Lição 05 - Depois de dizer "sim"

Texto Áureo: Mateus 19.6
Texto Bíblico Básico: Mateus 7.16-20, 24-27




 OS VENTOS SOMBRIOS E A ROCHA ETERNA



O louvor infantil é bem conhecido: "não, não construa sua casa na areia, não não construa na beira do mar, mesmo que pareça chique é impossível que ela fique a tempestade a vai derrubar...a Rocha é um lugar de construir, o alicerce firme que não vai cair, as tempestades vem e vão mas a paz de Cristo, tu tens..." Jesus referiu-se à nossa vida quando falou acerca dos dois alicerces. Nossas escolhas e atitudes definirão as bases do compromisso firmado no altar de Deus no dia do casamento. O alicerce de uma construção deve ser lançado levando-se em consideração as intempéries que a mesma irá enfrentar a longo prazo. Assim é a vida a dois. Existem sim dias ruins, e fingir que eles não acontecerão é fingir que não enfrentaremos o destino de todos os homens, seja agora, seja daqui há décadas. Nos dias dessas tormentas, das ligações de madrugada nos trazendo a notícia que nos mudará a vida, vermos, finalmente, nossos amores partirem, e por serem amores, nos partir a alma em cacos, ver-se desempregado, a doença, o vício, a violência, as desavenças, o roubo, a possibilidade de tudo isso atingir nossa casa... onde estarão nossos pés firmados quando a tempestade vier? Quan­do vol­ta­mos nos­sa vi­são pa­ra a pa­rá­bo­la, ob­ser­va­mos que Je­sus chama a aten­ção dos ouvin­tes pa­ra os fun­da­men­tos da ca­sa. O im­pru­den­te cons­trói so­bre a areia e o sá­bio so­bre a ro­cha. E quan­do a tem­pes­ta­de so­pra, a ca­sa da areia de­sa­ba e a da ro­cha per­ma­ne­ce. O Mes­tre en­si­nou que não de­ve­mos con­fun­dir feli­ci­da­de com a fal­sa sen­sa­ção de bem-es­tar. Cons­truir na areia é prio­ri­zar a co­mo­di­da­de, o supérfluo, o aparente ou to­do o ti­po de con­for­to que uma so­cie­da­de consumis­ta ten­ta fa­zer as pes­soas acre­di­tarem se­rem in­dis­pen­sá­veis pa­ra a fe­li­ci­da­de. A pa­rá­bo­la ad­ver­te os ca­sais so­bre es­sa ques­tão, mos­tran­do que as coi­sas su­per­fi­ciais não re­sis­tem ao agua­cei­ro. Cons­truir na ro­cha é prio­ri­zar a es­ta­bi­li­da­de. O ver­da­dei­ro bem-es­tar es­tá ali­cer­ça­do no bom sen­so dos ca­sais em re­la­ção ao fu­tu­ro, ao pre­sen­te e ao pas­sa­do. Olhar pa­ra o fu­tu­ro com res­pon­sa­bi­li­da­de e ten­do dis­po­si­ção de en­tre­gar-se um ao ou­tro é o pri­mei­ro pas­so de uma re­la­ção que tem tu­do pa­ra du­rar. E, se por aca­so al­gu­ma coi­sa não der cer­to, o se­gre­do é perdoar e re­cons­truir com amor aque­le pe­da­ço “mal fei­to”. Va­le a pe­na pre­ser­var a har­mo­nia e a be­le­za do ca­sa­men­to. 

O VENTO DA INFERTILIDADE: SEM FILHOS, MAS NÃO SEM VALOR!

A maioria dos casais espera ter filhos. Desde que Deus disse a Adão e Eva: "Sede fecundos, multiplicai-vos  os filhos fazem parte do plano divino para o homem e a mulher que se unem em casamento. As escrituras ensinam que os filhos são herança do Senhor e recompensa de Deus (Sl. 127. 3-5). Portanto, um casal pode se sentir confuso e desnorteado quando não consegue conceber filhos conforme o planejado ou desejado. A falta de filhos era especialmente problemática nos tempos bíblicos.  Na bíblia, a infertilidade não causava apenas sofrimento pessoal. Os filhos eram um sinal de bênção material de Deus (Sl 127. 3-5), pois cuidavam dos membros mais velhos da família. Também eram sinal de bênção espiritual de Deus. pois a linhagem continuava devido à presença de representantes da família na terra dos viventes. A memória de uma pessoa era preservada através de seus descendentes. Assim a esterilidade representava um término. A infertilidade é definida em termos médicos como a incapacidade de engravidar depois de um ano ou mais de relações sexuais frequentes sem o uso de contraceptivos ou incapacidade de levar a diante várias gestações. Cerca de 15% de todos os casais hoje são inférteis. Apesar da infertilidade masculina e feminina ter várias causas, graças aos avanços da medicina, muitas delas podem ser diagnosticadas e tratadas. Mas, apesar dos tratamentos, alguns casais continuam impossibilitados de ter filhos. A decisão de um casal de escolher o momento da concepção, buscar medidas que estimulem a fertilidade ou de adotar uma criança é uma responsabilidade que os dois compartilham diante de Deus, Autor da vida. A ausência de filhos não diminui o valor de um casal aos olhos de Deus se esta é a vontade perfeita Dele para essas duas pessoas. Os casais estéreis não foram abandonados por Deus. A infertilidade leva o casal a experimentar uma ampla gama de emoções. Como Sara (Gn 11.30), Raquel (Gn 30.1), Ana (I Sm 1.2) e Isabel (Lc. 1.36), uma mulher sem filhos muitas vezes sente decepção, desamparo, ira, autopiedade, tristeza, baixa auto estima ou culpa. Não obstante o impacto que a infertilidade exerce sobre o casal, a dor pessoal normalmente é profunda. Irmão e irmãs em Cristo podem ajudar a curar essa dor oferecendo encorajamento e compreensão, respeitando o desejo do casal de explorar suas opções e falando abertamente sobre o assunto quando este vem à baila. Temos que entender qual o propósito de Deus, o que Ele quer fazer e o que Ele quer dizer quando as coisas não acontecem do jeito que queremos. 

                                                                                                  
Mulheres estéreis na Bíblia que alcançaram a sua tão esperada promessa


1-Sara, esposa de Abraão

Deus fez uma promessa de dar um filho para Sara,e após 25 anos Deus cumpriu sua promessa e Isaque nasceu. (Gênesis 21), Sara já era da idade de 90 anos, mais isso não foi um empecilho para Deus!

2-Rebeca, esposa de Isaque.



Rebeca também era biologicamente incapaz de gerar filhos. Mas, o Senhor ouviu a oração do seu marido e Rebeca engravidou, Deus operou um milagre em dobro, ela teve dois filhos de uma só vez, nasceram os gêmeos Esaú e Jacó. (Gênesis 25:24)

3-Raquel, esposa de Jacó

Raquel era estéril, mas após muito tempo o Senhor abriu a sua madre, e Raquel teve 2 filhos, José e depois teve Benjamim (Gênesis 30).

4- Ana, esposa de Elcana

Ana era uma mulher comum como qualquer outra, dona de casa, trabalhadora e fiel… porém estéril e sofria muito por não ter filhos, era humilhada. Um dia Ana orou e fez um voto com o Senhor prometendo seu filho à Deus, passado  algum tempo, Ana concebeu, e deu à luz um filho, ao qual chamou Samuel, e depois o Senhor deu a Ana, mais três filhos e duas filhas; (1 Samuel 1 e 2).

5-Isabel, esposa de Zacarias

Isabel sofria de esterilidade. Ela e seu esposo eram pessoas íntegras, justas aos olhos do Senhor, e obedientes em todos os mandamentos de Deus, e mesmo assim passaram por este sofrimento. Além de estéril, Isabel era de idade avançada, como Sara. Mas para Deus, não há impossível, então Deus lhe deu um filho, João Batista (Lucas 1:57)

6- A mãe de Sansão, esposa de Manoá


No livro de Juízes 13  a bíblia relata a mais uma história de uma mulher infértil, a mãe de Sansão; a Bíblia não informa o nome da mãe do valente Sansão, mas apenas nos diz que era a esposa de Manoá. Certo dia, ela estava sozinha quando o Anjo do Senhor anunciou a ela que teria um filho, e lhe deu três regras para consagração do menino, pois o fruto do seu ventre seria usado por Deus para libertar os israelitas da opressão dos povos dominadores, em especial os filisteus. Nasceu Sansão, que, educado e criado pela mãe conforme especificações do Anjo, tornou-se o mais forte guerreiro da Bíblia, e sozinho libertou os israelitas das mãos de seus inimigos, na força do Senhor.

O VENTO DA ENFERMIDADE E DA PERDA

Quando fazemos os votos de amor diante do altar, nos são ditas palavras que realmente farão parte de nossa vida, na saúde e na doença, e aceitamos cuidar um do outro não importando quais as circunstâncias. Infelizmente, algumas doenças trazem um impacto profundo, tanto emocional quanto espiritual, é o caso de doenças terminais, por exemplo. Quando alguém é diagnosticado com uma enfermidade grave, o desespero é imediato, e não é por menos. Há doenças e acidentes que trazem perturbação ao casal por um período de tempo, mas há situações em que o problema é crônico. Há lares que convivem com um filho excepcional, por exemplo, o qual requer o cuidado e atenção absoluta da família. Ter um membro de nossa família doente pode ser um grande desafio. Aprender a lidar com o desconhecido pode trazer um desgaste familiar e muitas vezes a descrença em Deus.Quando a enfermidade atinge o cônjuge, se torna mais difícil. Muitas mudanças serão necessárias, inclusive na rotina da família. Mas o que realmente será importante é o apoio que todos terão que fornecer a ele e a respeitar seus medos e frustrações. O apoio familiar sem dúvida é um dos melhores remédios que ele poderá receber, estar ao seu lado, incentivar nos momento de pessimismo, dar uma palavra de conforto, ser positivo - mesmo que o cenário não favoreça, e, acima de tudo, respeitar seus momentos de dor. Mostrar que existe cura e que ele poderá ser um deles, fará muita diferença em sua autoestima que estará abalada. O ventre familiar é a força que todos nós buscamos nos momentos de alegria e dor. Controlar o estresse familiar é necessário e criar um ambiente harmônico influenciará com bons resultados no tratamento. Vale a dica: Desfrute cada momento com sua família, nunca saberemos quando algo de ruim poderá acontecer, seja uma doença ou a partida de alguém. Nunca deixe de valorizar esses momentos e não deixe para amanhã o que você pode fazer hoje por eles.

O VENTO QUE SE ABATE SOBRE OS FILHOS

Difícil os pais não terem expectativas e sonhos a respeito de seus filhos. Desde o ventre imagina-se a profissão que irão seguir, como será a personalidade de cada um... investe-se na educação e no conforto deles; mas, às vezes, não obstante os esforços, sacrifícios e orações dos pais, as coisas não saem como planejado ou sonhado. Nem todo o pai tem um filho que o faça feliz. Alguns filhos foram largados pelos pais; há, no entanto, os que tiveram uma boa educação e outros até foram criados no evangelho, mas depois de um tempo, enveredaram por caminhos maus como como drogas , prostituição ou crimes. Ver um filho rebelando-se, ou conduzindo sua vida de maneira errada, traz amargura ao coração que qualquer pai ou mãe.  Os pais devem entender que: (1) eles tem o dever de educar os filhos, não importa quão exaustiva e ou difícil seja a tarefa; (2) o lar é o melhor lugar para as crianças começarem a ouvir a Palavra de Deus; (3) os filhos devem ser submissos aos pais. Uma das formas mais vis e cruéis que o mundo, rebelde contra Deus por natureza, utiliza para atacar as famílias, é minar a relação entre pais e filhos. Tudo no mundo incentiva a desobediência aos pais e o afastamento do convívio familiar. Como Igreja, devemos fazer nossa parte na educação dos nossos filhos e clamar por eles, mesmo quando tudo parecer perdido, apresentá-los constantemente a Deus; não podemos nos calar diante muitas vezes do quadro desolador que se tornou a vida de um filho. Precisamos nos levantar contra esse sistema hostil e oposto à Palavra de Deus. Nossos lares podem - e devem - ser diferentes. Afinal, somos a luz do mundo!

O VENTO DO FRACASSO MORAL




No segundo livro de Samuel, nos capítulos 11 e 12, a Bíblia relata a queda do rei de Davi, que não era um crente qualquer, mas alguém que tinha um coração de adorador. Ele foi o homem segundo o coração de Deus, aquele que nos ensinou a adorar, que tocou o coração de Deus com seu louvor. Este homem, em um momento de vacilo, não soube lidar com a tentação e fez o inconcebível, o inimaginável para alguém temente a Deus. Ele não somente adulterou, roubando a mulher de seu fiel soldado Urias, mas mandou matar seu amigo para livrar-se das evidências do adultério e da gravidez. O pecado de Davi teve implicações na vida pessoal, na sua família e em seu reino. Quando a tempestade de um fracasso moral atinge uma pessoa, espalha seu rastro de destruição por toda a sua área de influência. Sofre quem pecou, sofrem os filhos, os liderados, a esposa, a mãe, os parentes, a empresa, enfim, tudo quanto está à sua volta. Com Adão, que trouxe uma maldição para o planeta – a sentença foi assim: “maldita é a terra por tua causa”). Também é assim conosco. Um pecado moral atinge todas as relações à nossa volta. Alguém pode ser atingido pelo pecado de outro e sofrer sem ter culpa. É o caso de um filho que vive distante do pai que deixou o lar para viver uma aventura, ou de uma esposa que se manteve fiel, que fez o seu melhor, mas que não foi suficiente para a cobiça, a ganância e o egoísmo do marido que a abandonou. O rei Davi tinha uma filha virgem, que foi forçada pelo próprio irmão. Ela tinha uma vida normal, mas o vento que abalou a família ainda soprava de modo sinistro e comprometeu toda sua vida e inocência. O irmão, Amnon, nutria certa paixão patológica por ela e depois de conseguir dormir à força com a irmã, a desprezou, expulsando-a de casa. A tragédia poderia ter terminado por ali se o rei Davi tivesse estabelecido uma punição para o estuprador. No entanto, com a consciência comprometida pelo próprio pecado moral, o rei e juiz de Israel fez vista grossa, abrindo espaço para a ira de outro irmão, que duvidou da capacidade de julgamento do pai e fez justiça com as próprias mãos, assassinando o estuprador. Quantas pessoas poderiam ter sido poupadas, mas a tempestade do pecado deixou seu rastro de destruição. Absalão, que mandou matar o irmão, depois de ficar exilado bastante tempo, promoveu uma rebelião e tomou o trono do pai. Davi fugiu com seus homens de confiança e, durante um combate entre as forças do revoltoso e as do antigo rei, o rapaz acabou morto. Mesmo assim, a graça de Deus se manifestou. Pode ser que você tenha sido atingido por uma tempestade semelhante. Talvez tenha sido você o pecador, ou pode ser que você tenha sido atingido pelo erro de um terceiro. Independentemente do caso, você pode contar com a graça e o perdão de Deus. Perdoar é imperativo para se livrar do lixo emocional que se deposita na alma. Esse vento do fracasso moral é sério e pode atingir qualquer casamento. Se o casal não estiver com sua casa levantada sobre a rocha, a construção pode sucumbir.


PROJETO DE VIDA À PROVA DO TEMPO E DAS ADVERSIDADES



O marido e esposa cristãos não devem enfrentar as lutas da vida sozinhos. Deus preparou o casamento como o foro para que eles encontrem encorajamento, apoio e ajuda nos momentos difíceis da vida. Eclesiastes 4.9-12 nos fala sobre a importância do casal cristão se unir e enfrentar os problemas juntos. O cordão de três dobras representa união e força. Unidos são mais fortes e mais resistentes do que agindo sozinhos. Mas, para isso deve haver uma relação de amor, confiança e cumplicidade. A pessoa que vive nos caminhos do Senhor e o Conhece, sabe que ele jamais permitirá que lhe aconteça algo acima do que possa suportar (I Co 10.13) e também sabe tirar proveito dos acontecimentos porque compreende que todas as coisas cooperam juntamente para o bem dos que amam a Deus (Rm 8.28). Desse modo, o crente jamais permitirá que situações de desconforto e até mesmo de embate se transformem em tragédia no lar. O padrão criado por Deus garante o tipo de vida que todos nós sonhamos. Esse padrão tem como base o amor. Quando se compreende as implicações do amor, tudo se torna secundário e controlável. Mas para se enquadrar nesse modelo é preciso ser filho de Deus e adquirir dele a Sua natureza. Deus é amor. O apóstolo Paulo apresenta a mais completa receita do amor que um ser humano jamais foi capaz de conceber, ao escrever o capítulo 13 da primeira epístola aos Coríntios. Na lista, há uma expressão que define de forma singular e definitiva a força do amor: "...o amor tudo suporta" (I Co 13.7). Uma força capaz de suportar qualquer peso, só pode ter sua origem em Deus. Uma família sustentada pelo amor supera qualquer embate. Ninguém gosta de passar por problemas, mas eles são parte inevitável da vida neste mundo contaminado pelo pecado. Deus é poderoso para tornar o mal em bem, e nos beneficiar mesmo nas situações mais duras e difíceis (Gn 45.4-8). O salvo em Cristo é treinado para tratar os problemas com base na orientação trazida pela Bíblia Sagrada; tornar suas aflições conhecidas diante de Deus pela oração, e para confiar em que o Senhor é capaz de restabelecer a paz diante das adversidades.


Cinco atitudes básicas para ter um casamento duradouro



Fontes de Pesquisa:

http://alvonossomilagre.blogspot.com.br
http://www.verdadegospel.com
Revista Semeando a Palavra - Família Cristã, o Lar nas mãos de Deus  - Ideall publicações

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