Galera de Cristo 06 - A Fonte do Avivamento
"Jamais me esquecerei dos teus preceitos, pois por meio deles que preservas a minha vida." - Salmo 119.93
Hora da verdade: Salmo 19.7-14
MARCAS QUE O VERDADEIRO AVIVAMENTO PRODUZ
Eis algumas delas, que jamais podem faltar:
Oração. É uma das maiores ênfases do Novo Testamento (1Ts 5.17). Tanto Jesus como os discípulos oravam com freqüência. Quando alguém crê em Deus, tal pessoa ora. A maior prova de incredulidade é a falta de oração. Sem oração, não há vida espiritual verdadeira. Deus deseja agir por meio de nossas orações. A oração muda as mais diversas situações. Todavia, não nos iludamos com a aparente dedicação à oração de certos grupos extremistas. Na verdade, muito do que é chamado de oração parece mais um repetir desconexo de palavras e sons que nada têm a ver com a oração bíblica.
Louvor e Gratidão. As experiências difíceis da vida muitas vezes tornam alguns cristãos aborrecidos e revoltados contra Deus. Por isso, o coração destes torna-se duro e insensível. Quando não temos disposição de agradecer a Deus por aquilo que ele é e pelo que ele tem feito, algo está errado. Passamos a acreditar que Deus não nos ama, ou que ele não está no controle da situação, conforme pensávamos. Muitos cristãos vivem esse drama de maneira oculta no coração. É preciso mudar tal atitude, com arrependimento, e ver pela fé que Deus mantém sua bênção sobre nossa vida. Quem está cheio de alegria e de gratidão é um verdadeiro “avivado” (At 13.52), pois consegue ver quem Deus é com os olhos da fé.
Arrependimento. Há duas possibilidades de viver a vida cristã. Uma é fazer de conta que estamos bem, escondendo os erros e conflitos no nosso mundo interior. Tal atitude gera a espiritualidade farisaica e perigosa, que pretender “vender” aos outros uma boa imagem de nós mesmos. A outra maneira é “deixar a luz de Deus entrar em nossas vidas”, reconhe-cendo nossa fragilidade e pecado, voltando constantemente, com humildade, ao trono da graça de Deus, arrependidos do que somos e do que fazemos. Isso deve fazer parte de nossa vida diária. Há uma espiritualidade religiosa neurótica hoje muito diferente desse arrepen-dimento humilde. Sempre que quisermos mostrar aos outros o que não somos agimos com hipocrisia. Examinemos o coração, cheguemos ao arrependimento e à mudança de atitude.
Comunhão com os Outros. A espiritualidade falsa é egocêntrica e sectarista. Já a marca do cristão é o amor. Quem não ama seu irmão não é cristão (1Jo 3.15). Não seremos mais es-pirituais por estarmos afastados dos mais “pecadores”, pelo contrário, nossa espiritualidade se mostrará verdadeira quando estivermos dispostos a conviver com quem não pode retri-buir o bem que lhe fazemos. Aquele que conversa com uma criança e que dá atenção ao pobre e ao ignorante é de fato espiritual. Há muita gente que jejua, ora, lê a Bíblia, mas que evita certas pessoas e não fala com determinado irmão. Por causa de nosso egoísmo, sem-pre procuramos ser amigos de pessoas que podem nos recompensar de alguma forma; a espiritualidade verdadeira não tem segundos interesses e procura comunhão com todo tipo de pessoa. Um cristão espiritual consegue superar as diferenças culturais, sociais, raciais, que o separam de seu irmão na fé. Aquilo que nos une deve ser mais forte do que aquilo que nos separa!
Disposição para perdoar. Nada é mais difícil do que perdoar. Todavia, o sinal de que o poder de Deus está em nossa vida pode ser visto na disposição de perdoar. Somente quando praticamos o perdão, estaremos imitando a Cristo e seguindo os passos dos cristãos da igreja primitiva (veja o caso de Estêvão em At 7.59-60). O mundo sem Deus acredita no poder da força e da violência, o cristão crê no poder constrangedor do amor perdoador. Devemos enfatizar as palavras de Jesus, no final da oração do Pai Nosso: Porque, se perdoardes aos homens as suas ofensas, também vosso Pai celestial vos perdoará a vós; se, porém, não perdoardes aos homens, tampouco vosso Pai perdoará vossas ofensas. (Mt 6.14,15).
Interesse pelas Escrituras. A Bíblia é a Palavra de Deus. E como Palavra divina, é a fonte de orientação. Todavia, muitos membros de igreja têm demonstrado pouco interesse pelas Escrituras. Alguns, depois de anos na igreja, pouco sabem das Escrituras. Outros até aprendem algo, mas não lhes chega ao coração. A atuação do Espírito deve produzir uma atitude de meditação e de aprofundamento na mensagem das Escrituras. O conhecimento bíblico sem a disposição para obedecer a Deus pode trazer ainda mais malefícios, pois tal conhecimento torna-se uma arma de auto-defesa. Se a humildade trazida pelo Espírito, não conheceremos as Escrituras como devem ser conhecidas.
Obediência. Dizemos que somos servos de Deus, mas muitos cristãos são donos de suas próprias vidas e agem como se fossem os senhores. Há muita gente que pensa que, estando já salva, pode levar a vida espiritual de qualquer jeito. É como um time classificado que joga pelo empate! Se não temos mais a disposição sincera de querer obedecer o que Deus ordena, ainda que soframos prejuízo com isso, não estamos agindo como cristãos. Quem não pretende mais obedecer a Deus está “jogando sujo” na vida espiritual e tem pecados ocultos em sua vida.
Não deixa espaço para o mundanismo. Milhares de cristãos gastam mais tempo vendo televisão, passeando e divertindo-se do que usando o seu tempo com coisas que edificam. Na verdade, o mundanismo não está apenas nas novelas e nos programas imorais ou nas danceterias e barzinhos. Se nosso coração não ama mais a Deus, transformamos a vida cristã e da igreja em “mundo”. Nossas orações serão frias e demonstrarão palavras para os outros, nosso trabalho na igreja será apenas uma posição de honra perante os outros; tudo o que fizermos será baseado na concupiscência da carne, dos olhos e na soberba da vida. Ser mundano é não ver as coisas conforme Deus, tendo apenas essa vida como horizonte de nossos interesses. Deus nos dê cristãos que tenham a visão do Pai.
Disposição para o auto-sacrifício. Quem quiser ganhar a vida irá perdê-la, mas quem perde a vida por amor a Jesus vai achá-la novamente. (Mt 16.24,25). A fé cristã proclama a graça de Deus, que se entregou por amor em nosso favor. Nada é mais comovente. Se o poder do Espírito age em nós, devemos desenvolver a mesma disposição. Cada cristão deve fazer o seu “plano de morte”. Como gastarei minha vida de modo útil, em favor daqueles que Deus tanto ama. É claro que isso é muito difícil e que fere nosso egoísmo. Vivemos em dias quando o interesse pelo que é passageiro e fútil domina a sociedade. Mas, só faremos diferença na sociedade se estivermos dispostos a perder em favor dos outros. Sejamos imitadores de Cristo.
Evangelização e Missões. Muitas igrejas de hoje tornaram-se refúgio para os cristãos não se envolverem com os maus desse mundo. Todavia a igreja não existe para si, nem para dar conforto aos cristãos, com um “ambiente saudável”. A igreja deve cumprir seu papel de proclamar a mensagem de salvação. Toda igreja “avivada” está preocupada com o cres-cimento do reino de Deus. Sempre que o salmista tinha uma grande experiência com Deus, que o levava conhecer mais profundamente a Deus, logo começava a convidar a todos a louvar e a conhecer a Deus. Quem está espiritualmente saudável deseja compartilhar sobre Deus e sua graça com os outros. Deus nos dê um coração cheio de amor pelos perdidos.
O QUE NÃO É VERDADEIRO AVIVAMENTO
Programa Agendado pela Igreja. Avivamento não é a ação da Igreja, mas de Deus. Ela não promove nem faz avivamento; ela não é agente de avivamento.Edwin Orr, um pastor americano, disse que viu duas igrejas nos Estados Unidos convidando pessoas para suas reuniões de avivamento. Uma delas dizia: “REAVIVAMENTO AQUI TODAS ÀS SEGUNDAS-FEIRAS À NOITE”, enquanto que a outra prometia: “REAVIVAMENTO AQUI TODAS AS NOITES, EXCETO ÀS SEGUNDAS-FEIRAS”.
Mudança Litúrgica. Muitos crentes confundem avivamento com forma de culto, com liturgia animada, com coreografia e instrumental aparatoso. Louvor não é encenação. Não é apenas seguir formas pré-estabelecidas, como bater palmas, dizer aleluia, amém e levantar as mãos. Louvor não é gingos e danças. Louvor que apenas levanta as mãos para o alto, mas não as estende para o necessitado não agrada a Deus. Louvor em que as pessoas apenas saltitam e pulam, mas não vive em santidade, é ofensa a Deus. Louvor que não produz mudança de vida, quebrantamento, obediência e não leva as pessoas a confiarem em Deus, não é louvor, é barulho aos ouvidos de Deus.
Milagrolatria. Muitas pessoas hoje estão limitando o avivamento a milagres, curas exorcismos. Toda vez que superenfatizamos uma verdade em detrimento de outra, nós produzimos deformações e distorções nesta verdade. Deus pode e faz maravilhas, curas e prodígios extraordinários quando Ele quer. Ele é soberano.Entretanto, esta não é a ênfase do avivamento. A igreja hoje está correndo mais atrás de sinais do que atrás de santidade. A igreja, hoje, empolga-se mais com milagres do que com uma vida cheia do Espírito. Uma igreja pode ter todos os dons sem ser uma igreja avivada. Avivamento não é conhecido pelos dons do Espírito, mas pelo fruto do Espírito.
Fanatismo. Muitas pessoas, quando começam a buscar avivamento, saem da realidade, tornam-se tão “espirituais” que já não sabem mais conviver com a vida, isolando-se, fazendo da vida uma caverna de fuga. Acham que Deus só está interessado nas coisas espirituais. Acham que Deus só olha para a vida de trabalho na igreja, sem observar os negócios, a família, o trabalho, os estudos e a vida no dia-a-dia.Esta não é a visão bíblica nem a visão do verdadeiro avivamento. O grande avivalista John Wesley lutou pelas causas sociais na Inglaterra ao mesmo tempo em que pregou sobre avivamento. Charles Finney pregou ardorosamente contra a escravidão nos EUA no século passado ao mesmo tempo em que foi o maior avivalista do seu país. João Calvino atacou com veemência os juros extorsivos em Genebra. O avivamento sempre traz profundas mudanças políticas, econômicas, sociais e morais. O avivamento não leva a igreja à fuga, mas ao enfrentamento.
O AVIVAMENTO DA RUA AZUSA
O pastor Seymour e mais sete pessoas reuniram-se para orar e buscar a plenitude do Espírito Santo, na noite de 6 de Abril de 1906. Os sete foram batizados no Espírito Santo com a evidência de falar em outras línguas. Três dias depois, Seymour recebeu o mesmo batismo de poder. Como a mensagem do fogo do avivamento começou a se espalhar pela cidade de Los Angeles, os crescentes ajuntamentos superlotaram a casa da Rua Bonnie Brae. A necessidade de um lugar maior tornou-se evidente.
O AVIVAMENTO DA RUA AZUSA
Em 1905, um pequeno grupo de crentes afro-americanos, famintos por avivamento, foram expulsos da Segunda Igreja Batista de Los Angeles. Eventualmente, eles começaram a se reunir em uma casa na Rua Bonnie Brae, onde os sinais de avivamento e manifestações espirituais começaram a juntar um crescente número de participantes. O improvável líder desse grupo foi um humilde, não muito estudado, filho de ex-escravos, chamado William Joseph Seymour. Para Seymour, a mensagem da hora era o renovo de Pentecostes, evidenciado pelo enchimento do Espírito Santo.
O pastor Seymour e mais sete pessoas reuniram-se para orar e buscar a plenitude do Espírito Santo, na noite de 6 de Abril de 1906. Os sete foram batizados no Espírito Santo com a evidência de falar em outras línguas. Três dias depois, Seymour recebeu o mesmo batismo de poder. Como a mensagem do fogo do avivamento começou a se espalhar pela cidade de Los Angeles, os crescentes ajuntamentos superlotaram a casa da Rua Bonnie Brae. A necessidade de um lugar maior tornou-se evidente.
Finalmente, um prédio desocupado em mau estado na Rua Azusa No. 312 foi localizado e alugado. Ainda que o local tenha sediado, anteriormente, a Igreja Metodista Episcopal Africana, a estrutura de dois andares já bem desgastada estava sendo usada por um construtor como depósito de materiais de construção, estábulo para animais e feno. Mas em questão de alguns dias, com serragem no chão, forro de palha ao redor do altar e duas caixas de sapato como púlpito, o primeiro culto na Missão da Rua Azusa aconteceu no dia 14 de abril de 1906.
Desde o começo, o toque soberano de Deus estava sobre William Seymour e os que com ele estavam. Por três anos, o avivamento continuou essencialmente 24 horas por dia, sete dias por semana, com uma participação de, às vezes, até 1000 pessoas. Pessoas do mundo todo vieram para receber seu “Pentecost”, muitos sendo enchidos espiritualmente antes de chegarem ao prédio. O que tem sido chamado de “maior avivamento mundial” resultou, em nossos dias, em um vasto exército de mais de 600 milhões de crentes cheios do Espírito, tocando cada nação da terra.
FONTES DE PESQUISA
http://prazerdapalavra.com.br/
http://estudos.gospelmais.com.br/IMAGENS ILUSTRATIVAS
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