se, aqui, que a música realmente sacra tem uma relação muito estrita com Deus. Esses "cânticos espirituais" precisam ser reativados e renovados na vida devocional da igreja local. O Espírito habilita o crente a este tipo de manifestação espiritual que edifica e fortalece a fé da Igreja.
EVIDÊNCIAS DA PLENITUDE DO ESPÍRITO SANTO NA VIDA DO CRENTE
Sem a obra do Espírito Santo o cristianismo
não existiria. Não existe sequer uma
pessoa salva sem a obra do Espírito Santo. Se
alguém não tem o Espírito de Cristo, esse tal
não é dele (Rm 8.9). Se alguém não nascer da
água e do Espírito, não pode entrar no reino
de Deus ( Jo 3.5).
Todo salvo é regenerado, habitado, selado
e batizado pelo Espírito, passando assim a fazer
parte do corpo de Cristo. Porém, nem todos
os que têm o Espírito Santo estão cheios
dele. Uma coisa é ser habitado pelo Espírito,
outra é ser cheio do Espírito. Uma coisa é ter
Ao Espírito como residente; outra coisa é tê-lo como presidente. Quais
evidências comprovam que uma pessoa está cheia do Espírito Santo?
1. Uma pessoa cheia do Espírito tem uma vida controlada pelo
Espírito (Ef 5.18).
O apóstolo Paulo ordena: E não vos embriagueis com vinho no qual
há dissolução, mas enchei-vos do Espírito. Aqui, Paulo dá uma ordem
negativa: não vos embriagueis com vinho e uma ordem positiva: enchei-vos
do Espírito (Ef 5.18).
Paulo faz uma comparação superficial e estabelece um contraste profundo.
Ele compara o poder exercido pelo vinho com o poder exercido
pelo Espírito. Ou seja, da mesma forma que uma pessoa embriagada está
sob o poder do vinho, assim também uma pessoa cheia do Espírito
está sob o poder e influência do Espírito. O contraste está no fato de o
vinho conduzir à dissolução e a plenitude do Espírito, ao domínio pró-
prio. Quem está cheio de vinho não pode estar cheio do Espírito. Quem
é dominado pelo vinho não pode ser dominado pelo Espírito. A embriaguez
é obra da carne e conduz à escravidão e à morte, mas a plenitude do
Espírito traz liberdade e vida.
2. Uma pessoa cheia do Espírito tem deleite na adoração a Deus
(Ef 5.19,20).
Uma pessoa cheia do Espírito louva de coração ao Senhor com
hinos e cânticos espirituais, dando sempre graças por tudo a Deus, o
Pai, em nome do Senhor Jesus. Adoração e gratidão são evidências da
plenitude do Espírito. Por conseguinte, uma pessoa que não se deleita
na adoração e se entrega à murmuração não dá provas de que está cheia
do Espírito.
Adoramos a Deus por quem ele é, e agradecemos a Deus pelo que
ele faz. Quando estamos cheios do Espírito, nosso coração se volta para
Deus em alegre e santa devoção. Quando estamos transbordando do
Espírito, reconhecemos a bondade de Deus em todas as circunstâncias e
agradecemos a ele pelos seus gloriosos feitos.
3. Uma pessoa cheia do Espírito tem relacionamentos transformados
(Ef 5.19). O apóstolo escreve: [...] falando entre vós com salmos (Ef 5.19). A
expressão “entre vós” fala de relacionamento e comunicação. Uma pessoa
cheia do Espírito tem relacionamentos transformados. Sua comunicação
é regada pelo amor. Suas palavras são medicina para a alma. Uma pessoa
cheia do Espírito não fere outra com a língua, mas enaltece e abençoa
com a palavra.
Nossas palavras refletem nosso coração e desnudam o nosso interior.
Elas atestam quanto o Espírito Santo controla a nossa vida. Um crente
cheio do Espírito é um encorajador, não um provocador de contendas.
Sua palavra constrói pontes em vez de cavar abismos.
4. Uma pessoa cheia do Espírito tem disposição para servir (Ef 5.21).
O apóstolo Paulo ainda diz: [...] sujeitando-vos uns aos outros no temor
de Cristo. No reino de Deus, maior é o que serve. Um crente cheio do
Espírito jamais é arrogante e soberbo. Um crente cheio do Espírito
jamais alimenta mania de grandeza. Antes, se dispõe a servir em vez de
ser servido. Ele cinge-se com a toalha para lavar os pés dos irmãos. Ele
não tem em vista o que é propriamente seu, mas sim o que é dos outros.
Um crente cheio do Espírito é uma pessoa humilde, generosa,
prestativa e que faz da vida uma plataforma de serviço, não uma feira de
vaidades. Você é um crente cheio do Espírito? Lembre-se: ser cheeio do
Espírito não é uma opção, mas uma ordem divina.
FONTES DE PESQUISA
http://www.hagnos.com.br/imgextras/mensagens-selecionadas-3-1o-cap.pdf
http://www.ebdareiabranca.com/2011/2trimestre/licao11ajuda01.htm
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