Lição -06 Um Rei Segundo o Coração de Deus
Texto Áureo: "Também vieram todos os anciãos de Israel ao rei, a Hebrom, e Davi fez uma aliança em Hebrom, perante o Senhor; e ungiram Davi rei sobre Israel, conforme a palavra do Senhor pelo ministério de Samuel".
I Crônicas 11.3
Texto Bíblico Básico: II Samuel 5.1-10
ABRINDO O LIVRO
Autor e Local: Na Bíblia hebraica os dois livros de Samuel formam um só, e não se sabe ao certo quem escreveu esta parte que chamamos de Segundo Livro. Os acontecimentos desse livro passarem-se em Israel durante o reinado de Davi. São histórias de grandes aventuras e foram escritas para registrar o reinado de Davi, para que pudéssemos aprender com seus erros e acertos.
Época: 1010 a.C. a 970 a.C.
Jesus no Livro: Nosso Rei
O GRANDE MONARCA ISRAELITA
As notícias sobre a morte de Saul correram rápido, mas as reações foram bem diferentes em todo o país. As tribos do norte reconheceram Is-bosete, filho do rei como legítimo representante do trono (II Sm 2.8,9). A tribo de Judá permaneceu leal a Davi e separou-se da união, ao tornar Hebrom a capital do novo reino (II Sm 2.3,4). Não demorou muito para que povo descobrisse a incompetência de Is-bosete. Abner, seu comandante militar, junto com outros cidadãos importantes, procurou Davi e abriu negociações com ele, as quais foram interrompidas quando Joabe assassinou Abner, em vingança pela morte de seu irmão. O enfraquecimento do norte encorajou a morte de Is-bosete e as tribos voltaram à união sob o reino de Davi (II Sm 5.1-3). Esse reino, agora unificado, primeiro teve Hebrom como seu centro. Mas, desejoso de ter uma localização e reconhecedor do problema estratégico gerado pela proximidade dos cananeus, Davi determinou a conquista de Jerusalém. A cidade nunca pertencera aos israelitas e localizava-se num ponto estratégico, em um cruzamento entre o leste e o oeste, o norte e o sul. Joabe, o comandante militar, liderou uma campanha bem sucedida contra aquela localidade e a conquistou para o rei. Davi consolidou seu reino ao fazer de Jerusalém sua capital administrativa. Era uma cidade neutra, pois não tinha qualquer ligação especial nem com as tribos do norte nem com as do Sul (II Sm 5.9,10). O crescimento do rei Davi não passou despercebido. Hirão, rei de Tiro, enviou seus carpinteiros e pedreiros, a fim de construir um palácio para ele (II Sm 5.11). Esse ato firmou o relacionamento entre os dois reis. Por incrível que pareça, o fortalecimento da posição do filho de Jessé ameaçou a paz relativa de que Israel gozava. Os filisteus não perturbaram o país durante os dois primeiros anos do reinado de Davi. Com o crescimento do seu poder, entretanto, decidiram acabar com a sua popularidade. O rei resistiu a cada ataque com sucesso e finalmente definiu a fronteira do reino na planície costeira (II Sm 5.19-25).
DAVI E A ARCA DO SENHOR
A paz estabelecida em Israel encorajou Davi a persuadir as tribos a reconhecer Jerusalém como centro religioso, ao levar para lá Arca da Aliança, o símbolo central do relacionamento e da aliança do povo com Deus (II Sm 6). Após encontrar descanso em Jerusalém, Davi buscou a aprovação do Senhor para providenciar um centro definitivo de culto e adoração em Israel, por meio da construção de um templo (II Sm 7). Deus modificou a oferta de Davi, pois concedeu a ele uma "casa" (dinastia) e permitiu que seu filho construísse uma casa permanente para o Senhor. Encorajado pelas promessas de Deus e feliz pela consolidação do destaque de Israel entre as nações, Davi seguiu adiante. Fortaleceu Jerusalém, desenvolveu uma administração de governo centralizada, expulsou as forças invasoras, e foi agressivo no estabelecimento da paz em Israel. Subjugou filisteus, moabitas, edomitas amonitas. Cobrou impostos dos arameus e das nações que preferiu não sujugar (II Sm 8;10). Depositou a maior parte dos tributos e dos espólios no fundo para a construção do Templo (II Sm 8.11,12). Embora fosse severo em sua justiça com as nações, o rei foi generoso no trato com Mefibosete, filho de Jônatas. Providenciou-lhe um lugar e garantiu-lhe um sustento vitalício (II Sm 9).
PECADO E LÁGRIMAS
A partir deste ponto, a história de Davi é uma mistura de tragédia e providência divina. Ele se tornou um personagem trágico. Elevado pela graça de Deusa uma posição de imenso poder, desejou ardentemente Bate-Seba, com que teve relações sexuais; ao descobrir que estava grávida, tentou encobrir seu pecado, ordenou que Urias, o marido dela, fosse morto em campo de batalha e casou-se com ela legalmente (II Sm 11). O profeta Natã proferiu um testemunho profético, condenando a concupiscência e a cobiça de Davi e seu comportamento vil (II Sm 12). O rei confessou seu pecado e recebeu perdão, mas sofreu as consequências de sua perfídia o resto da vida. O bebê que nasceu da união com Bate-Seba ficou doente e morreu. Consequentemente, Davi experimentou instabilidade e morte em sua família. Amnom violentou a própria irmã Tamar, e causou a desgraça dela (I Sm 13); foi assassinado por Absalão, irmão da jovem. Este fugiu para salvar a vida e permaneceu exilado por dois anos. Davi almejava revê-lo e foi encorajado por Joabe, o qual o enganou, ao forçá-lo a seguir um conselho que lhe fora dado por uma mulher de Tecoa. Esta, orientada por Joabe, fora ao rei pedindo proteção para o filho que assassinara o irmão. Joabe trouxe Absalão de volta. mas não ao palácio real. Depois de dois anos, o filho do rei voltou ao palácio, conquistou a simpatia do povo e pensou numa maneira de reconquistar o favor do pai (II Sm 14). Como resultado, Davi experimentou uma guerra civil dentro do país. Absalão tivera tempo para elaborar planos, a fim de perturbar a ordem e planejar um golpe de estado. Durante quatro anos, prepara-se cuidadosamente para o momento em que povo o apoiaria, em detrimento ao se velho pai. Absalão foi coroado rei em Hebrom e rapidamente partiu em direção a Jerusalém (II Sm 15). Davi saiu da capital com um grupo de seguidores e deixou vários conselheiros de confiança para trás. Husai, um deles, dava conselhos equivocados a Absalão e enviava mensageiros a Davi, a fim de informar todos os movimentos dele (II Sm 17). A guerra trouxe resultados desastrosos para as forças do filho do rei, o qual morreu pendurado em uma árvore pelos cabelos. A vitória foi clara. mas Davi sofreu mais com a perda do filho do que sentiu alegria pela vitória.
O rei voltou para Jerusalém com o apoio dos habitantes do Sul do país, os quais anteriormente haviam seguido a Absalão. As tribos do norte sentiram-se traídas pela falta de respeito demonstrada pelos moradores do Sul, pois elas também tinham apoiado o rei e dado extensão de seu território nas mãos dele; por isso, precisavam ser ouvidas. A tribo de Judá alegou que o rei lhes pertencia, e ofendeu os habitantes do Norte com sua insolente arrogância (II Sm 19.40-43). Consequentemente, a união entre as tribos ficou enfraquecida ao extremo. A dissidência rapidamente cresceu e culminou em outra guerra civil, sob a liderança de Seba, filho de Bicri, da tribo de Benjamim. Davi enviou Amasa para recrutar guerreiros de Judá, a fim de sufocar a rebelião. Como este demorou muito a retornar, o rei comissionou Abisai para perseguir Seba. Joabe perdera o favor do rei e o cargo por ter matado Absalão, e agora estava sob as ordens de Abisai. Quando Amasa, que se aliara a Seba, e Joabe se encontraram, este o matou e reassumiu o comando das tropas. Perseguiu a Seba até Abel-Bete-Maacae sitiou a cidade. Uma mulher sábia salvou a cidade, ao comprometer-se a atirar a cabeça de Seba pelo muro. Joabe retornou a Jerusalém como general, com o crédito de ter acabado com a rebelião (II Sm 20.23).
OS ÚLTIMOS DIAS DE DAVI
No término de sua vida, Davi tinha realizado o objetivo de solidificar Israel contra os filisteus, ao sudoeste; os edomitas, ao sudeste; os moabitas e monitas, ao leste; e os arameus, ao norte. Havia estendido seu reino por todas as áreas da terra que fora prometida a Abraão (Gn 15.18,19). Desenvolveu uma administração eficiente, pela qual era capaz de governar este vasto império. Um excelente exército era mantido constantemente em prontidão, para assegurar a paz e a estabilidade do reino. Por causa do seu sucesso, Davi confiou em si mesmo e decidiu fazer um censo. Isso desagradou ao Senhor que enviou uma praga contra o reino, O próprio rei foi responsável pela morte de muitos inocentes. Por isso, comprou um campo e ofereceu em sacrifício a Deus, que expressava arrependimento por sua presunção. Esse local, a eira de Araúna, no futuro, se tornaria o lugar onde Salomão construiria o Templo (II Sm 24.1-25). Davi ordenou que Salomão fosse ungido rei, após ouvir que seu filho Adonias fizera uma tentativa de usurpar o trono (I Rs 1.1 a 2.12). Preveniu o seu sucessor sobre várias pessoas que poderiam comprometer a estabilidade do seu reinado: Joabe, o comandante, Simei, o rebelde (I Rs 2.5,6,8,9). Incumbiu-o de permanecer fiel a Deus, porque no Senhor estava a fonte do poder e a perpetuidade da dinastia.
REFLEXÃO - A DISCIPLINA DE DIZER "NÃO"
A história de Davi e Bate-Seba é uma das mais famosas da Bíblia. Por séculos pregadores fizeram uso de sua poderosa mensagem sobre as consequências de não se manter puro. O que é espantoso nessa história é a incapacidade de Davi de dizer "não". O reis tem privilégios espetaculares e Davi não era exceção. A maioria deles vivem com pouquíssimas necessidades físicas não supridas. Ele tem o luxo de dizer "sim" a todas as coisas. Para Davi, naquele dia em especial, também incluía dizer "Quero ter aquela mulher pra mim". Perder a habilidade de dizer não significa perder o controle. Quando fazemos isso, nos tornamos escravos de algo, não de alguém. Todos os vícios acabam sendo uma decisão sobre a quem serviremos. Com frequência, somos todos confrontados por uma miríade de oportunidades e tentações inconsequentes e transformadoras de vida. A maneira como respondemos a essas situações torna-se uma expressão de nossa fidelidade espiritual. Uma vida disciplinada é a sua própria recompensa. Tente dizer "não" para alguma coisa regularmente para fortalecer o "músculo do não". Encoraje seus filhos a fazerem o mesmo. Exercitamos a sabedoria quando aprendemos a tomar decisões difíceis - o poder de voluntariamente governar a mim mesmo e dizer "não" quando meu impulso inicial é dizer "sim". Você sabe de onde vem esse poder? o domínio próprio é fruto do Espírito Santo (Gl 5.22,24). Quando descobrimos a alegria de servir o propósito de Deus no mundo por meio da disciplina, estaremos também preparados para momentos como esse em que Davi, aparentemente, não estava.
FONTES DE PESQUISA
Livro: Quem é Quem na Bíblia Sagrada - Ed. Vida
Bíblia da Mamãe - Ed. SBB
http://www.ministerioadorarte.com/estudo-biblico-davi-homem-segundo-o-coracao-de-deus/
IMAGENS ILUSTRATIVAS
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A paz estabelecida em Israel encorajou Davi a persuadir as tribos a reconhecer Jerusalém como centro religioso, ao levar para lá Arca da Aliança, o símbolo central do relacionamento e da aliança do povo com Deus (II Sm 6). Após encontrar descanso em Jerusalém, Davi buscou a aprovação do Senhor para providenciar um centro definitivo de culto e adoração em Israel, por meio da construção de um templo (II Sm 7). Deus modificou a oferta de Davi, pois concedeu a ele uma "casa" (dinastia) e permitiu que seu filho construísse uma casa permanente para o Senhor. Encorajado pelas promessas de Deus e feliz pela consolidação do destaque de Israel entre as nações, Davi seguiu adiante. Fortaleceu Jerusalém, desenvolveu uma administração de governo centralizada, expulsou as forças invasoras, e foi agressivo no estabelecimento da paz em Israel. Subjugou filisteus, moabitas, edomitas amonitas. Cobrou impostos dos arameus e das nações que preferiu não sujugar (II Sm 8;10). Depositou a maior parte dos tributos e dos espólios no fundo para a construção do Templo (II Sm 8.11,12). Embora fosse severo em sua justiça com as nações, o rei foi generoso no trato com Mefibosete, filho de Jônatas. Providenciou-lhe um lugar e garantiu-lhe um sustento vitalício (II Sm 9).
Um dos pontos fortes de Davi era a convicção de que a ajuda e a direção de Deus eram absolutamente essenciais para o sucesso na batalha. Por isso, sua prática regular era consultar o Senhor. Para cumprirmos o propósito de Deus para a nossa vida, também devemos buscar a direção de Deus por meio da oração e do Espirito Santo que abita em nós (Rm 8.1-17).
O QUE TORNOU DAVI UM HOMEM SEGUNDO O CORAÇÃO DE DEUS?
1- Sinceridade: Que requisitos Davi possuía mesmo sujeito às quedas que mais tarde sofreria? O Salmo 51 aponta um deles. Ali, vemos que Davi não era hipócrita, pois conhecia suas falhas, seus limites e sabia quando e o quanto desagradava a Deus com suas transgressões (vs. 1 e 3). Nesse processo de reconhecimento da própria miserabilidade, humilhava-se diante do Todo-Poderoso em busca da misericórdia e purificação (v. 7). Foi na sua sinceridade que Davi disse a Natã: “Pequei contra o Senhor” (2 Samuel 12.13). E essa confissão foi tão sincera (embora o texto a simplifique), que o profeta imediatamente replicou: “Também o Senhor te perdoou do teu pecado; não morrerás.” Não obstante o perdão, as consequências daquele pecado foram terríveis para Davi.
2- Adoração: Além da sinceridade, Davi tinha características de quem adorava a Deus, não somente nos momentos de culto, mas também na prática da vida. Duas situações demonstram isso. A primeira encontra-se em 2 Samuel 23.14-18. O tempo era de guerra e os filisteus acampavam-se em Belém, enquanto Davi estava numa fortaleza, onde desejou beber do poço que estava junto à porta da cidade. Certamente tratava-se da melhor água das redondezas. Sabendo do desejo do rei, três oficiais se arriscaram atravessando o acampamento inimigo, colhendo da água e trazendo-a até Davi. Mas, ao invés de bebê-la, o “homem segundo o coração de Deus” preferiu derramá-la no chão como libação ao Senhor.
Libação: derramamento de um líquido (vinho, óleo, leite) como ato de culto a Deus (Êx 29.40-41).
Mais tarde, Davi passa por outra experiência que evidencia o valor que tinha para ele uma oferta ao Senhor. Em 2 Samuel 24.18-24, Davi fora instruído a levantar um altar ao Senhor em terras particulares. Ao chegar com sua comitiva ao lugar indicado, foi recebido pelo proprietário Araúna com todas as honras de um rei. Quando soube do motivo da visita real, Araúna ofereceu gratuitamente o terreno, os animais e todo o material necessário para o holocausto. Entretanto, Davi rejeitou a proposta e, insistindo em pagar o preço de mercado, explicou: “Não oferecerei ao Senhor, meu Deus, holocaustos que não me custem nada.”
3- Coragem: Na passagem do gigante Golias vemos a coragem deste jovem que ainda não era rei (1 Samuel 17.22). Davi se propôs a lutar contra o gigante. Davi rejeitou todas as armaduras (vs. 38-40). Davi lutou com urso e leão (vs. 37). Na caverna de Adulão, Davi acolheu todos os que estavam com problemas e os tornou um grande exército de 400 homens.
4- Coração puro: “Porque o Senhor não vê como vê o homem, pois o homem vê o que está diante dos olhos, porém o Senhor olha para o coração.” (1 Samuel 16.7.)
5- Amar a Deus acima de tudo: Davi trouxe a Arca de Deus para o meio do povo (2 Samuel 6.1). Desejou fazer uma casa para Deus (2 Samuel 7.1). Davi amava tanto a Deus que não queria viver no seu palácio sabendo que a arca de Deus vivia dentro de cortinas.
O que aproximava Davi do Senhor:
Sede de Deus: “Ó Deus, tu és o meu Deus; ansiosamente te busco. A minha alma tem sede de ti; a minha carne te deseja muito em uma terra seca e cansada, onde não há água.” (Salmo 63.1.)
Decisões: Não tomava decisões sem buscar ao Senhor: Era completamente responsável desde quando era pastor de ovelhas.
PECADO E LÁGRIMAS
A partir deste ponto, a história de Davi é uma mistura de tragédia e providência divina. Ele se tornou um personagem trágico. Elevado pela graça de Deusa uma posição de imenso poder, desejou ardentemente Bate-Seba, com que teve relações sexuais; ao descobrir que estava grávida, tentou encobrir seu pecado, ordenou que Urias, o marido dela, fosse morto em campo de batalha e casou-se com ela legalmente (II Sm 11). O profeta Natã proferiu um testemunho profético, condenando a concupiscência e a cobiça de Davi e seu comportamento vil (II Sm 12). O rei confessou seu pecado e recebeu perdão, mas sofreu as consequências de sua perfídia o resto da vida. O bebê que nasceu da união com Bate-Seba ficou doente e morreu. Consequentemente, Davi experimentou instabilidade e morte em sua família. Amnom violentou a própria irmã Tamar, e causou a desgraça dela (I Sm 13); foi assassinado por Absalão, irmão da jovem. Este fugiu para salvar a vida e permaneceu exilado por dois anos. Davi almejava revê-lo e foi encorajado por Joabe, o qual o enganou, ao forçá-lo a seguir um conselho que lhe fora dado por uma mulher de Tecoa. Esta, orientada por Joabe, fora ao rei pedindo proteção para o filho que assassinara o irmão. Joabe trouxe Absalão de volta. mas não ao palácio real. Depois de dois anos, o filho do rei voltou ao palácio, conquistou a simpatia do povo e pensou numa maneira de reconquistar o favor do pai (II Sm 14). Como resultado, Davi experimentou uma guerra civil dentro do país. Absalão tivera tempo para elaborar planos, a fim de perturbar a ordem e planejar um golpe de estado. Durante quatro anos, prepara-se cuidadosamente para o momento em que povo o apoiaria, em detrimento ao se velho pai. Absalão foi coroado rei em Hebrom e rapidamente partiu em direção a Jerusalém (II Sm 15). Davi saiu da capital com um grupo de seguidores e deixou vários conselheiros de confiança para trás. Husai, um deles, dava conselhos equivocados a Absalão e enviava mensageiros a Davi, a fim de informar todos os movimentos dele (II Sm 17). A guerra trouxe resultados desastrosos para as forças do filho do rei, o qual morreu pendurado em uma árvore pelos cabelos. A vitória foi clara. mas Davi sofreu mais com a perda do filho do que sentiu alegria pela vitória.
Você Sabia? Absalão era famoso por sua beleza e seus longos cabelos: “Não havia, porém, em todo o Israel homem tão celebrado por sua beleza como Absalão; da planta do pé ao alto da cabeça, não havia nele defeito algum.” (2Sm 14. 25). E "Quando cortava o cabelo, no fim de cada ano ele costumava cortá-lo, quando pesava muito, e por isso o cortava, ele pesava-o e o seu peso era de duzentos siclos, pelo peso do rei.” (II Samuel 14,25-26) . Segundo cálculo aproximado de estudiosos, Absalão cortava aproximadamente dois quilos e meio de cabelo por ano.
O rei voltou para Jerusalém com o apoio dos habitantes do Sul do país, os quais anteriormente haviam seguido a Absalão. As tribos do norte sentiram-se traídas pela falta de respeito demonstrada pelos moradores do Sul, pois elas também tinham apoiado o rei e dado extensão de seu território nas mãos dele; por isso, precisavam ser ouvidas. A tribo de Judá alegou que o rei lhes pertencia, e ofendeu os habitantes do Norte com sua insolente arrogância (II Sm 19.40-43). Consequentemente, a união entre as tribos ficou enfraquecida ao extremo. A dissidência rapidamente cresceu e culminou em outra guerra civil, sob a liderança de Seba, filho de Bicri, da tribo de Benjamim. Davi enviou Amasa para recrutar guerreiros de Judá, a fim de sufocar a rebelião. Como este demorou muito a retornar, o rei comissionou Abisai para perseguir Seba. Joabe perdera o favor do rei e o cargo por ter matado Absalão, e agora estava sob as ordens de Abisai. Quando Amasa, que se aliara a Seba, e Joabe se encontraram, este o matou e reassumiu o comando das tropas. Perseguiu a Seba até Abel-Bete-Maacae sitiou a cidade. Uma mulher sábia salvou a cidade, ao comprometer-se a atirar a cabeça de Seba pelo muro. Joabe retornou a Jerusalém como general, com o crédito de ter acabado com a rebelião (II Sm 20.23).
Davi era humano, mas permaneceu fiel ao Senhor durante toda a sua vida. Embora tenha pecado tragicamente contra Deus e o próximo, era um homem humilde. A sua força estava no Senhor, desde o princípio até o fim de seus dias. Os Salmos atribuídos a ele falam essa verdade. Tal afirmação sobre a sua confiança no Senhor é também encontrada no final de II Samuel: "O Senhor é minha rocha, a minha fortaleza e o meu libertador. Meu Deus é a minha rocha em quem me refugio; o meu escudo e a força da minha salvação. ele é o meu alto retiro, meu refúgio, e o meu salvador - dos homens violentos me salvaste (22.2,3). Os cânticos compostos por ele também trazem esta correlação entre humildade, a obediência e a bondade de Deus, Conforme Davi escreveu: "Com o puro te mostras puro, com o perverso te mostra sagaz. Livra o povo humilde, mas teus olhos são contra os altivos, e tu os abates" (II Sm 22.27,28). O Senhor não apenas mostrou seu poder para Davi e seus conterrâneos, mas também comprometeu-se a proteger todo os seu povo por meio do ungido, que descenderia do referido rei. Essa é a essência da aliança davídica. Os escritores do Novo Testamento testemunham sobre a conexão entre Davi e Cristo. A genealogia de Jesus recua até o filho de Jessé (Mt 1.1). Ele é o governante sobre o trono de Davi, cujo reino se estende até os confins da terra. É o cabeça da Igreja (Cl 1.18) e trará todas as nações ao conhecimento de sua soberania (I Co 15.25). Ele estabelecerá o reino de Deus sobre a Terra (I Co 15.27,28) e, por esse motivo, cumpre as promessas em benefício de todo o povo do Senhor, tanto judeus quanto gentios.
OS ÚLTIMOS DIAS DE DAVI
No término de sua vida, Davi tinha realizado o objetivo de solidificar Israel contra os filisteus, ao sudoeste; os edomitas, ao sudeste; os moabitas e monitas, ao leste; e os arameus, ao norte. Havia estendido seu reino por todas as áreas da terra que fora prometida a Abraão (Gn 15.18,19). Desenvolveu uma administração eficiente, pela qual era capaz de governar este vasto império. Um excelente exército era mantido constantemente em prontidão, para assegurar a paz e a estabilidade do reino. Por causa do seu sucesso, Davi confiou em si mesmo e decidiu fazer um censo. Isso desagradou ao Senhor que enviou uma praga contra o reino, O próprio rei foi responsável pela morte de muitos inocentes. Por isso, comprou um campo e ofereceu em sacrifício a Deus, que expressava arrependimento por sua presunção. Esse local, a eira de Araúna, no futuro, se tornaria o lugar onde Salomão construiria o Templo (II Sm 24.1-25). Davi ordenou que Salomão fosse ungido rei, após ouvir que seu filho Adonias fizera uma tentativa de usurpar o trono (I Rs 1.1 a 2.12). Preveniu o seu sucessor sobre várias pessoas que poderiam comprometer a estabilidade do seu reinado: Joabe, o comandante, Simei, o rebelde (I Rs 2.5,6,8,9). Incumbiu-o de permanecer fiel a Deus, porque no Senhor estava a fonte do poder e a perpetuidade da dinastia.
REFLEXÃO - A DISCIPLINA DE DIZER "NÃO"
A história de Davi e Bate-Seba é uma das mais famosas da Bíblia. Por séculos pregadores fizeram uso de sua poderosa mensagem sobre as consequências de não se manter puro. O que é espantoso nessa história é a incapacidade de Davi de dizer "não". O reis tem privilégios espetaculares e Davi não era exceção. A maioria deles vivem com pouquíssimas necessidades físicas não supridas. Ele tem o luxo de dizer "sim" a todas as coisas. Para Davi, naquele dia em especial, também incluía dizer "Quero ter aquela mulher pra mim". Perder a habilidade de dizer não significa perder o controle. Quando fazemos isso, nos tornamos escravos de algo, não de alguém. Todos os vícios acabam sendo uma decisão sobre a quem serviremos. Com frequência, somos todos confrontados por uma miríade de oportunidades e tentações inconsequentes e transformadoras de vida. A maneira como respondemos a essas situações torna-se uma expressão de nossa fidelidade espiritual. Uma vida disciplinada é a sua própria recompensa. Tente dizer "não" para alguma coisa regularmente para fortalecer o "músculo do não". Encoraje seus filhos a fazerem o mesmo. Exercitamos a sabedoria quando aprendemos a tomar decisões difíceis - o poder de voluntariamente governar a mim mesmo e dizer "não" quando meu impulso inicial é dizer "sim". Você sabe de onde vem esse poder? o domínio próprio é fruto do Espírito Santo (Gl 5.22,24). Quando descobrimos a alegria de servir o propósito de Deus no mundo por meio da disciplina, estaremos também preparados para momentos como esse em que Davi, aparentemente, não estava.
FONTES DE PESQUISA
Livro: Quem é Quem na Bíblia Sagrada - Ed. Vida
Bíblia da Mamãe - Ed. SBB
http://www.ministerioadorarte.com/estudo-biblico-davi-homem-segundo-o-coracao-de-deus/
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