Lição 10 - As Testemunhas da Nova Aliança
"Portanto, lembrai-vos de que vós, noutro tempo (...) estáveis sem Cristo, separados da comunidade de Israel e estranhos aos concertos da promessa, não tendo esperança e sem Deus no mundo" Efésios 2.11,12
Texto Bíblico Básico: Mateus 16.13-19; I Pedro 2.9,10
O QUE É A IGREJA?
Igreja. Vemos esta palavra por toda a parte. Algumas pessoas usam “igreja” para descrever um belo edifício no centro de uma praça proeminente. Outros a usam para descrever uma organização religiosa mundial, completa com regiões, distritos e dioceses. As definições confusas de igreja, em nosso tempo, muitas vezes vedam o significado original desta palavra quando aplicada, no Novo Testamento, ao povo de Deus. Neste artigo, examinaremos brevemente o significado de “igreja” na Bíblia.
Igreja: O que significa?
Igreja é um edifício construído com blocos e cimento? Não. É um edifício construído com pedras vivas. “Também vós mesmos, como pedras que vivem, sois edificados casa espiritual para serdes sacerdócio santo, a fim de oferecerdes sacrifícios espirituais agradáveis a Deus por intermédio de Jesus Cristo”(1 Pe 2:5). Estas pedras vivas são chamadas santos e são membros da família de Deus: “Assim, já não sois estrangeiros e peregrinos, mas concidadãos dos santos, e sois da família de Deus, edificados sobre o fundamento dos apóstolos e profetas, sendo ele mesmo, Cristo Jesus, a pedra angular; no qual todo o edifício, bem ajustado, cresce para santuário dedicado ao Senhor, no qual também vós juntamente estais sendo edificados para habitação de Deus no Espírito” (Ef 2:19-22). A palavra grega traduzida como “igreja” significa, literalmente, “chamado para fora” e assim refere-se a um grupo de pessoas chamadas para saírem do pecado no mundo e servirem ao Senhor. A igreja é um corpo constituído de componentes vivos. Como um organismo vivo, a igreja pode sentir medo (At 5:11), pode orar (At 12:5) e pode falar (Mt 18:17). Pessoas que são chamadas para saírem do pecado não continuam participando do mal no mundo, porque elas estão santificadas ou separadas do pecado (Jo 17:14-23; Cl 1:13; 1 Pe 2:9; 1 Jo 4:5-6). Deus chama o povo para deixar o mal deste mundo através da mensagem do evangelho (2 Ts 2:13-14). Aqueles que são convertidos verdadeiramente a Cristo são chamados santos (1 Co 1:2; Cl 1:1-2). Entender o conceito bíblico de igreja como um corpo de pessoas chamadas para fora do pecado, para serem santos, ajuda-nos a apreciar a riqueza da descrição de Paulo da“igreja de Deus, a qual ele comprou com o seu próprio sangue” (At 20:28). Jesus não morreu para comprar terra e edifícios, nem para estabelecer alguma instituição. Ele morreu para comprar as almas dos homens e mulheres que estavam mortos no pecado, mas que agora têm salvação e esperança de vida eterna (Rm 5:8; 1 Co 6:19-20).
A Igreja Universal e a Igreja Local
Algumas vezes a Bíblia usa a palavra “igreja” no sentido universal, isto é, para falar de todo o povo que pertence a Cristo, não importa de onde ele possa ser. Jesus falou da igreja deste modo: “Também eu te digo que tu és Pedro, e sobre esta pedra edificarei a minha igreja, e as portas do inferno não prevalecerão contra ela” (Mt 16:18). Ele não está falando apenas de uma congregação local, nem está falando de uma organização ou instituição mundial. Ele está falando de pessoas, pedras vivas, construídas sobre Jesus Cristo, a fundação sólida. Paulo falou da igreja, neste mesmo sentido universal, quando escreveu: “...Cristo é o cabeça da Igreja, sendo este mesmo o salvador do corpo” (Ef 5:23). Jesus é o cabeça sobre todos aqueles que o servem, todos aqueles lavados e purificados de seus pecados (Ef 5:26). Frequentemente, a palavra “igreja” é usada para descrever uma congregação local ou assembleia de santos. Note uns poucos exemplos: “…à igreja de Deus que está em Corinto, aos santificados em Cristo Jesus, chamados para ser santos…” (1 Co 1:2); “E, se ele não os atender, dize-o à igreja; e, se recusar ouvir também a igreja, considera-o como gentio e publicano” (Mt 18:17); “...saudai igualmente a igreja que se reúne na casa deles” (Rm 16:5). Igrejas locais são o resultado da pregação do evangelho. Quando as pessoas obedecem a palavra e se tornam cristãs, elas começam a reunir-se com outros irmãos na fé. Frequentemente, as descrições da igreja no Novo Testamento mostram a relação que existe entre o Senhor e sua igreja. A igreja pertence a Deus, e é, muitas vezes, chamada“a igreja de Deus” (veja At 20:28; 1 Co 1:2; 10:32; Gl 1:13; 1 Tm 3:5,15). O povo de Deus pode ser corretamente descrito como a “igreja dos primogênitos arrolados nos céus” (Hb 12:23).
Consideremos o significado de descrições bíblicas comuns da igreja.
- O Corpo de Cristo (Cl 1:24; Ef 1:22-23; 4:12). Assim como o corpo humano não pode sobreviver separado da cabeça, não podemos viver sem nosso cabeça, Jesus Cristo (Ef 5:23; Cl 1:18). Discípulos de Jesus são membros do corpo (Rm 12:4-5; 1 Co 12:12-27; Ef 3:6; 4:16; 5:30).
- O Reino de Deus ou Reino dos Céus (Mt 3:2; 4:17; Lc 4:43; At 8:12; 19:8; 20:25; 28:23,31). A ideia de reino ressalta a posição de autoridade do rei (veja 1 Co 4:20; Hb 1:8; 12:28-29; Mt 28:18-20; Ap 12:10). O reino de Cristo não é deste mundo (Jo 18:36). Em vez de ser uma entidade política e mundana, a igreja é um reino espiritual assentado no caráter santo de Deus. Podemos entrar no reino somente quando formos transformados espiritualmente (Cl 1:13). Como servos do Rei, temos que desenvolver as características espirituais de nosso Senhor (Tg 2:5), incluindo sua humildade, inocência (Mc 10:14-15) e santidade (1 Co 6:9-10; Gl 5:19-21).
- A Casa de Deus (1 Tm 3:15) não é um edifício material, mas o santuário e a habitação do Senhor (Ef 2:21-22). É um edifício espiritual (1 Pe 2:5).
- O Rebanho de Deus (At 20:28). Jesus é o bom pastor que deu sua vida pelas ovelhas (Jo 10:11). As ovelhas ouvem sua voz e o seguem para receber a vida eterna (Jo 10:27-28).
O CORPO DE CRISTO
Uma relação entre cristãos
Por um lado, parece haver de fato uma consistência em como a imagem da igreja como "corpo" é usada para ilustrar e ressaltar certas características da relação que existe entre o povo de Deus:
Unidade
A figura do corpo é muito útil para descrever a "unidade na diversidade" que existe entre cristãos (Rm 12:4-8; 1 Co 10:17; 12:12-31; Ef 2:16; 4:4; Cl 3:15). Assim como o corpo tem diferentes partes, assim também o grupo que pertence a Deus é composto de muitos tipos diferentes de pessoas: diferentes personalidades, capacidades, níveis de maturidade espiritual, formações. Entretanto, estas diferenças são insignificantes à luz da fé comum que partilhamos em Cristo. Nossa diversidade não força esta unidade espiritual nem um pouco, mas é realmente uma bênção, no que os cristãos são capazes de ajudar um ao outro de um modo complementar, em vez de todos serem exatamente idênticos.
Interdependência
A diversidade entre o povo de Deus ajuda a fortalecer o corpo através de seu trabalho complementar, porque todos do povo de Deus estão ligados um ao outro e são dependentes uns dos outros (Rm 12:4-8; 1 Co 12:12-31; Ef 4:11-16; Cl 2:19). Como membros de um corpo estão entrelaçados entre si, entretecidos, e juntos em um todo unificado, assim também o povo de Deus é interligado. O funcionamento adequado, saudável, de cada parte é essencial à saúde geral do corpo. Nenhuma parte é insignificante, irrelevante ou dispensável. Os cristãos devem possuir uma consciência de tal dependência e necessidade uns dos outros. Na verdade, devemos ser tão interligados que os cuidados com outras pessoas são os nossos mesmos; choramos com os que choram e nos regozijamos com os que se regozijam.
Crescimento
Toda a unidade e interdependência do povo de Deus é destinada a levar a uma única meta: o crescimento espiritual (Ef 2:21; 4:11-16; Cl 2:19). A figura de um corpo é perfeitamente adequada para salientar que o povo de Deus é um organismo que cresce, e não um objeto sem vida, estático, adormecido. O corpo é para sobreviver e ser saudável pelo labor adequado de cada parte individual, como cada parte faz a sua tarefa. Sendo equipados através do ensino, os santos têm que servir, e assim fazendo o corpo de Cristo é edificado.
Por outro lado, há uma variedade na qual a figura do "corpo" é usada para descrever a relação que existe entre o povo de Deus e Cristo:
Cabeça
Há, naturalmente, as passagens familiares nas quais Cristo é chamado a cabeça do corpo, a igreja (Ef 1:23; 4:16; 5:23; Cl 1:18; 2:19). Aqui, o corpo é claramente a parte inferior do todo, composto de tronco e membros, enquanto Cristo é a cabeça. Obviamente, isto significa o papel de Cristo como de autoridade. Ele é aquele que toma as decisões, cuja vontade tem que ser seguida. Mas observe como a imagem do corpo sugere que esta não deve ser uma atividade antagônica. Além do mais, nossos corpos físicos não lutam com a cabeça, não se opõem a sua vontade, nem contradizem suas ordens. As partes do corpo naturalmente agem de acordo com as determinações da cabeça para o bem estar do corpo inteiro. A cabeça é também o que confere uma certa unidade de propósito e direção, de modo que as partes estejam trabalhando em direção à mesma meta, em vez de se esquartejando e indo em direções diferentes.
O DIA DE PENTECOSTES
A palavra “pentecostes” já se tornou um marco para nós, cristãos. Quando a ouvimos logo nos lembramos do derramamento do Espírito, pois, foi no dia do pentecostes que o Espírito Santo caiu pela primeira vez sobre a igreja, cumprindo a promessa anunciada pelo profeta Joel 2:28, por João Batista (Mt 3:11), e pelo nosso amado Salvador Jesus Cristo (Jo 14; 15; 16 e 17; At 1:8)
Esse derramamento do Espírito marcou o início dessa era cristã na qual vivemos hoje chamada de “os últimos dias”. Israel celebrava, e os judeus tementes a Deus ainda celebram, três festas importantes no calendário judaico. São elas, pela ordem, a festa da páscoa, a festa do pentecostes e a festa dos tabernáculos. A festa da páscoa comemora a libertação do Egito e o livramento pelo sangue do cordeiro e para nos, cristãos, essa festa nos fala de salvação. Fomos libertos do mundo e da morte eterna pelo sangue do Cordeiro de Deus que tira os pecados do mundo, Jesus. A segunda, a festa do pentecostes é a festa da colheita. A terceira, a festa dos tabernáculos, que é também chamada de a festa da alegria, os israelitas deixavam, e os judeus ortodoxos ainda deixam o conforto das suas casas para habitar em tendas por uma semana.
A segunda festa, que é o nosso foco nessa matéria, a festa do pentecostes é a festa da colheita. O Senhor derramou o Seu Espírito Santo na festa da colheita, e, nessa ocasião Pedro colheu três mil almas para o Senhor.
O motivo de Deus ter escolhido um dia de festa para o derramamento do Espírito Santo se justifica pelo fato de haver grande concentração de pessoas na festa e o número de pessoas que haviam entendido o trabalho de salvação efetuado por Jesus através de Sua morte era bem pequeno, ou seja se resumia aos seus discípulos. Os discípulos tiveram que falar línguas estrangeiras, porque era a única forma que o evangelho seria pregado a todos os presentes ao mesmo tempo; oportunidade única que Deus não poderia deixar de aproveitá-la, mas observem que os discípulos cheios do Espírito Santo não falaram línguas desconhecidas dos presentes, mas cada um os entendia na própria língua nativa. Os discípulos falaram línguas desconhecidas aos judeus, mas conhecidas de: “Partos e medos, elamitas e os que habitam na Mesopotamia, e Judéia e Capadocia, Ponto e Asia. Frigia e Panfilia, Egito e partes da Libia, junto a Cirene, e forasteiros romanos, tanto judeus como prosélitos. Cretenses e árabes, todos os temos ouvido em nossas próprias linguas falar das grandezas de Deus”. Portanto não eram línguas de anjos e muito menos inintelegíveis aos ouvintes.
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FONTES DE PESQUISA
http://www.estudosdabiblia.net/1999315.htm
http://www.estudosdabiblia.net/d40.htm
http://estudos.gospelmais.com.br/ao-cumprir-o-dia-de-pentecostes.html
http://ounicodeus.blogspot.com.br/p/estudo-biblico-o-que-nao-e-pentecoste.htm
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