A Arte de Contar Histórias Bíblicas Para Crianças
Eu percebo pelos e-mails que recebo que alguns professores de crianças são nossos leitores também. Eu gostaria muito de dar conta de, semanalmente, oferecer subsídio para as aulas de todos os professores, de todas as faixas etárias, mas por enquanto, não consigo! Mas, como forma de ajudar os professores de crianças, estou postando o texto abaixo. Lembrando que o ensino infantil é de uma responsabilidade muito, muito grande, e deve ser ministrado com o mesmo esmero e zelo que para adultos e adolescentes, visto que como nunca temos visto o Diabo agir contra a vida dos nossos pequenos. Fui criada na Escola Bíblica Dominical e ainda guardo com carinho os ensinamentos da professora Márcia, que ministrava aos pequenos do Departamento Infantil da minha época. Que este texto possa ajudar vocês! Continuem comentando, mandando e-mails, e enriquecendo este trabalho! Todos os comentários estão sendo respondidos e publicados e saber que meu trabalho está enriquecendo o ensino em vossas igrejas me dá sempre incentivo para continuar! Podem sugerir temas extras também!! Que toda a glória seja dada ao nome do Senhor! Que Deus os abençõe, e nunca se esqueçam que "Vosso trabalho não é vão no Senhor!" I Coríntios 15.58
Por que contar histórias?
É um meio muito eficiente de transmitir uma ideia, de levar novos conhecimentos e de guardar tradições e ensinamentos. É um meio de resgatar a memória e as experiências vividas. Vários povos têm sua história transmitida oralmente por meio dos contadores de histórias. É o caso, por exemplo, do povo judeu, cuja história está narrada na Bíblia. Ao contarem as histórias, os contadores legaram às futuras gerações lições imensuráveis e cheias de significado para a vida.
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Contar uma história não deve ser visto como um momento para se passar o tempo ou apenas para se cumprir a lição do dia, pois ao contar uma história, o/a contador/a possibilita que os/as ouvintes façam ligações com a vida e tirem preciosos ensinamentos. Otilia Chaves (1952, p.33) diz que "A história grava-se indelevelmente em nossa mente e seus ensinos passam ao patrimônio moral de nossa vida. Ao depararmos com situações idênticas, somos levados a agir de acordo com a experiência que inconscientemente, já vivemos na história".
Para quem contar histórias?
As crianças gostam de ouvir histórias, não somente porque é agradável, mas porque através delas fica mais fácil entender uma mensagem e relacioná-la com a vida. Gostam de ouvir seus pais, avós e professores/as contando histórias bíblicas, de fadas, da vida deles mesmos e de quando eram crianças. Os jovens e adultos também gostam de ouvir, pois em todas as pessoas a história faz ressurgir a emoção e a fantasia. A história ajuda as pessoas a recordarem de momentos vivenciados, ou lembrar-se de fatos acontecidos e, ao fazer isto, reviver os momentos e tirar ensinamentos para a continuidade da vida. Recordar quer dizer recolocar no coração e viver novamente numa nova tonalidade ou sabor. Vânia Dohne (2000, p. 5) diz: "Estas narrações, tão saborosamente recebidas, desencadeiam processos mentais que levarão à formação de conceitos, capazes de nortear o desenvolvimento de valores éticos e voltados para formação da auto-estima e a cooperação social".
Como preparar a história a ser contada?
1. Selecionar - É preciso fazer uma seleção do que contar, levando-se em conta o interesse do/a ouvinte, a sua faixa etária e suas condições sócio-econômicas. Procurar dentro daquilo que se quer ensinar ou de acordo com o contexto da aula que será dada; pesquisar até encontrar algo que toque o/a contador/a de maneira especial. Lembrar que ao contar uma história bíblica ensina-se a Palavra de Deus a ser vivenciada.
2. Recriar - Não se deve pegar uma história e contá-la como vem escrita, é preciso passá-la para a linguagem oral. Neste momento pode-se optar por contá-la a partir de um personagem atuante na história ou de alguém que estava vendo o acontecido, é o momento em que se cria para depois estudar e contar.
3. Estudar - Ler muitas vezes o texto e visualizar as cenas para saber contar a história sem decorá-la. O conto decorado destrói a naturalidade. É visualizar a história lembrando que cada personagem tem a sua própria história, é imaginar as cenas etc. O/a narrador/a tem que se tornar íntimo dos/as personagens e do local onde ocorre a história.
4. Estrutura - Geralmente a estrutura segue 4 fases:
Introdução: deve ser rápida, interessante e apresentar os/as personagens sem divagação (quando, onde, quem). Ex: há muito tempo atrás, era uma vez...
Desenvolvimento: são contados os fatos essenciais, há um crescimento gradativo da emoção da história.
Clímax: ponto de maior emoção da história.
Conclusão: deve ser breve e clara. Pode-se encerrar com frases tipo: entrou por uma porta saiu por outra quem quiser que conte outra.
5. Preâmbulo - Pode-se iniciar uma contação fazendo uso do preâmbulo, que tem por objetivo chamar a atenção para o início da história, devendo ser de acordo com os/as ouvintes.
6. Ensaiar - Para não repetir nem exagerar nos gestos e movimentos, evitar os vícios de linguagem e calcular o tempo, tendo em vista os/as ouvintes.
2. Recriar - Não se deve pegar uma história e contá-la como vem escrita, é preciso passá-la para a linguagem oral. Neste momento pode-se optar por contá-la a partir de um personagem atuante na história ou de alguém que estava vendo o acontecido, é o momento em que se cria para depois estudar e contar.
3. Estudar - Ler muitas vezes o texto e visualizar as cenas para saber contar a história sem decorá-la. O conto decorado destrói a naturalidade. É visualizar a história lembrando que cada personagem tem a sua própria história, é imaginar as cenas etc. O/a narrador/a tem que se tornar íntimo dos/as personagens e do local onde ocorre a história.
4. Estrutura - Geralmente a estrutura segue 4 fases:
Introdução: deve ser rápida, interessante e apresentar os/as personagens sem divagação (quando, onde, quem). Ex: há muito tempo atrás, era uma vez...
Desenvolvimento: são contados os fatos essenciais, há um crescimento gradativo da emoção da história.
Clímax: ponto de maior emoção da história.
Conclusão: deve ser breve e clara. Pode-se encerrar com frases tipo: entrou por uma porta saiu por outra quem quiser que conte outra.
5. Preâmbulo - Pode-se iniciar uma contação fazendo uso do preâmbulo, que tem por objetivo chamar a atenção para o início da história, devendo ser de acordo com os/as ouvintes.
6. Ensaiar - Para não repetir nem exagerar nos gestos e movimentos, evitar os vícios de linguagem e calcular o tempo, tendo em vista os/as ouvintes.
Que tipo de história contar?
• Para Crianças
Até 3 anos - Histórias que tenham bichinhos, objetos, crianças, rimadas, enredos que façam parte da vida da criança, textos curtíssimos (2 a 3 minutos).
3 a 4 anos - Os textos devem ser curtos e atraentes, história com ritmo e repetição. Pode-se usar gravuras de preferência grandes. Histórias que tenham bichos, brinquedos, objetos e usem expressões repetitivas (5 minutos).
5 a 6 anos - Histórias da vida real que fala do lar, etc. Os textos devem ser curtos e ter muita ação. O enredo deve ser simples. Até os 6 anos a criança gosta de ouvir a mesma história várias vezes (5 a 10 minutos).
7 a 9 anos - Histórias de personagens que possuem poder, histórias de aventuras, humorísticas e vinculadas a realidade, da comunidade (10 a 12 minutos).
10 a 12 anos - Narrativas de viagens, explorações, relatos históricos e preocupação com os outros, fábulas (10 a 15 minutos).
Até 3 anos - Histórias que tenham bichinhos, objetos, crianças, rimadas, enredos que façam parte da vida da criança, textos curtíssimos (2 a 3 minutos).
3 a 4 anos - Os textos devem ser curtos e atraentes, história com ritmo e repetição. Pode-se usar gravuras de preferência grandes. Histórias que tenham bichos, brinquedos, objetos e usem expressões repetitivas (5 minutos).
5 a 6 anos - Histórias da vida real que fala do lar, etc. Os textos devem ser curtos e ter muita ação. O enredo deve ser simples. Até os 6 anos a criança gosta de ouvir a mesma história várias vezes (5 a 10 minutos).
7 a 9 anos - Histórias de personagens que possuem poder, histórias de aventuras, humorísticas e vinculadas a realidade, da comunidade (10 a 12 minutos).
10 a 12 anos - Narrativas de viagens, explorações, relatos históricos e preocupação com os outros, fábulas (10 a 15 minutos).
Sugestões de histórias para crianças de 0 a 6 anos: Jesus segura a criança, nascimento de Jesus, Zaqueu, Josué e os espias, baratinha, nuvenzinha triste, etc.
Sugestões de histórias para crianças de pré-adolescentes de 7 a 12 anos: Criação, milagres, Abraão, Moisés, Paulo, José do Egito, João Batista, Amós, Jeremias, missionários, John Wesley, etc.
Sugestões de histórias para crianças de pré-adolescentes de 7 a 12 anos: Criação, milagres, Abraão, Moisés, Paulo, José do Egito, João Batista, Amós, Jeremias, missionários, John Wesley, etc.
• Para juvenis, jovens e adultos
Todo texto bíblico, textos humorísticos, históricos, contos da tradição popular e outros (15 a 20 minutos).
As histórias (parábolas, histórias bíblicas, vida de personagens bíblicos, missionários, personagens da história, pessoas anônimas, benfeitores, pessoas altruístas, etc.) podem ser adaptadas para qualquer idade.
Este texto não tem o propósito de esgotar o assunto, pois há muito mais para ser considerado na arte de contar história. Nossa intenção é motivar para que a contação de história seja um método pedagógico utilizado para ajudar no processo de ensino e aprendizagem.
Todo texto bíblico, textos humorísticos, históricos, contos da tradição popular e outros (15 a 20 minutos).
As histórias (parábolas, histórias bíblicas, vida de personagens bíblicos, missionários, personagens da história, pessoas anônimas, benfeitores, pessoas altruístas, etc.) podem ser adaptadas para qualquer idade.
Este texto não tem o propósito de esgotar o assunto, pois há muito mais para ser considerado na arte de contar história. Nossa intenção é motivar para que a contação de história seja um método pedagógico utilizado para ajudar no processo de ensino e aprendizagem.
FONTE DE PESQUISA
http://www.metodista.org.br/a-arte-de-contar-historia
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