Galera de Cristo 04 - Jesus, o Ungido de Deus
"Pois o Filho do Homem veio buscar e salvar o que estava perdido"
Lucas 19.10
PAPO SÉRIO
O QUE É UNÇÃO? O QUE SIGNIFICA SER UNGIDO?
A origem da unção era de uma prática de pastores. Piolhos e outros insetos muitas vezes entravam na lã da ovelha, e quando chegavam perto da sua cabeça, podiam entrar em suas orelhas e matá-las. Assim, os pastores da antiguidade derramavam óleo sobre a cabeça do animal. Isso tornava a lã escorregadia, sendo assim impossível que os insetos chegassem perto das orelhas da ovelha porque eles se escorregavam. A partir daí, ungir tornou-se um símbolo de bênção, proteção e capacitação.
As palavras gregas do Novo Testamento para "ungir" são chrio, que significa "passar ou esfregar com óleo" e, por implicação, "consagrar ao ofício ou serviço religioso"; e aleipho, que significa "ungir." Nos tempos bíblicos , as pessoas eram ungidas com óleo para significar a bênção ou chamada de Deus na vida daquela pessoa (Êxodo 29:7, Êxodo 40:9, 2 Reis 9:6; Eclesiastes 9:8, Tiago 5:14). Uma pessoa era ungida para um especial propósito - ser um rei, um profeta, um construtor, etc. Não há nada de errado em ungir uma pessoa com óleo hoje em dia. Só precisamos nos certificar de que o propósito da unção está de acordo com as Escrituras. A unção não deve ser vista como uma "poção mágica". O óleo em si não tem nenhum poder. É somente Deus que pode ungir uma pessoa para uma finalidade específica. Se usarmos óleo, é apenas um símbolo do que Deus está fazendo.
Um outro significado para a palavra ungido é "escolhido". A Bíblia diz que Jesus Cristo foi ungido por Deus com o Espírito Santo para propagar a Boa Nova e libertar os que tinham sido escravizados pelo pecado (Lucas 4:18-19, Atos 10:38). Depois que Cristo deixou a terra, Ele nos deu o dom do Espírito Santo (João 14:16). Agora todos os cristãos são ungidos, escolhidos para um propósito específico na promoção do Reino de Deus (1 João 2:20). "Mas aquele que nos confirma convosco em Cristo e nos ungiu é Deus, que também nos selou e nos deu o penhor do Espírito em nosso coração" (2 Coríntios 1:21-22).
AS OBRAS DO UNGIDO
Nos tempos do Antigo Testamento, as pessoas eram ungidas quando chamadas para servirem como profeta, sacerdote ou rei. Por exemplo, quando Saul foi o primeiro rei de Israel, o profeta Samuel ungiu sua cabeça com óleo, de forma cerimonial (1 Samuel 10:1). Este rito religioso foi realizado para mostrar que o rei de Israel tinha sido escolhido e capacitado por Deus para o reinado. Da mesma forma, os sacerdotes (Êxodo 28:41) e profetas (1 Reis 19:16) foram ungidos segundo o mandamento de Deus. Em certo sentido, qualquer um no Antigo Testamento que tenha sido separado e consagrado para servir era um messias, por ter recebido uma unção.
Mas o povo de Israel ansiava por aquele indivíduo prometido que era para ser, não apenas um messias, mas o Messias, Aquele que seria separado e consagrado por Deus de forma suprema para ser o Profeta, Sacerdote e Rei do povo. Assim sendo, no momento em que Jesus nasceu, existia uma grande expectativa entre os judeus que haviam esperado pelo Messias durante séculos.
Surpreendentemente, quando Jesus começou o seu ministério público, poucos o reconheceram por quem ele era, apesar das muitas evidências de que ele possuía uma unção de Deus que ultrapassou em muito aquela que repousara sobre qualquer outro homem. Sabemos que houve uma grande confusão a seu respeito, mesmo depois dele haver ministrado por algum tempo. Em um ponto, Jesus perguntou aos seus discípulos: "Quem diz o povo ser o Filho do Homem?" (Mateus 16:13 b). Ele estava analisando a sua cultura, verificando os rumores sobre si mesmo. Em resposta à pergunta de Jesus, os discípulos enumeraram vários pontos de vista que estavam sendo apresentados: "Uns dizem: João Batista; outros: Elias; e outros: Jeremias ou algum dos profetas" (versículo 14). Jesus estava sendo identificado com todos os tipos de pessoas, mas nenhuma dessas especulações estava correta.
Em seguida, Jesus perguntou aos discípulos: "Mas vós, continuou ele, quem dizeis que eu sou?" (versículo 15b). Pedro respondeu com o que é conhecido como a grande confissão, uma declaração de sua crença sobre a identidade de Jesus: "Tu és o Cristo, o Filho do Deus vivo" (versículo 16). Com essas palavras, Pedro declarou que Jesus era o Christos, o Mashiach, o Ungido.
Então Jesus disse algo interessante. Ele disse a Pedro que este era abençoado por ter aquela compreensão da identidade de Jesus. Por que ele disse isso? Jesus explicou: "porque não foi carne e sangue que to revelaram, mas meu Pai, que está nos céus" (versículo 17). Pedro havia recebido uma revelação divina de que Jesus era o Messias, não era algo que ele havia discernido pela sua própria capacidade. Novamente, isso me deixa maravilhado, porque alguém poderia pensar que quase todo mundo que encontrou Jesus o tenha reconhecido imediatamente como o Messias. Afinal, não há falta de informação no Antigo Testamento sobre a vinda do Messias—onde ele nasceria, como ele se comportaria e que poder ele manifestaria— e todos podiam ver o que Jesus estava fazendo—ressuscitando pessoas dentre os mortos, curando todos os tipos de doenças e ensinando com grande autoridade. Mas, é claro, eles não o reconheceram. A unção de Jesus não era imediatamente aparente.
JESUS, E OS TRÊS OFÍCIOS PARA OS QUAIS A EXPRESSÃO "UNGIDO DO SENHOR" APONTAM
Como foi atestado pelo Antigo Testamento, os “ungidos do Senhor” eram homens escolhidos pelo Senhor para desempenharem os ofícios de rei, profeta e sacerdote. Além desse fato, dois homens, a saber, Moisés e Samuel, desempenharam os três ofícios simultaneamente. Moisés serviu como profeta, transmitindo a vontade de Deus ao seu povo, como sacerdote que oficiou a consagração de Arão e seus filhos e como o líder (governante). Samuel, semelhantemente, era um profeta, um sacerdote que oferecia sacrifícios a Deus e um juiz, alguém encarregado de governar o povo.
Os três ofícios, profeta, sacerdote e rei, foram desempenhados pelo Senhor Jesus Cristo. E, de fato, todos aqueles que, no Antigo Testamento, desempenharam essas funções e, por essa razão, eram conhecidos como os “ungidos do Senhor”, apontavam para Jesus Cristo. Todos os profetas, sacerdotes e reis da antiga administração do Pacto eram tipos de Jesus Cristo, prefiguravam o Messias, o Ungido de Deus. Aprouve a Deus, em seu eterno propósito, escolher e ordenar o Senhor Jesus, seu Filho Unigênito, para ser o Mediador entre Deus e o homem, o Profeta, Sacerdote e Rei, o cabeça e Salvador de sua Igreja, o Herdeiro de todas as coisas e o Juiz do mundo.
(1) Profeta. Seu ofício profético é ensinado nas seguintes passagens: “O SENHOR, teu Deus, te suscitará um profeta do meio de ti, de teus irmãos, semelhante a mim” (Dt 18.15,18; Atos 3.22); “O Espírito do SENHOR Deus está sobre mim, porque o SENHOR me ungiu para pregar boas-novas” (Is 61.1; Lc 4.18). 92) Sacerdote. Seu ofício sacerdotal é ensinado nas seguintes passagens: “Tu és sacerdote para sempre, segundo a ordem de Melquisedeque” (Sl 110.4; Hb 5.5-6); “Tendo, pois, a Jesus, o Filho de Deus, como grande sumo sacerdote que penetrou os céus” (Hb 4.14-15). (3) Rei. Seu ofício real é ensinado nos seguintes textos: “o seu nome será: Maravilhoso Conselheiro, Deus Forte, pai da Eternidade, Príncipe da Paz” (Is 9.6-7); “Eu, porém, constituí o meu Rei sobre o meu santo monte Sião” (Sl 2.6).[xii]
FONTES DE PESQUISA
http://www.cristaoreformado.com/2012/04/o-uso-correto-da-expressao-ungido-do.html
http://www.ministeriofiel.com.br/artigos/detalhes/536/Jesus_Cristo_o_Ungido
http://www.gotquestions.org/Portugues/ungido.html
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