Lição 03 - Aliança Noética
"E disse o Senhor: Destruirei e sobre a face da terra que criei, desde o homem até o animal, até ao Réptil e até à ave dos céus, porque me arrependo de os haver feito" Gênesis 6.7
Texto Bíblico Básico: Gênesis 6. 8,13,14; 9.11-17
NOÉ, O JUSTO
Em meio à iniquidade e maldade generalizada daqueles dias (Gn 6.9), Deus achou em Noé um homem que ainda buscava comunhão com Ele e que era "varão justo". Ele se mantinha distanciado da iniquidade moral da sociedade ao seu redor. Por ser justo e temer a Deus e resistir à opinião e conduta condenáveis do público, Noé achou favor aos olhos de Deus (v.8; Hb 11.7). Essa retidão de Noé era fruto da graça de Deus nele, por meio da sua fé e do seu andar com Deus. A salvação no novo Testamento é obtida da mesma maneira, mediante a graça e misericórdia de Deus, recebidas pela fé cuja eficácia conduz o crente a um esforço sincero para andar om Deus e permanecer separado da geração ímpia ao seu redor. Hebreus 11. declara que Noé foi feito herdeiro da justiça que é segundo a fé. O Novo Testamento também declara que Noé não somente era justo, como também pregador da justiça (II Pe 2.5). Nisso, ele é exemplo do que os pregadores devem ser.
A ALIANÇA NOÉTICA
Esta também é uma aliança bastante negativa. A primeira aliança mostra a situação original do homem, os privilégios, direitos e condições que Deus tinha para ele. A segunda e a terceira mostra como Deus tratou com a entrada do pecado no mundo, como a humanidade caiu progressivamente e as condições que Deus colocou sobre ela em consequência de seu estado. Tudo isso, embora negativo e triste, precisa ser entendido antes de começarmos a ver o plano de Deus para restaurar o homem.
Textos: Gênesis 9.1-17
Participantes: Esta aliança foi feita entre Deus e Noé. Como Adão, Noé é o representante de toda a raça humana. Como resultado do dilúvio a humanidade descendeu não apenas de Adão, mas também de Noé.
Cláusulas: Depois da Aliança Adâmica, a humanidade se aprofundou cada vez mais no pecado e suas consequências. Quando atingiu um ponto máximo de desenvolvimento (Gn 6.1-4), Deus não suportou mais e resolver mandar um dilúvio para destruir o homem. Apenas Noé e sua família foram salvos, pois ele "achou graça aos olhos do Senhor" (6.8). Depois do dilúvio Deus firmou uma aliança com Noé. Esta aliança reafirma as condições de vida do homem caído conforme determinado na Aliança Adâmica e institui o governo humano para reprimir a expansão do pecado, uma vez que a ameaça do juízo divino na forma de outro dilúvio havia sido removida.
(1) Repovoar a terra (9.1,7). No entanto, a ordem de subjugar a terra não é repetida. Com a queda, o homem perdeu sua autoridade e Satanás a usurpou. Assim, ele se tornou "príncipe deste mundo" (Jo 12.31), e o "deus deste século" (II Co 4.4). (2) Medo do homem foi posto nos animais e este o dominaria (9.2). Embora o homem tivesse perdido a autoridade sobre a terra, ainda dominaria sobre reino animal. O medo posto nos animais era um meio de preservar o homem devido à próxima cláusula. (3) Os animais são incluídos na alimentação (9.3). Não há qualquer restrição no texto, o que indica que todos os animais poderiam ser usados para alimento. Deus concedeu isso ao homem, mas era um sintoma de sua condição e do clima que iria reinar na criação. Agora haveria inimizade, medo e guerra entre animal e animal, entre homem e animal e entre homem e homem. (4) Proibição de comer sangue (9.4) Deus deu carne para o homem comer, mas não o sangue, porque nele está a vida. (5) O homem se torna responsável pela proteção da vida humana através de um governo ordeiro sobre o indivíduo (9.5,6 compare com Rm 13.1-7). A pena capital é introduzida para restringir a violência. Depois de ter matado seu irmão Abel, Caim não foi morto porque a pena capital ainda não havia sido instituída. Esta veio com a Aliança Noética e todos os assassinos deveriam ser executados. (5) Promessa de que a raça humana não seria mais destruída por um dilúvio (9.8-11). Isto mostra que a Aliança Noética era universal, e não local. No futuro, haverá a destruição do presente sistema mundial; contudo, isso não se dará por meio de um dilúvio universal, mas por fogo (II Pe 3.7). O dilúvio foi uma figura da destruição futura do mundo, mas não mudou o coração do homem. (7) Sinal da aliança: o arco-íris (9.12-17). Nem todas as alianças vinham acompanhadas de um sinal, mas esta veio. Esta foi a primeira vez na história, que o arco-íris apareceu no céu. Assim, a promessa de Deus de não voltar a destruir a humanidade por meio de um dilúvio deveria ser lembrada todas as vezes que arco-íris fosse visto.
Deus se arrepende? (Gn 6.6) Deus se revela, já nesses primeiros capítulos da Bíblia como um Deus pessoal para com o ser humano, e que é passível de sentir emoção, desagrado e reação contra o pecado deliberado e a rebelião da humanidade. Aqui a expressão "arrependeu-se" significa que por causa do trágico pecado da raça humana, Deus mudou a sua disposição para com as pessoas; sua atitude de misericórdia e longanimidade passou à atitude de juízo. A existência de Deus, Seu caráter e seus eternos propósitos traçados permanecem imutáveis (I Sm 15.29; Tg 1.17), porém Ele pode alterar seu tratamento para com o homem, dependendo da conduta deste. Deus altera sim, seus sentimentos, atitudes, atos e intenções conforme as pessoas agem diante da sua vontade (Êx. 32.14; II Sm 24.16; Jr 18.7-10). Essa revelação de um Deus como um Deus que pode sentir pesar e tristeza, deixa claro que Ele. com relação à sua criação, age pessoalmente como no recesso de uma família. Ele tem um amor intenso pelos seres humanos e a solicitude divina ante a penosa situação da raça humana (Sl 139.7-18). Fonte: Bíblia de Estudo Pentecostal -Ed. CPAD - Gn 6.6, nota.
A ARCA: SÍMBOLO DE PRESERVAÇÃO DA VIDA
A palavra hebraica aqui traduzida por arca, significa um objeto apropriado para flutuar e ocorre somente aqui e em Êxodo 2.3,5 (onde a mesma palavra refere-se ao cesto flutuante em que o bebê Moisés foi colocado). A arca de Noé era uma barcaça de tamanho colossal. Sua capacidade de carga corresponde à de mais de 300 vagões ferroviários. Calcula-se que a arca podia comportar mais de 7.000 tipos de animais. Hebreus 11,7 assinala a arca como um tipo de Cristo, aquele que é o meio de salvação do crente, para livrá-lo do juízo e da morte (I Pe 3.20,21). Deus mediante seu pacto prometeu a Noé que este seria salvo do julgamento que iria ocorrer através do dilúvio. Noé correspondeu ao pacto de Deus crendo Nele e na Sua palavra. Sua fé foi demonstrada quando ele temeu, e quando construiu a arca e entrou nela.
DILÚVIO: SIMBOLO DO JUÍZO DIVINO
O dilúvio foi o castigo divino universal sobre um mundo ímpio e impenitente. O apóstolo Pedro refere-se ao dilúvio para relembrar aos seus leitores que Deus outra vez julgará o mundo inteiro no fim dos tempos, mas agora por fogo (II Pe 3.10). Tal julgamento resultará no derramamento da ira de Deus sobre os ímpios como nunca houve na história. Deus conclama os crentes atuais assim como Ele fez com Noé na antiguidade para avisarem aos não-salvos sobre esse dia terrível e instar com eles para que se arrependam dos seus pecados e se voltem para Deus por meio de Cristo e assim sejam salvos.
Dois eventos cataclísmicos precipitaram o dilúvio: a implosão dos imensos reservatórios de águas subterrâneas, talvez causadas por terremotos e maremotos, produziu ondas gigantescas em série, geradas nos oceanos, além das chuvas torrenciais que caíram sobre a terra por 40 dias.
(1) Em consequência disso, todos os seres viventes fora da arca que normalmente viviam na terra seca, morreram, tanto homens como animais (Gn 7.16,17;21,22).
(2) A água elevou-se a ponto de cobrir "todos os altos montes que havia debaixo de todo o céu" (vv 19,20). A terra inteira foi coberta pelas águas. Isto significa um dilúvio universal, e não apenas uma inundação local, confinada a uma pequena porção de terra. Foi somente depois de 150 dias que as águas começaram a baixar (v.24). A arca finalmente repousou numa das montanhas de Arará (na Armênia), a uns 800 km de onde começou o dilúvio (8.13,14).
(3) A terra enxugou, Noé desembarcou da arca 377 dias depois de iniciado o dilúvio.
(4) Em II Pedro, está escrito que o mundo antidiluviano "pereceu". Esta palavra sugere que devido às tremendas convulsões ocorridas na terra, sua topografia antidiluviana foi grandemente modificada, tanto física quanto geologicamente, em relação à terra que agora existe (II Pe 3.7a).
E lembrou- se Deus de Noé. Deus não falara a Noé por 150 dias. Sua fé estava sendo provada porque ele não tinha a mínima idéia de quando as água baixariam, nem de quando Deus interviria naquela situação novamente. E então Deus agiu, em virtude do seu amor para com Noé e sua família. Os diversos modos de Deus agir com Noé estão registrados para fortalecer, em todo o povo fiel a Deus, a esperança e a confiança nos seus caminhos. Se há muito tempo Deus não age ou não se manifesta na sua vida, poder ter confiança de que Ele agirá de novo, manifestando o seu amoroso cuidado contigo. Enquanto isso, tens o dever de buscar ao Senhor e continuar em tudo obediente à sua palavra e ao Seu Espírito (Pv 3.5,8; 16.3; Fp 2.13). Fonte: Bíblia de Estudo Pentecostal -Ed. CPAD - Gn 8.1, nota.
FONTES DE PESQUISA
https://pt.scribd.com/doc/84159699/ALIANCAS-DE-DEUS-NA-BIBLIA
Olá Daniele! Mais uma vez o seu blog me ajudou muito no estudo da lição desta semana"Aliança Moisaica" com detalhes interessantes não contidos na revista. Sem dúvida, será uma aula muito mais atraente. Deus continue abençoando você.
ResponderExcluirObrigada! Deus abençõe e frutifique seu minstério!
ResponderExcluirGostei muito que Deus te abençoe sempre.
ResponderExcluirAmém querido!! Deus o abençõe!
ResponderExcluirObrigada Daniele por estas palavras, é justamente sobre a aliança Noética que eu irei explicar na EBD este domingo.
ResponderExcluirComo o homem pecou na aliança noética??
ResponderExcluirComo o homem pecou na aliança noética??
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