Lição 10 - As Quedas de Israel e de Judá



Texto Aureo: " Converte-te ó Israel, ao Senhor, teu Deus, porque pelos teus pecados  tens caído" 
 Oséias 14.1

Texto Bíblico Básico: II Crônicas 36.15-21




A QUEDA DO REINO DO NORTE - DE PECA A OSÉIAS

PECA

Chegou ao trono por causa do assassinato do seu sucessor, Pecaías. Comandante do exército, reuniu um grupo de 50 homens da região de Gileade, conspirou contra o rei e o matou. Provavelmente seus cúmplices eram todos os oficiais graduados e faziam parte do grupo de homens "ricos e poderosos" que não estavam dispostos a pagar as pesadas taxas exigidas pelo rei da Assíria, Tiglate- Pileser. No relato do reinado de Peca, o livro dos Reis documenta o declínio de Israel e a aproximação do juízo inevitável de Deus. Com uma sucessão de reis que subiram ao trono por meio do crime e assassinato, observa-se a degeneração de uma nação que se recusava  a voltar para o Senhor. Enquanto em Judá haviam épocas em que os reis se arrependiam e o Senhor os poupava do castigo, como por exemplo,  no tempo do rei Ezequias, tal arrependimento não acontecia em Israel. Em termos de obra de Deus, portanto, o juízo viria em breve. Sob a liderança do rei da Assíria, tal julgamento começou durante o reinado de Peca e foi concluído no reinado de Oseias, o último rei de Israel.

OSÉIAS

Conspirou contra Peca, assassinou-0 e se tornou rei de Israel (II Rs 15.30; 17.1).  Reinou em Samaria por nove anos. Samaria, a capital, era praticamente a única parte do reino do Norte que não fora conquistada e parte de Efraim; porém, mesmo assim, Oséias não era mais do que um vassalo do rei assírio. Tinha de pagar pesadas taxas ao sucessor de Tiglate - Pileser, Salmaneser, que subiria ao trono da Assíria, em 727 a.C. Oséias declarou a independência do país, deixou de pagar as taxas e pediu ajuda ao Egito. Quando Salmanezer soube, invadiu a terra novamente e sitiou Samaria por três anos. Oséias foi capturado e finalmente, em 722 a.C., a cidade caiu e os israelitas foram deportados para a Assíria (II Rs 17.4). O escritor de Reis deixa bem claro que a destruição final do reino do Norte foi decorrente do juízo de Deus sobre a nação por causa da idolatria e do pecado (II Rs 17.7-23; 18.10). Muitos profetas predisseram a queda da nação, se continuassem a adorar deuses pagãos (II Rs 17.13), mas o povo não se arrependeu e o juízo finalmente veio. Tinham quebrado a aliança, e assim, as maldições do pacto caíram sobre eles, exatamente da maneira que o Senhor prometera que aconteceria.

Devido a forte idolatria, a injustiça social e a degradação moral do povo de Israel (reino do norte), Deus suscitou nações poderosas para punir o povo. E uma dessas nações foi a Assíria.  Essa nação foi governada por vários déspotas que não evitavam nenhum esforço brutal para aniquilar qualquer nação que não se rendesse, de forma incondicional, aos seus ditames. Muitos governantes cruéis levantaram-se nesse império, como, por exemplo, Tiglate Pileser III (745 – 727 a.C).

"Assim diz o Senhor: ... Israel certamente será levado cativo" (Amós 7:17). As palavras proferidas contra as tribos apóstatas foram literalmente cumpridas. Contudo, a destruição do reino se processou gradualmente. No juízo o Senhor se lembrou da misericórdia, e a princípio, quando "veio Pul [Tiglate Pileser], rei da Assíria, contra a terra", Menaém, então rei de Israel, não foi levado cativo, mas foi-lhe permitido permanecer no trono como vassalo do domínio assírio - "Menaém deu a Pul mil talentos de prata, para que a sua mão fosse com ele, a fim de firmar o reino na sua mão. E Menaém tirou este dinheiro de Israel, e de todos os poderosos e ricos, para o dar ao rei da Assíria" (2Reis 15:19,20). Havendo os assírios humilhado as dez tribos, voltaram por algum tempo para a sua própria terra. Menaém, longe de arrepender-se do mal que havia acarretado a ruína de seu reino, continuou "nos pecados de Jeroboão, filho de Nebate, que fez pecar Israel". Pecaías e Peca, seus sucessores, também fizeram "o que parecia mal aos olhos do Senhor" (2Reis 15:18,24,28). "Nos dias de Peca, rei de Israel, veio Tiglate-Pileser, rei da Assíria, e tomou a Ijom, e Abel-Bete-Maaca, e a Janoa, e a Quedes, e a Hazor, e a Gileade, e à Galiléia, e à toda a terra de Naftali, e os levou para a Assíria. ”... os rubenitas, e os gaditas, e a meia tribo de Manassés; e os trouxeram a Hala, e a Habor, e a Hara, e ao rio Gozã, até ao dia de hoje" (2Reis 15:29; 1Cr 5:26b), os quais foram espalhados entre os pagãos, removidos da Terra de Israel para terras distantes. Deste terrível golpe o reino do norte jamais se recuperou. O debilitado remanescente continuou as formas de governo, embora não mais possuísse autoridade. Apenas mais um governante, Oséias, devia suceder a Peca. Logo o reino devia ser varrido para sempre. Mas nesse tempo de tristeza e angústia Deus ainda foi misericordioso, deu ao povo outra oportunidade para abandonar a idolatria.

No terceiro ano do reinado de Oséias, o bom rei Ezequias começou a reinar sobre Judá, e tão depressa quanto possível instituiu importantes reformas nas cerimônias do Templo em Jerusalém. Fizeram-se arranjos para a celebração da Páscoa, e para esta festa foram convidados não somente as tribos de Judá e Benjamim, sobre as quais Ezequias havia sido ungido rei, mas também todas as tribos do norte. Uma proclamação soou "por todo o Israel, desde Berseba até Dã, para que viessem a celebrar a Páscoa ao Senhor, Deus de Israel, a Jerusalém; porque muitos a não tinham celebrado como estava escrito.
"Foram, pois, os correios com as cartas, da mão do rei e dos seus príncipes, por todo o Israel e Judá", com o incisivo convite: "Filhos de Israel, convertei-vos ao Senhor, Deus de Abraão, de Isaque e de Israel, para que Se volte para aqueles de vós que escaparam, e ficaram da mão dos reis da Assíria... Não endureçais agora a vossa cerviz, como vossos pais; dai a mão ao Senhor, e vinde ao Seu santuário que Ele santificou para sempre, e servi ao Senhor vosso Deus, para que o ardor da Sua ira se desvie de vós. Porque, em vos convertendo ao Senhor, vossos irmãos e vossos filhos acharão misericórdia perante os que os levaram cativos, e tornarão a esta terra; porque o Senhor vosso Deus é piedoso e misericordioso, e não desviará de vós o Seu rosto, se vos converterdes a Ele"(2Cr 30:5-9).
E os correios enviados por Ezequias levaram a mensagem "de cidade em cidade, pela terra de Efraim e Manassés até Zebulom". Israel devia ter reconhecido neste convite um apelo ao arrependimento e para que voltassem a Deus. Mas o remanescente das dez tribos que ainda ficaram habitando o território do outrora florescente reino do norte, trataram os mensageiros reais de Judá com indiferença, e até mesmo com desdém. "Riram-se e zombaram deles". Houve uns poucos, entretanto, que alegremente atenderam - "Alguns de Aser, e de Manassés, e de Zebulom, se humilharam, e vieram a Jerusalém... para celebrar a festa dos pães asmos" (2Cr 30:10-13).

Cerca de dois anos mais tarde Samaria foi invadida pela Assíria, sob o comando de Salmaneser V (filho de Tiglate-Pileser). Oséias foi preso e Samaria foi sitiada por três anos, antes de finalmente sucumbir em 722 a.C (2Rs 17:5,6); e no cerco, multidões pereceram miseravelmente de fome e de enfermidades bem como pela espada. Caiu a cidade com a nação, e o humilhado remanescente das dez tribos foi levado cativo e espalhado entre as províncias do domínio assírio. Em seu lugar foram colocados outros povos, dando origem ao povo “samaritano”; era a política usual do rei da Assíria aos povos conquistados. Nunca mais a nação de Israel – reino do norte – voltou do cativeiro.

A destruição que abateu o reino do norte foi um juízo direto do Céu. Os assírios foram meramente o instrumento de que Deus se serviu para realizar o seu propósito. Por intermédio de Isaías, que começou a profetizar pouco antes da queda de Samaria, o Senhor se referiu aos assírios como "a vara da Minha ira".  Disse Ele: "A Minha indignação é como bordão nas suas mãos" (Is 10:5). Gravemente havia os filhos de Israel pecado "contra o Senhor seu Deus,... e fizeram coisas ruins". "Não deram ouvidos, antes... rejeitaram os Seus estatutos, e o Seu concerto, que fizera com seus pais, como também os Seus testemunhos, com que protestara contra eles". Foi porque "deixaram todos os mandamentos do Senhor seu Deus, e fizeram imagens de fundição, dois bezerros, e fizeram um ídolo do bosque, e se prostraram perante todo o exército do céu, e serviram a Baal", e recusaram decididamente a arrepender-se, que o Senhor "os oprimiu, e os deu nas mãos dos despojadores, até que os tirou de diante de Sua presença", em harmonia com as claras advertências que lhes enviara "pelo ministério de todos os Seus servos, os profetas" (2Reis 17:7, 11, 14, 16, 20, 23). "Assim foi Israel transportado de sua terra à Assíria", "porque não obedeceram à voz do Senhor seu Deus, antes traspassaram o Seu concerto; e tudo quanto Moisés, servo do Senhor, tinha ordenado"(2Reis 18:12).
A apostasia personificou-se no primeiro rei de Israel, Jeroboão, que se tornou para todas as gerações subsequentes um modelo de iniquidade e mau comportamento. Não surpreende que o único remédio para 200 anos de infidelidade e apostasia espiritual fosse a deportação da terra da promessa para as nações que, ironicamente, teriam de ser o alvo da salvação proclamada por Israel.

Os Assírios. Este povo destacou-se pela organização e desenvolvimento de uma cultura militar. Encaravam a guerra como uma das principais formas de conquistar poder e desenvolver a sociedade. Eram extremamente cruéis com os povos inimigos que conquistavam, impunham aos vencidos, castigos e crueldades como uma forma de manter respeito e espalhar o medo entre os outros povos. 



A história do Reino do Norte nos ensina grandes lições

·   O reino do Norte, que iniciou mal, percorreu maus caminhos, terminou mal. Tudo o que inicia mal e persiste no mal, termina mal. O salário do pecado é o fim da vida, a morte, quer seja de uma nação, quer de um indivíduo. 

·   O Reino do Norte resultou de insatisfação por erros cometidos da parte de Salomão e seu filho, Roboão. No Norte, Jeroboão I(primeiro rei) resolveu afastar um povo do outro instituindo um sistema de adoração misto - idolatria misturada com a adoração ao Criador. Assim é a grande parte do cristianismo hoje: paganismo, misticismo, com princípios bíblicos, e isto é prostituição.

·   Vemos a paciência de Deus, que enviou profetas; permitiu que fatos ocorressem, como seca, fome, crises, guerras, mortes terríveis de nobres, desastres, opressão. Deus mostrava nisso, pelas mensagens dos profetas, quão grande era o seu esforço por salvar a nação. Foram cerca de 200 anos de tentativas, todas frustradas, mas Deus não desistia; Ele é longânime. 

·   Os profetas, durante o tempo do Reino do Norte, fizeram um trabalho intenso, e ali passaram os mais poderosos homens de Deus, como Elias e Eliseu; por certo, os mensageiros de maior credibilidade divina, que nos causam admiração até os dias de hoje. 

·   Houveram, ao todo, 9 dinastias, ou seja, 9 famílias se revezaram no poder no Reino do Norte, sendo que no do Sul, sempre foi a dinastia de Davi que esteve no poder, exceto por um breve tempo em que reinou Atalia, mas o rei estava à espera para a posse. 

·   Essa sucessão de famílias no poder, com 20 reis ao todo, envolveram sete assassinatos pela conquista do poder, portanto, das nove famílias, sete foram destituídas por esse modo. Esse modo de sucessão, por si já denuncia que Deus não estava aprovando o que eles faziam. 

·   Alguns dos reis do Norte foram tão maus que nem sequer faziam ao menos um sucessor da família no trono, isso ocorreu mais para o final do Reino do Norte, denunciando que tudo estava indo para uma situação tão ruim e que o fim se aproximava. 

· Os reis fizeram o que não era permitido por Deus, eles insistiram o tempo todo em promover a idolatria, aquilo que Deus abomina. 

·   O Reino do Norte insistiu contra Deus durante todos os reinados dos 20 reis. Por fim, chegou a uma situação insustentável, e eles se separaram definitivamente de Deus, daquele que os podia proteger, e a saga desse reino terminou em completa ruína. 

Deus é muito paciente. Jesus ainda não voltou em razão dessa paciência. Assim como Ele esperou por dois séculos para que o Reino do Norte se decidisse - por Deus ou por Baal -, pela adoração ao Criador ou à criatura -, assim Ele espera hoje. Mas os dias de espera não são ilimitados. Chega o tempo em que a situação se torna insustentável, então, a intervenção é certa. Esses dias estão chegando, eles culminarão com a imposição, pela força de lei, de uma adoração ao que não é o Criador, a saber, o Anticristo. Então, como no Reino do Norte, a paciência de Deus também se esgota. Façamos a nossa parte enquanto é dia. 

A QUEDA DO REINO DO SUL - DE JOTÃO A ZEDEQUIAS

JOTÃO

Tinha 25 anos de idade quando começou a reinar. Seguiu o pai ao fazer "o que era reto aos olhos do Senhor" (II Rs 15.34); mas, mesmo assim, não erradicou completamente o culto pagão realizado nos "lugares altos". Talvez achasse que não seria bom politicamente acabar com a adoração pagã, tão popular entre o povo. Jotão tornou-se poderoso porque dirigiu seus caminhos na presença do Senhor seu Deus (II Cr 27.6); subjugou os amonitas e recebeu altas taxas a tributos e recebeu altas taxas deles e tributos durante os primeiros anos do seu reinado. Governou em Jerusalém por 16 anos. Construiu um portão superior no Templo e várias defesas ao redor do reino. Os profetas Isaías, Miquéias e Oséias desenvolveram seus ministérios durante os reinado de Jotão. Foi ancestral de Jesus. mencionado na genealogia que demonstra sua linhagem real, em Mateus 1.9.

ACAZ

Foi sucessor do seu pai Jotão, e reinou por 16 anos em Judá durante o final conturbado do reino de Israel, do Norte. Seu governo foi caracterizado por muitos problemas e ele mesmo recebeu este epitáfio: "Não fez o que era reto aos olhos do Senhor seu Deus, como Davi, seu pai" (II Rs 16.2). Acaz conquistou essa reputação por aprovar a colocação das imagens de ídolos assírios no Templo de Jerusalém. Apesar das reformas que foram feitas posteriormente por seu filho Ezequias, Acaz havia lançado o reino do sul no mesmo caminho pelo qual o Norte tinha andado antes.

EZEQUIAS

Ezequias reinou em Judá por 29 anos. Era filho de Acaz. Era um homem piedoso, como todos os relatos bíblicos demonstram. De acordo com o autor do livro dos Reis, não houve outro como ele, nem antes nem depois, porque Ezequias confiava no Senhor. Um testemunho da fidelidade dele também é dado em Jeremias 26.18,19. Miquéias, contemporâneo de Isaías, profetizara que Jerusalém seria destruída (Mq,. 3.12). A resposta deste rei a tal mensagem foi humilhar-se. Buscou ao Senhor. A calamidade não aconteceu. Cem anos mais tarde, os anciãos, no tempo de Jeremias, estavam familiarizados com a história do livramento de Deus e da fidelidade de Ezequias.

MANASSÉS, O TERRÍVEL

Reinou durante 55 anos; subiu ao trono com 12 anos de idade, apos a morte de Ezequias, seu pai. II Rs 21.2 afirma: "Fez o que era mau aos olhos do Senhor". Essa maldade incluía idolatria e práticas pagãs, aprendidas com outras nações. Manassés não se limitou simplesmente a deixar a nação desviar-se, mas desempenhou um papel ativo na restauração dos cultos pagãos, abolidos no início do reinado de seu pai  (IICr 33.3). Erigiu altares pagãos na área do Templo e chegou a sacrificar um de seus filhos no fogo. Adorava as estrelas, envolveu-se com a feitiçaria , numa afronta direta às leis de Deus. Finalmente, como juízo, Deus permitiu que a Assíria invadisse novamente Judá, os quais prenderam a Manassés, colocaram um gancho no seu nariz, amarraram-no com cadeias de bronze e o levaram para  a Babilônia (II  Cr 33.11). A partir deste momento, o cronista registra que Manassés se arrependeu, o Senhor ouviu o seu clamor e o reconduziu a Jerusalém, para o seu reino. Então conheceu Manassés que o Senhor é Deus (II Cr 33.12,13).

AMOM 

Reinou por dois anos. Prosseguiu com as práticas idólatras do seu pai. Amom era odiado pelo povo, que já suportara o suficiente da tirania do seu pai; foi assassinado pelos seus servos com 24 anos de idade.

JOSIAS

Chegou ao trono com apenas oito anos de idade. O reinado de Josias concedeu ao povo um certo alívio da pressão assíria, que durante um século controlou a política, religião, e a vida social dos judeus. Aos 20 anos, acabou com a profanação da terra e a purificou, quando destruiu os lugares altos, os postes-ídolos, imagens de escultura e fundição. Os túmulos dos sacerdotes idólatras foram profanados e seus ossos queimados sobre os altares pagãos (II Cr 34.3,7).

JOACAZ

Filho de Josias, tinha 23 anos quando começou a reinar em Jerusalém mas permaneceu no trono apenas 03 meses.

JEOAQUIM

Irmão mais velho de Joacaz, sentou-se no trono de Davi (II Rs 23.36). Por vários anos, Jeoaquim e Judá mantiveram-se relativamente livres de interferência externa, mas depois da derrota de Faraó-Neco diante de Nabucodonosor, em 605 a.C., o rei da Babilônia anexou Judá ao seu império e tornou Jeoaquim um rei vassalo. Morreu de causas naturais, pelo menos de acordo com o registro de II Rs 24.6, o que era raro em sua época.

JOAQUIM

Filho de Jeoaquim e neto de Josias, subiu ao trono aos 18 anos de idade. Governou apenas três meses. Também foi mau e por causa de seu pecado e da transgressão do povo, foi capturado pelos caldeus e levado cativo para a Babilônia, como prisioneiro de guerra. Não se sabe qual seu destino, provavelmente tenha morrido na Babilônia.

ZEDEQUIAS

Terceiro filho do rei Josias e o último monarca de Judá. Subiu ao trono aos 21 anos de idade e reinou por 11 anos. Subiu ao trono na condição de vassalo de Nabucodonosor, rei da Babilônia e colocado no trono no lugar de seu sobrinho, Joaquim, deportado para a Babilônia. Embora o rei da Babilônia tenha recuado por um breve período, para lutar contra os egípcios, logo voltou ao cerco e finalmente derrubou os muros de Jerusalém; seus exércitos entraram na cidade, mataram muitas pessoas e tomaram outras como prisioneiras. Zedequias e seus oficiais tentaram fugir, mas foram rapidamente capturados. Sua família foi morta diante dele; após ter seus olhos furados, foi levado preso, para a Babilônia, onde morreu (II Rs 25).

Israel (o Reino do Norte), entrou em escravidão por volta de 722 a.C., cerca de 730 anos depois que saíram do Egito. Aproximadamente 209 anos antes disso, haviam sofrido a divisão no momento em que Judá fora poupada para a linhagem de Davi. Durante esses 209 anos, Deus deu a Judá, por causa de Davi, bons governantes e sua idolatria não foi tão grave quanto a de Israel. Deste modo, a casa de Judá continuou na região por mais tempo do que Israel. Judá foi tomada escrava em partes, mas foi provavelmente por volta de 586 a.C., um pouco mais de 136 anos depois da escravidão de Israel, que a última parte da tribo de Judá caiu em escravidão. Essa foi tomada por Nabucodonosor, o rei da Babilônia.

A razão final por que o povo de Judá foi levado cativo para a Babilônia é descrita, com muita clareza, em 2Reis 23.36–37; 24. Depois de séculos de rebeldia e de rejeição da aliança, os três últimos reis de Judá, Jeoaquim, Joaquim e Zedequias, colocaram a cereja final da maldade no indigesto bolo da apostasia do povo de Deus. A somatória dos anos de reinado desses três monarcas foi a gota d’água para o reino de Judá: “Coisa espantosa e horrenda se anda fazendo na terra: os profetas profetizam falsamente, e os sacerdotes dominam de mãos dadas com eles; e é o que deseja o meu povo. Porém que fareis quando estas coisas chegarem ao seu fim?” (Jr 5.30-31). Jeremias denuncia o seu povo afirmando que “… a palavra do SENHOR é para eles coisa vergonhosa; não gostam dela” (Jr 6.10). Por essa razão, o caminho de destruição e miséria espiritual estava aberto. Judá descia cada vez mais a ladeira da perversão e, esquecendo-se do Senhor, buscava outros deuses e se afastava do verdadeiro Deus. As descrições dos últimos reis de Judá nos dão ideia de como eles ampliaram o caminho para a idolatria e a perversão. E, de acordo com Paulo, quando os homens negam o verdadeiro Deus, a derrocada deles é algo esperado e progressivo (Rm 1.18-32). À medida que se tornam mais rebeldes contra o conhecimento de Deus, mais ineptos se tornam, incapazes de compreender a vida e as realidades divinas (1Co 2.14). Ezequiel 9.9 afirma: “A iniquidade da casa de Israel e de Judá é excessivamente grande, a terra se encheu de sangue, e a cidade, de injustiça; e eles ainda dizem: O Senhor abandonou a terra, o Senhor não nos vê”. Assim era a tentativa inútil do povo de se esconder do Senhor. Esta esquiva era uma prova de que ignoravam as Escrituras e tudo aquilo que os seus pais lhes havia legado.

 Jeremias narra com dramaticidade o momento final e as últimas horas de Judá: “Os caldeus queimaram a casa do rei e as casas do povo e derribaram os muros de Jerusalém. O mais do povo que havia ficado na cidade, os desertores que se entregaram a ele e o sobrevivente do povo, Nebuzaradã, o chefe da guarda, levou-os cativos para a Babilônia” (Jr 39.8-9). A destruição atingiu os objetos sagrados: “Os caldeus cortaram em pedaços as colunas de bronze que estavam na Casa do Senhor, como também os suportes e o mar de bronze que estavam na Casa do Senhor; e levaram todo o bronze para a Babilônia” (Jr 52.17)






RAZÕES PARA O CATIVEIRO 

Há quatro razões para o exílio que merecem ser enumeradas aqui:

1. O povo estava sendo punido por sua desobediência.

2. Para cumprir a lei mosaica em relação ao direito de propriedade sobre a terra, conforme referido na Lei do Jubileu (Lv 25.23,55; Dt 31.10). Todas as vezes que o pacto de propriedade fosse quebrado, o povo seria punido.

3. Um propósito didático: o povo deveria compreender que Deus era verdadeiramente Yahweh, Senhor da aliança e sustentador de tudo. O caráter exclusivista de Deus deveria ser apreendido pelo povo na prática interna e em suas relações com os demais povos. Todos deveriam reconhecer que o Senhor é o único Deus (Ez 30.8,19,25-26; 32.15; 35.9,15; 38.23; 39.6).

4. O exílio serviu também para demonstrar que Yahweh provê para o seu povo, cuida dele e o pastoreia. Várias foram as mensagens dos profetas apontando este cuidado. Além disso, a questão não era apenas naquele momento, mas anuncia a chegada da Nova Aliança e a preservação de Deus por meio de Cristo Jesus.

Mas, sem dúvida, o aspecto mais importante era que Deus desejava que seu povo se arrependesse de seus pecados e se voltasse para ele, em adoração e submissão sincera: “Ele te declarou, ó homem, o que é bom; e que é o que o Senhor pede de ti, senão que pratiques a justiça e ames a misericórdia, e andes humildemente com o teu Deus?” (Mq 6.8).


FONTES DE PESQUISA

Livro: 
Quem é Quem na Bíblia Sagrada

Internet:
http://www.palavraprudente.com.br
http://ultimato.com.br
http://luloure.blogspot.com.br

Comentários

  1. que deus abençoe sempre , que desça sobre vós a graça assim como o conhecimento que tem ajudado a muitos a crescer nas bases bíblicas assim como tem ajudado a mim

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